O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que um doador particular anônimo doou US$ 130 milhões (cerca de R$ 700 milhões, na cotação atual) à Casa Branca para ajudar a pagar as tropas durante a paralisação do governo. Não está claro até que ponto a doação seria suficiente para cobrir os salários dos mais de 1,3 milhão de soldados que compõem as forças armadas na ativa. De acordo com o Escritório de Orçamento do Congresso, o orçamento da administração Trump para 2025 solicita cerca de US$ 600 bilhões em remuneração militar total. 'Shutdown' nos EUA: entenda o que é e os impactos da paralisação no país Sistema antimíssil e 300 militares: o poder do navio dos EUA que chega ao Caribe em meio à tensão com a Venezuela Uma doação de US$ 130 milhões equivaleria a cerca de US$ 100 por militar. Na noite de quinta-feira, o republicano informou sobre a doação e descreveu o benfeitor como “patriota” e amigo pessoal, embora tenha se negado a revelar a sua identidade. Sean Parnell, porta-voz do Pentágono, disse em comunicado que o departamento aceitou a doação na quinta-feira sob sua “autoridade geral de aceitação de doações”. “A doação foi feita com a condição de que fosse usada para compensar o custo dos salários e benefícios dos membros do serviço militar”, disse Parnell. Initial plugin text A decisão de pagar as tropas com doações privadas é altamente incomum e uma possível violação da Lei Anti deficiência, que proíbe as agências federais de gastar dinheiro além das verbas aprovadas pelo Congresso ou de aceitar serviços voluntários. O Escritório de Gestão e Orçamento da Casa Branca não respondeu aos pedidos de comentários feitos pelo New York Times. Este mês, Trump assinou uma ordem executiva instruindo o Pentágono a usar fundos não gastos em pesquisa e desenvolvimento para cobrir os salários das tropas. Mas autoridades do Congresso, incluindo o presidente da Câmara, Mike Johnson, alertaram que a transferência do dinheiro era apenas uma solução temporária e que as tropas logo perderiam seus salários, a menos que o Congresso agisse para aprovar um projeto de lei de gastos provisório.