Fãs de Lady Gaga falam o que significa ser um 'little monster': 'Somos o que somos sem medo'
Admiradores da cantora americana, que estão indo todos os dias para a porta do hotel onde ela está hospedada, em Copacabana, falam sobre os motivos de sua admiração O sentimento em frente ao Copacabana Palace, onde Lady Gaga está hospedada, é de união. Fãs se reúnem no largo diante do hotel, fazendo eco ao pertencimento de serem little monsters, como são chamados os fãs da cantora. Muitos deles prometem continuar a peregrinação diária ao lugar até o próximo sábado (3), quando Gaga fará o que deve ser o maior show de sua vida — para cerca de 1,6 milhão de pessoas, de acordo com estimativa da Riotur.
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— Hoje quem está aqui não é a mulher de 30 anos, mas a adolescente de 14 que começou a ouvi-la e se entregou à mensagem — diz Yasmim Amaral, supervisora administrativa. — Acho que (ser little monster) é mais do que ser fã, é um modo de viver. Lady Gaga me salvou num momento difícil da minha vida. As mensagens da música me ajudaram. Com “Born this way”, comecei a ver que não tinha nenhum problema comigo — acrescenta, mostrando a tatuagem de um unicórnio no pescoço.
Yasmim Amaral, supervisora administrativa e fã de Lady Gaga
Alan Souza
O cineasta Vinicius Bertoli, de 38 anos, que tem ido para o hotel desde terça-feira (29), lembra que o “monster” é uma referência a certas estranhezas que todas as pessoas têm.
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— Somos o que somos sem medo. Aprendemos a aceitar todos os nossos lados que, geralmente, são criticados e entender que todas essas estranhezas a gente pode jogar para fora e se amar verdadeiramente. Uma coisa que Gaga faz foi mostrar quem ela é, apesar do bullying que sofreu, ela conseguiu mostrar todo o seu talento.
O cineasta Vinicius Bertoli, de 38 anos, fã de Lady Gaga
Alan Souza
Moradora de Copacabana, a estudante de ciências biológicas Clara Guimarães, de 29 anos, anda algumas ruas até chegar ao hotel. Ela também tem comparecido todos os dias à grade, que separa os fãs do edifício. Clara não tem dúvidas ao ser chamada de little monster.
— É um sentimento de representatividade muito grande, principalmente para a gente que é LGBT+, para a gente que é alternativa — diz ela, loira, que se veste com roupas pretas e tem tatuagens pelo corpo. — A Gaga me incentivou a nunca deixar de ser eu mesma, a andar na rua como eu gosto de ser.
Moradora de Copacabana, a estudante de ciências biológicas Clara Guimarães, de 29 anos, é fã de Lady Gaga
Alan Souza
A americana Katherine Monroe tem atraído olhares de muitas pessoas, que pedem por fotos. Loira de cabelos longos, ela está trajada com um vestido branco e usa os óculos usado por Gaga em “The fame”. Ela acompanha os little monsters desde o início da concentração, considerando-se uma fã também.
— Gosto de fazer esse cover dela para me lembrar quem me deu mais coragem para ser quem eu sou, com toda a minha ousadia. Uma forma de trazer essa energia que ela tem é incorporando. Mesmo a incorporando, me sinto mais eu.
A americana Katherine Monroe, fã de Lady Gaga, mora na Califórnia e costuma vir ao Brasil há mais de 20 anos
Alan Souza
Também vestida especialmente para a semana dedicada a Gaga, a estilista carioca Alessa Migani, de 52 anos, criou uma estampa com a face da cantora americana. Pretende entregar um exemplar da peça para a diva pop por meio da Riotur.
— Eu na verdade já sou uma big monster — diz ela, sorrindo. — Isso quer dizer que faço parte de uma turma que sempre acredita que as coisas vão dar certo e que haverá união. Lady Gaga juntou todos nós aqui.
A estilista carioca Alessa Migani, de 52 anos, que entregar a Lady Gaga camisa estampada com o rosto da cantora
Alan Souza