Reunidos no Rio após operação que deixou 121 mortos, aliados de Bolsonaro exaltam ação policial e anunciam consórcio interestadual de segurança

Defesa de Bolsonaro retoma tese de que ele “desistiu do golpe”, baseada em áudio de Mauro Cid que cita reunião com empresários após a eleição de Lula.

Escândalo!! Secretário do Podemos é alvo da PF por desvio de R$ 1,4 bilhão

Uma faixa com a frase “Calma! Aqui tem sonhos, crianças e famílias” foi instalada pela ONG Nóiz, no telhado de sua sede, na Cidade de Deus, na Zona Sudoeste. A iniciativa, que visa a chamar a atenção dos agentes públicos durante as operações policiais, aconteceu dias antes da megaoperação da última terça-feira (28) nos complexos da Penha e do Alemão. Praia da Barra da Tijuca: Evento une esporte, sustentabilidade e cultura Prédios em shoppings e supermercados: Câmara aprova projeto de lei em primeira discussão — No passado a nossa sede foi alvejada, perdemos uma caixa d'água por conta de um tiro do helicóptero. A gente não quer isso de novo. E para além disso, é uma forma de chamar atenção não só para a gente aqui, mas para a comunidade. A gente realmente tem criança, tem família, tem esperança — diz André Melo, presidente da ONG Nóiz. Os moradores relatam que, apesar de a megaoperação desta semana não ter envolvido a Cidade de Deus, em outras ocasiões a força policial deixou a comunidade amedrontada. Adriana Pereira, auxiliar de serviços gerais e moradora da CDD, diz que o clima é sempe de tensão quando há operação. — A minha preocupação é o meu filho estar chegando em casa do trabalho, às 4 horas da manhã, e estar começando a operação. Ele é pretinho, e a polícia não sabe diferenciar as pessoas — lamenta. Segundo ela, em duas ocasiões o filho já passou por momentos de apuros. Quando tinha 18 anos, estava voltando para casa de bicicleta e não viu que uma operação estava acontecendo. Um policial, de acordo com o relato dela, disse que iria atirar, mas uma vizinha interrompeu a cena e o colocou para dentro de casa, alegando que ele era seu sobrinho. Em outra ocasião, Adriana conta que teve a casa arrombada por policiais que buscavam informações e apontaram um fuzil para a cabeça do rapaz, que estava deitado no sofá. Mensagem instalada pela ONG Nóiz busca proteger moradores durante operações e reforçar que a comunidade abriga esperança e projetos sociais que atendem mais de 250 crianças Divulgação/ONG Nóiz Sobre a faixa, ela reforça que traz alguma sensação de segurança: — A faixa é uma coisa linda, e por um lado traz segurança. Isso é bom até pra quem é de fora ver. Desenham a CDD como se fosse uma monstruosidade, mas aqui tem muita coisa boa. Muitas crianças estão na fila para entrar na ONG Nóiz, por exemplo — comenta. O trabalho da instituição envolve uma série de atividades com mais de 250 crianças da comunidade. Desde teatro, balé, dança contemporânea, reforço escolar, apoio de alfabetização, lan house social, jiu-jítsu e apoio psicológico, até uma sala multissensorial para crianças com autismo, com terapia ocupacional. — Isso chama a atenção dos moradores que não têm lazer na comunidade. As crianças não ficam mais na rua — reforça Adriana. Initial plugin text

Sem federalização, caberá ao MPE-RJ a exclusividade da investigação de uma operação que contou com sua participação.