coletivacaoptA crise da segurança pública atormenta o brasileiro, desde priscas eras. Parece até a da Educação, um projeto da classe dominante para cercear o acesso da população a uma educação digna. Assim o é, também, com a segurança.O fortalecimento e a capilarização das organizações criminosas e a forma desastrosa como alguns governadores as combatem, deixando um rastro de sangue e pânico numa sociedade já seriamente traumatizada, levou o governo federal a contribuir.Lula apresentou a PEC 18/2025, debatida com a academia, as forças de segurança, fiscalização e de combate ao crime, lideranças políticas e a população. Entre outros avanços, integra as polícias Federal, estaduais e municipais, bloqueia todo bem mal havido, apreendido ainda na fase de acusação e julgamento do processo.Porém, estranhamente, ou não, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, enviou para a Câmara dos Deputados uma pessoa que foi expulsa do BOPE de São Paulo por matar demais. Já no comando da Segurança Pública, Guilherme Derrite aumentou em 60% o número de mortos pela PM, de 2023 a 2024. Numa única operação, deixou 56 mortos na Baixada Santista.Desde que chegou, apresentou cinco versões à PEC. A quinta esvazia o financiamento da Polícia Federal, dificulta o bloqueio de bens de organizações criminosas, sobrepõe tipificação penal, o que pode anular processos contra criminosos e associa ao crime quem tenta se defender dos abusos das polícias.Falar não é tão importante quanto o voto do parlamentar. O governo propôs um SUS da Segurança Pública, com integração, inteligência e menos letalidade. Já a extrema-direita propõe proteger o crime organizado e aumentar a criminalização da classe trabalhadora.O discurso do parlamentar nem sempre seu voto. Infelizmente, 370 deputados da extrema-direita votaram para enfraquecer a PF, proteger organizações criminosas e criminalizar ainda mais quem dá o sangue quando a caótica polícia invade comunidades em busca dos criminosos que nunca estiveram lá.

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