Presidente do Congresso é o terceiro com o maior valor empenhado no ano, com R$ 26,4 milhões O presidente do Congresso e do Senado, senador Davi Alcolumbre (União-AP), foi um dos principais beneficiados no empenho de emendas parlamentares pelo governo na última semana. Dos R$ 3,1 bilhões que o governo empenhou até o início desta semana, R$ 26,4 milhões foram de indicações de Alcolumbre, o terceiro maior valor no período, atrás da senadora Augusta Britto (PT-MA), com R$ 34,2 milhões, e do senador Giordano (MDB-SP), com R$ 33,2 milhões. Diferentemente de Alcolumbre, nem Augusta nem Giordano tiveram valores pagos até agora. A liberação para o presidente do Senado ocorre no momento em que aumenta a tensão entre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o Palácio do Planalto. Na manhã desta segunda-feira, Motta foi às redes sociais rebater críticas do governo sobre a derrubada do decreto do IOF pelo Congresso. — Capitão que vê o barco indo em direção ao iceberg e não avisa não é leal, é cúmplice. E nós avisamos ao governo que essa matéria do IOF teria muita dificuldade de ser aprovada no Parlamento — disse Motta em vídeo publicado nas redes sociais. A articulação pela derrubada do decreto contou com a participação de Motta e também de Alcolumbre. Motta, no entanto, ainda não viu suas indicações avançarem: até o momento, teve apenas R$ 6 milhões empenhados. O total empenhado pelo governo até o início desta semana representa um salto de quase R$ 2 bilhões em relação à semana passada, segundo o Siop (Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento). O ritmo de liberação, que ainda está atrasado em relação aos outros anos, acelerou após a derrota sofrida pelo Planalto com a aprovação da derrubada do decreto que aumentava a cobrança de IOF no país. Mesmo com o avanço dos empenhos — fase em que o governo ainda tem controle sobre os recursos — os parlamentares votaram contra o governo Lula. Enquanto reduziu o papel de fiscalizador, o Congresso ampliou o controle sobre as verbas. Em 2015, em valores já corrigidos pela inflação, foram R$ 16,92 bilhões em emendas, frente a R$ 50,38 bilhões neste ano. A mudança no modelo de repasses também contribuiu para esse novo cenário. Desde 2020, as chamadas emendas Pix — transferências fundo a fundo feitas diretamente aos cofres estaduais e municipais, sem necessidade de convênios ou planos de trabalho detalhados — se consolidaram como a principal forma de execução das emendas.

Distrito vizinho à USP por onde irá passar futura linha 22 vive furor imobiliário com Minha Casa, Minha Vida