Celso Sabino disse que responderá a governador quando ele chegar a 1,5% na pesquisa presidencial

A estreia de "Demon Slayer: castelo infinito" nos cinemas brasileiros, na última quinta-feira (11), vem sendo marcada por uma surpresa entre os fãs da franquia de animação japonesa inspirada no mangá homônimo. Fenômeno entre o público infanto-juvenil, o título — que antes podia ser assistido por crianças acompanhadas dos pais — agora está vetado para crianças. A determinação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que estabeleceu a nova classificação indicativa de 18 anos, vem gerando dúvidas entre o público e atiçando um debate crescente nas redes sociais. Próxima do fim: Em reta final, 'Vale tudo' tem mudança na trama, e Marco Aurélio sofre atentado; entenda 'Inaceitável': Atriz de 'Wandinha', Catherine Zeta-Jones é alvo de críticas após comentário sobre criança de 12 anos A classificação indicativa anterior permitia a entrada de menores de 15 anos nas salas de cinema desde que eles estivessem acompanhados de um responsável. Com a alteração para a classificação de 18 anos, a obra passa a não ser recomendada para menores de 15 anos de forma absoluta, ou seja, mesmo com a presença dos pais, crianças mais novas não podem assistir ao longa nos cinemas. Personagem do filme 'Demon Slayer' Divulgação A classificação indicativa com recomendação para maiores de 18 anos estabelece que adolescentes com 16 ou 17 anos estejam aptos a assistir ao longa-metragem desde que acompanhados de responsáveis ou com um termo de responsabilidade preenchido e assinado por um responsável, junto com um documento de identificação. Originalmente, a distribuidora Sony Pictures pretendia que o filme tivesse a classificação de 14 anos no Brasil. Uma avaliação do Ministério da Justiça e Segurança, porém, determinou que o filme recebesse a classificação indicativa para maiores de idade. Segundo o órgão federal, que define as faixas etárias no país, a classificação se deve às cenas de violência gráfica, sangue em excesso e temáticas de combate intenso, consideradas "inadequadas ao público infantil". Initial plugin text O estudo indica que a narrativa sustenta altos níveis de "armas com violência", "atos violentos", "lesão corporal", "presença de sangue", "morte intencional" e "mutilação". De acordo com a pasta, os atenuantes da obra se referem à "apologia à violência atenuada por contraponto", enquanto o "eixo temático de violência é agravado por frequência, relevância, por conteúdo inadequado com criança ou adolescente e, em grande parte, por composição de cena". Sucesso de público e bilheteria Cena do filme 'Demon Slayer: castelo infinito' (2025) Divulgação O impacto da medida se torna mais relevante devido ao tamanho gigantesco da franquia — até o momento, foram arrecadados 31,74 bilhões de ienes no Japão, o que já alçou o filme ao posto de segunda maior bilheteria da história do país. Detalhe: "Demon Slayer: mugen train" (2020), o primeiro filme da franquia, ocupa o primeiríssimo lugar e é hoje o filme japonês mais visto no mundo em todos os tempos, superando clássicos como "A viagem de Chihiro" (2001), de Hayao Miyazaki.. Fenômeno cultural e comercial, "Demon Slayer" ("Kimetsu no Yaiba", no original) acompanha os passos de Tanjiro Kamado, um jovem que se torna caçador de demônios após ver sua família ser dizimada por essas criaturas. Entre batalhas sangrentas, o enredo do anime aborda temas abrangentes, entre os quais amizade, coragem e superação, o que amplia a identificação com diferentes faixas etárias. Frustração nas salas A proibição de entrada de crianças reacende o debate sobre a classificação indicativa de animes no Brasil. Muitos pais, que viam o desenho apenas como uma produção infantil, agora se deparam com a restrição oficial, de maneira "surpresa", nos cinemas. Nas redes sociais, há relatos de famílias que foram impedidas de entrar nas sessões com ingressos já comprados, gerando frustração. Quem comprou ingressos e deseja solicitar ressarcimento tem direito ao estorno do valor do ingresso. A reinvindicação, porém, deve ser feita em até sete dias após a compra e antes do horário da sessão. A rede Cinemark emitiu um comunicado por meio das redes sociais para detalhar o caso. "Sabemos o quanto vocês estavam ansiosos para embarcar nessa jornada com Tanjiro, e entendemos a frustração de quem não vai poder assistir ao filme agora. Esperamos que vocês continuem celebrando esse universo incrível", afirmou a empresa, por meio do Instagram.

Quando falamos em "ghosting", geralmente pensamos que se refere a relacionamentos. Mas o que acontece quando você é ignorado por alguém que conhece há anos – seu melhor amigo de infância, um dos pais, um filho? Esses desaparecimentos podem ser mais difíceis de explicar e ainda mais difíceis de curar. Também é surpreendentemente comum. Por exemplo, um estudo mostrou que 38,6% das pessoas já foram ignoradas por um amigo. Então, por que as pessoas ignoram aqueles que lhes são mais próximos? Qual o impacto disso sobre aqueles que ficam? Como começar a seguir em frente? O que é ghosting? Ghosting é quando alguém, abrupta ou gradualmente, interrompe toda a comunicação sem explicação. Seja um amigo, familiar ou interesse amoroso, os sinais são praticamente os mesmos: mensagens deixadas no modo leitura ou chamadas ignoradas. Às vezes, você é bloqueado. O ghosting não acontece apenas online. Também pode acontecer pessoalmente, quando alguém o ignora deliberadamente – evitando contato visual, recusando tentativas de conversa, fingindo que você não está presente. Ao contrário de relacionamentos que gradualmente se deterioram com o tempo ou terminam abruptamente após uma discussão, o ghosting é uma retirada unilateral de um relacionamento que acontece sem um encerramento. Para a pessoa que fica para trás, a tristeza pode tomar conta. Por que as pessoas ignoram familiares e amigos? As pessoas costumam ignorar amigos pelos mesmos motivos que ignoram parceiros românticos. O ghosting é mais comum – e considerado mais aceitável – em relacionamentos românticos ou amizades breves ou casuais. É quando as pessoas podem dar ghosting porque perdem o interesse, desejam evitar confrontos ou acham mais fácil do que enfrentar o desconforto de terminar as coisas diretamente. Em relacionamentos de longo prazo, o ghosting pode ser causado por incompatibilidade, ser motivado por prioridades diferentes, distância física ou distanciamento ao longo do tempo. Grandes transições na vida — como se tornar pai ou mãe, entrar no mercado de trabalho, mudar de casa ou passar por um divórcio — muitas vezes podem servir de catalisador para que alguém reduza sua rede social. Em alguns casos, o ghosting é motivado por autopreservação ou preocupações com a segurança pessoal, principalmente quando envolve membros da família. Pessoas relatam ghosting em resposta a relacionamentos tóxicos, emocionalmente desgastantes ou abusivos, muitas vezes quando tentativas anteriores de resolver problemas foram recebidas com abuso ou agressão. Nesses casos, o ghosting não é tanto uma estratégia de evitação, mas um último recurso para preservar a segurança e o bem-estar psicológico de alguém. O ghosting também tem sido associado a certos traços de personalidade. Um estudo descobriu que pessoas que relataram ghosting tendiam a apresentar pontuações mais altas em narcisismo (tendência à sensação de direito e falta de empatia) e traços borderline (dificuldade em regular emoções e impulsividade). Por que dói tanto? As pessoas costumam dar ghosting na esperança de poupar a outra pessoa da dor da rejeição. Mas isso raramente acontece. Ser ignorado por alguém próximo há muito tempo costuma estar associado ao luto, assim como à morte de um ente querido. Após o choque inicial, geralmente há raiva e tristeza. O ghosting também envolve " perda ambígua ". Essa ambiguidade – a incerteza e a falta de encerramento – pode quase congelar o processo de luto, tornando particularmente difícil seguir em frente. Além de emoções semelhantes ao luto, o ghosting também costuma ser associado à autoculpa, ruminação, sentimentos de inutilidade e problemas de confiança que podem afetar a maneira como alguém se relaciona com os outros no futuro. Como lidar com o ghosting Não há solução fácil e você não pode forçar alguém a se comunicar com você se não quiser. Mas pesquisas apontam algumas estratégias que podem ajudar você a seguir em frente e aliviar a dor: Reconheça seus sentimentos. Emoções semelhantes à tristeza são uma reação normal a alguém que está sendo ignorado. Aceite suas emoções e expresse-as de maneira saudável. Isso é melhor do que reprimi-las , o que está ligado à depressão, baixa autoestima e redução do bem-estar. Busque apoio social. O apoio social está associado a uma série de benefícios para a saúde mental. Converse sobre sua experiência com amigos, familiares ou um profissional de saúde mental. Isso pode ajudar a reduzir a sensação de isolamento e a baixa autoestima. Um maior apoio social também está associado ao crescimento pós-traumático – uma mudança psicológica positiva que pode surgir após um evento desafiador na vida. Opte pela autocompaixão em vez da ruminação . É fácil cair na armadilha de reviver o que aconteceu e se perguntar o que deu errado. Mas isso pode prolongar o sofrimento e dificultar a superação. Em vez disso, trate-se como trataria um amigo próximo – com gentileza, compaixão e cuidado. A autocompaixão tem sido associada à redução da ruminação, ansiedade e depressão. Exercícios , atenção plena e passar tempo na natureza são exemplos de autocuidado com benefícios psicológicos semelhantes. Crie seu próprio encerramento. Ser ignorado pode frequentemente deixá-lo preso em um ciclo de incerteza e perguntas sem resposta. Você pode nunca obter uma explicação, e esperar por respostas só tornará mais difícil seguir em frente. Escrever uma carta que você não envia pode ajudar a criar um encerramento. Essa forma de escrita expressiva pode ajudá-lo a articular seus pensamentos e emoções e a dar sentido à sua experiência – e está associada a uma série de benefícios psicológicos. *Megan Willis é Professora Associada da Escola de Ciências Comportamentais e da Saúde, Universidade Católica Australiana. *Este artigo foi republicado de The Conversation sob licença Creative Commons Leia o artigo original.