Intitulada "Heil Hitler", canção foi proibida por mídias como YouTube e Spotify, mas segue disponível na rede social de Elon Musk e acumula quase 10 milhões de acessos Uma canção do rapper norte-americano Kanye West, intitulada "Heil Hitler", acumulou milhões de reproduções na rede social de Elon Musk, o X, desde seu lançamento em 8 de maio, apesar de ter sido proibida em plataformas como o YouTube. O artista, agora conhecido como "Ye", fez inúmeras declarações antissemitas e pró-nazismo nos últimos anos. Em sua conta no X, o videoclipe, publicado no aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial, acumulava quase 10 milhões de visualizações até o sábado. No vídeo, vê-se um grupo de atores afro-americanos vestidos com peles de animais cantando o título da música, que presta homenagem a Adolf Hitler, responsável pelo extermínio de cerca de seis milhões de judeus na Europa entre 1933 e 1945. A canção termina com um discurso do ditador nazista. Segundo um comunicado citado pelo veículo de comunicação norte-americano NBC News, o YouTube decidiu “remover o conteúdo” em questão. No mesmo sentido se manifestou o Reddit. “O ódio e o antissemitismo não têm lugar no Reddit”, declarou um porta-voz da rede social. Plataformas de streaming musical como Spotify e Apple Music também retiraram a música. Desde que adquiriu o Twitter – que mais tarde passou a se chamar X – no fim de 2022, Musk decidiu permitir o discurso de ódio e a desinformação no site. O homem mais rico do mundo diz estar promovendo, com isso, a liberdade de expressão, mas seus críticos o acusam de favorecer a disseminação de suas próprias ideias políticas. O dono da Tesla e da SpaceX tornou-se um aliado próximo de Donald Trump durante a campanha presidencial americana de 2024, destinando 277 milhões de dólares de sua fortuna pessoal para apoiar o candidato republicano e seu partido. Procurado pela AFP, o X não respondeu de imediato. Em fevereiro, West anunciou que encerraria sua conta no X, e ela chegou a desaparecer por alguns dias. Não está claro se ele foi banido ou se desativou a conta por conta própria. Pouco antes disso, havia publicado mensagens antissemitas como “Eu amo Hitler” e declarado apoio ao rapper Sean “Diddy” Combs, que atualmente está sendo julgado em Nova York por um importante caso de tráfico sexual.

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