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O Conselho da Paz norueguês anunciou nesta sexta-feira o cancelamento da cerimônia de entrega do Prêmio Nobel da Paz que seria dedicada à líder da oposição venezuelana María Corina Machado. A decisão, segundo o comunicado divulgado à imprensa, não afeta a condição de María como ganhadora do prêmio, que foi oficialmente concedido pelo Comitê Norueguês do Nobel, órgão independente responsável pela escolha dos laureados. 'Ainda não acabei': Kamala Harris sugere nova candidatura à presidência dos EUA em 2028 Assédio virtual: Dez pessoas vão a julgamento após comentários maliciosos sobre a mulher de Emmanuel Macron Formado por 17 organizações independentes, o Conselho justificou o cancelamento afirmando que o prêmio não estava alinhado com os valores da instituição. A presidente Eline H. Lorentzen afirmou que “esta é uma decisão difícil, mas necessária” e ressaltou o respeito da instituição pelo Comitê do Nobel e pelo Prêmio Nobel da Paz como símbolo mundial de reconhecimento. Ela acrescentou que o Conselho precisa “ser fiel aos próprios princípios e ao amplo movimento pela paz que representamos”. — Estamos ansiosos para celebrar o Nobel da Paz novamente nos próximos anos — disse. O comunicado reforçou que o Conselho continuará a desenvolver seu trabalho em prol da paz, do desarmamento, do diálogo e da resolução de conflitos de forma não violenta. María Corina Machado, por sua vez, foi oficialmente anunciada como ganhadora do Prêmio Nobel da Paz no dia 10 de outubro pelo Comitê Norueguês do Nobel. A instituição justificou a escolha por seu trabalho na promoção dos direitos democráticos para o povo da Venezuela e pela sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia. A líder da oposição venezuelana ganhou notoriedade ao liderar a campanha da oposição nas eleições presidenciais de julho de 2024. Embora o regime de Nicolás Maduro tenha afirmado que o ditador havia sido reeleito, a oposição apresentou provas contestando o resultado oficial. Desde então, María Corina Machado vivia escondida.

O relator do caso, Marcelo Freitas, afirmou que o Conselho de Ética não deve atuar como censor de opiniões políticas

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