Junto com a escrita de seu novo livro, 'Isabel do vôlei da vida: a onda mais alta de Ipanema', sobre a atleta carioca morta de repente em 2022, Pedro Bial viveu o processo de morte da própria mãe. O jornalista contou detalhes sobre a despedida da psicanalista Susanne Bial à repórter Maria Fortuna no 'Conversa vai, conversa vem', videocast do GLOBO no ar no Youtube e no Spotify. Leia trecho: Ir em busca da história de Isabel foi ir de encontro à sua também... Não percebi isso no início, mas logo vi que estava contando muito da minha história. Quando descrevo aquela Ipanema, as influências que ela sofreu, é a minha vida. Isso foi me permitindo. O raciocínio muitas vezes nos trai, é infiel aos sentimentos. Você dá nomes, conceitua e não diz o que está sentindo. Como repórter, eu escrevia com o corpo todo. Não só com a cabeça, mas com o coração e emoções. Mas a gente tenta se conformar à linguagem estabelecida, mesmo que, de vez em quando, subverta. No caso desse livro, não tinha que me conformar a nada. Então, me entreguei total para um discurso emotivo, sem medo de sentimentos. Pedro Bial e Maria Fortuna na redação de OGLOBO Leo Martins Deixou a emoção fluir. A morte da Isabel será para sempre recente, porque foi precoce. Mas eu vivia o processo de morte de minha mãe ao mesmo tempo. Morreu em julho com 101 anos. Fez 101 anos no dia 3 e morreu no dia 4. Mas já vinha pedindo para ir. Estava conversando sobre isso com ela, buscamos maneiras de abreviar. O Brasil tem essa lei defasada com relação à modernidade... Agora, o Uruguai já deu um passo, como sempre à frente do resto da América Latina. Sua mãe te pediu ajuda para morrer? De que forma? Pediu. Ela não tinha mais prazer nenhum. Adorava ler e não conseguia mais. A vida dela eram as indignidades da decrepitude. Ficar sendo mantida viva... Agente pensou em fazer um suicídio assistido na Suíça. Por um motivo ou outro isso não se deu. Fomos cuidar dos paliativos, que é o jeito de deixar uma pessoa morrer dignamente. Ela era uma fortaleza. Nos paliativos, teve uma pneumonia. Pensamos: "Não vamos dar antibiótico, nada. Se for a pneumonia, vai levar". Ficou boa. Falei para ela: "Você só batendo a tiros". Isso é um outro livro... Mas tudo isso me levou a ter a clareza de que todos nós, com os recursos que a medicina contemporânea nos dá, a vida estendida que se promete, vamos nos defrontar com essa questão. Como a gente quer morrer? Não é mais algo abstrato. Quero viver muito tempo, mas como? Chega uma hora que é muito indigno ser mantido vivo e já não ter prazer nenhum. E claro que mesmo com um desejo de ir embora, dá um medo danado. Mesmo que não seja o medo da morte, como diz o (Gilberto) Gil, o medo de morrer. Porque morrer ainda é aqui. Morrer é ainda está vivo. É, ainda dá vontade de mijar (risos).

Assim como na série de TV "A Ilha da Fantasia", onde tudo parecia possível, mas nunca totalmente real, a Ilha Satoshi foi apresentada em 2017 como um projeto que prometia aos entusiastas de criptomoedas a chance de viver em uma nação livre de impostos, baseada inteiramente em blockchain. No entanto, nada disso se concretizou, já que a ilha agora está praticamente deserta, sem infraestrutura e corre o risco de desaparecer sob o mar. Escócia: ilha do uísque e das areias que cantam é eleita um dos melhores destinos de 2026 Fuja das praias de ‘White Lotus’: conheça essa ilha escondida na Tailândia, tranquila e longe do agito 120 mil euros para obter a cidadania O que aconteceu entre essa expectativa inicial e a realidade atual? Há oito anos, um grupo de investidores tentou criar esse paraíso fiscal em uma ilha de 32 km² no Pacífico Sul, a leste da Austrália. O plano avançou tanto que a ilha particular de Lataro, no arquipélago de Vanuatu, a leste da Austrália, foi renomeada como Ilha Satoshi, em homenagem ao criador do Bitcoin. Segundo essa proposta, muitos interessados ​​pagaram 120 mil euros para ter acesso a uma suposta “cidadania digital” e a um terreno. Há oito anos, grupo de investidores tentou criar paraíso fiscal em Lataro, ilha de 32 km² no Pacífico Sul Reprodução Projeto ambicioso que cativou milhares de pessoas Segundo uma publicação da revista Fortune da época, mais de 50 mil investidores apoiaram a ideia em 2017. Mas, apesar do entusiasmo inicial e do apoio daqueles que acreditavam no projeto, a iniciativa exigiu um esforço colossal, pois a ilha carecia de eletricidade, conectividade e infraestrutura básica — todos elementos críticos para sustentar transações digitais contínuas. “Queremos construir uma comunidade, não um negócio imobiliário”, disse o incorporador imobiliário britânico Anthony Welch, um dos principais idealizadores da iniciativa, em entrevista a The Guardian. Ele havia “arrendado” a ilha do governo de Vanuatu por 75 anos e já havia tentado vendê-la alguns anos antes por US$ 12 milhões. Initial plugin text A essa situação somavam-se outros desafios: além do NFT exigido para obter a cidadania da Ilha Satoshi, os candidatos também precisavam obter a cidadania de Vanuatu, que funciona como uma espécie de "Visto Dourado" em troca de cerca de € 120 mil (cerca de R$ 746 mil). Sob essa premissa, o governo de Vanuatu apoiou publicamente a iniciativa, mas, como nenhuma construção foi de fato realizada, a conversão dos NFTs em títulos de propriedade reconhecidos pelo Estado mostrou-se inviável. Initial plugin text Finalmente, em julho de 2025, um anúncio do próprio projeto no X marcou seu encerramento definitivo. Assim, a Ilha Satoshi ficou sem habitantes, infraestrutura ou financiamento. Para piorar a situação, Vanuatu é um dos países mais vulneráveis ​​à elevação do nível do mar, à erosão costeira e a eventos climáticos extremos. Essa situação leva muitos a acreditarem que o país poderá desaparecer sob o oceano nas próximas décadas. Para além das especulações, há boas notícias para os otimistas: a Ilha Elefante, muito próxima de Lataro, com 160 hectares de área, está à venda.

Página saiu do ar por um período após reportagem procurar órgão federal sobre a publicidade, por volta das 15h10

O relacionamento afetivo com chatbots está ganhando tração. Algumas pessoas conversam com a IA como se fossem um amigo, outras como se fossem um terapeuta. Tem aqueles que se envolvem romanticamente c...

Prazo para ofertas em objeto da Williams assinado pelo tricampeão vai até às 19h (de Brasília) de sexta-feira. Almofada usada por Senna em Silverstone também é oferecida

Camilla Silva, 32 anos, foi esfaqueada pelo policial militar e marido Leonardo Silva, 25, em Piraju, no interior de São Paulo

A trama gira em torno de uma seita que se apossa de corpos alheios em busca da vida eterna

Para ministra, acordo é suficiente para “seguir persistindo” no enfrentamento à crise climática do planeta