A Polícia Federal prendeu no Pará neste sábado um casal suspeito de envolvimento em uma rede internacional de maus-tratos a animais. A dupla gravava vídeos das agressões, que resultavam na morte dos bichos, e vendia o material a estrangeiros por valores que variavam entre 30 e 50 euros, o equivalente a R$ 161 e R$ 269. Lurrique Ferrari: piloto disse que pista de show era lisa, 'meio traiçoeira' e piorava na chuva; veja vídeo São Paulo: Mulher de 26 anos morre após carro ser arrastado por enxurrada durante temporal em Hortolândia (SP) O caso foi denunciado pelo Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, que foi informado da existência dos vídeos criminosos por meio de uma ONG da Bulgária. No país europeu, outros membros da rede já haviam sido identificados e se tornado alvo de investigações. — O material era muito chocante. Todos os animais foram mortos por esmagamento. Aparentemente é um fetiche — diz a diretora jurídica do Fórum Animal, Ana Paula de Vasconcelos. O GLOBO teve acesso a prints de um dos vídeos que mostram um filhote de gato sendo esmagado e enforcado por pés femininos. Porquinhos-da-índia, pintinhos, coelhos e galinhas também eram assassinados. Segundo a PF, os envolvidos são suspeitos de "produzir, comercializar e compartilhar vídeos de extrema violência envolvendo maus-tratos, tortura e morte de animais, incluindo práticas com conotação sexual". Os agentes da PF cumpriram dois mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva contra os principais investigados, além de realizarem uma prisão em flagrante. A PF calcula que ao menos 32 animais foram mortos. "As diligências prosseguem com a análise dos itens apreendidos, visando identificar todos os envolvidos na rede e responsabilizar seus participantes por condutas que configuram grave violação à dignidade animal e aos princípios essenciais de ética e humanidade", diz a PF, em nota. Ana Paula de Vasconcelos diz que o Fórum Animal defende uma mudança na legislação para punir aqueles que adquiram esse tipo de material: — Quem consome esse tipo de conteúdo não é punido. É uma coisa muito absurda.