'Meu maior medo aconteceu em casa': Ex-refém do Hamas denuncia estupro e acusa personal trainer de celebridades após libertação
Mia Shem, de 23 anos ficou conhecida mundialmente após ser sequestrada por terroristas durante o ataque ao festival de música Nova em outubro de 2023 A jovem franco-israelense Mia Shem, de 23 anos, que ficou conhecida mundialmente após ser sequestrada por terroristas do Hamas durante o ataque ao festival de música Nova, em 7 de outubro de 2023, revelou ter sido vítima de um estupro, dentro de sua própria casa, em Tel Aviv, no início deste ano. O agressor seria um personal trainer e influenciador digital israelense, ainda não identificado oficialmente.
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Em entrevista ao Canal 12 de Israel exibida neste domingo, Mia falou pela primeira vez sobre o novo trauma. Ela contou que foi drogada e violentada por um homem que conheceu em uma academia próxima à sua casa, com quem havia feito três sessões de treinamento. O caso ocorreuem abril deste ano.
— Esse era o meu maior medo na vida. Antes do cativeiro, durante o cativeiro... e aconteceu depois, na minha casa, o lugar que deveria ser mais seguro para mim — declarou ela, emocionada, de acordo com o jornal inglês Daily Mail.
Shem ficou mais de 50 dias em cativeiro na Faixa de Gaza. À época, um vídeo divulgado pelo Hamas mostrava a jovem com o braço enfaixado, ferida, pedindo socorro. Ela foi liberta em novembro de 2023, durante um acordo de troca de reféns mediado pelo Catar.
Segundo a reportagem, o acusado tem 30 anos, é personal trainer de celebridades e já atendeu um ex-primeiro-ministro israelense. Preso em março, foi solto por falta de provas. A investigação segue em andamento.
— Desde que ele entrou, não me lembro de nada. Meu corpo lembra. Meu corpo sabe que algo aconteceu — afirmou Mia, dizendo acreditar que foi drogada antes da agressão.
Ela relatou ainda que o treinador a abordou com promessas de contatos em Hollywood e a possibilidade de transformar sua história em um filme. No encontro que seria para apresentar um produtor, ele apareceu sozinho.
— A última coisa que eu precisava era de um incidente como este. Preciso de um momento de paz para processar minha vida. Ainda não comecei a processar meu cativeiro — disse.
A mãe de Mia, Keren Shem, afirmou que nunca viu a filha tão abalada, nem mesmo após os dias de sequestro.
— Quando nos encontramos depois do incidente, ela estava em colapso total. Não parava de chorar, curvada, como se o corpo não aguentasse mais.
Durante o cativeiro, Mia chegou a relatar que foi tocada de forma inapropriada por um militante do Hamas, mas que ele parou ao ser confrontado.