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✨cultura, política e biscoitagem.
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Negra, queer, vegana e comunista, Angela é teoria e prática!

Ler Davis é politizar o olhar sobre a liberdade.
É entender que ninguém será livre enquanto o sistema lucrar com o aprisionamento e a desigualdade e que a luta contra o racismo e o machismo é, sempre, uma luta anticapitalista.
October 30, 2025 at 2:04 PM
Angela saiu da prisão como uma das maiores intelectuais e militantes anticapitalistas e antirracistas do mundo.

📚 Entre seus livros mais importantes:
“Mulheres, Raça e Classe” (1981)
“Estarão as prisões obsoletas?” (2003)
“A Democracia da Abolição” (2005)
October 30, 2025 at 2:04 PM
A prisão de Angela desencadeou um movimento de revolta, sua imagem se tornou símbolo da resistência internacional contra o racismo e o autoritarismo em uma campanha que ficou conhecida como "Libertem Angela Davis e todos os presos políticos".

Em 1972, ela foi absolvida.
October 30, 2025 at 2:04 PM
Angela já entendia o encarceramento como uma atualização do sistema escravocrata.

Durante os 16 meses de prisão, ela aprofundou seus conhecimentos e críticas ao sistema carcerário e se tornou uma das grandes referências contra o encarceramento em massa do povo negro.
October 30, 2025 at 2:04 PM
A alegação que colocou Angela atrás das grades era a de que uma das armas usada em uma ação dos Panteras Negras estava em seu nome.

Na realidade, tratava-se de uma caça aos comunistas. Motivo pelo qual ela já havia perdido seu emprego um ano antes.
October 30, 2025 at 2:04 PM
Em 1969, Angela foi demitida da Universidade da Califórnia por ser comunista.

Em 1970, ela foi acusada de envolvimento num crime que não cometeu. Pelo mesmo motivo foi colocada na lista dos 10 fugitivos mais procurados do FBI e, consequentemente, presa.
October 30, 2025 at 2:04 PM
Nos anos 1960, foi estudar filosofia na Alemanha, onde conheceu o pensamento marxista e teóricos como Marcuse.

Ao voltar aos EUA, mergulhou na militância junto aos Panteras Negras e o Partido Comunista no que depois ficaria conhecido mais amplamente como movimento pelos direitos civis.
October 30, 2025 at 2:04 PM
Angela Davis nasceu em 1944, no Alabama, e cresceu na região de “Dynamite Hill”, assim chamada porque famílias negras eram alvos de bombas por brancos que não aceitavam sua presença.

Em sua autobiografia, Davis fala sobre se entender enquanto mulher negra e o quão política era a sua identidade.
October 30, 2025 at 2:04 PM
Em um rompante de raiva ela respondeu que escreveria uma saga passada lá e com seus imigrantes. Esses livros viriam a ser os quatro publicados no Brasil e The Slave Girl (1977).
August 14, 2025 at 4:36 PM
É nesse livro também, que Buchi Emecheta conta que em um evento ouviu um editor estadounidense dizer que "histórias sobre África estavam fora de moda".
August 14, 2025 at 4:36 PM
Cabeça fora d'água (1984)
Livro de memórias de Buchi Emecheta. Ela rememora sua vida pessoal e detalhes da vida como escritora.

Além de conhecer a história da autora sem ficcionalizações, conhecemos a Londres do meio do século passado pela visão de seus imigrantes.
August 14, 2025 at 4:36 PM
É nesse processo que ela começa a se entender como individuo e dialogar com a tradição de seu povo e com os mandamentos da vida na capital para se tornar uma mulher independente e garantir o melhor para seus filhos e filhas.
August 14, 2025 at 2:48 PM
As alegrias da maternidade (1979):
Nnu Ego sai de seu povoado para Lagos, de casamento combinado. Ela quer honrar sua família e "se tornar uma mulher completa": casando e tendo filhos homens. Para isso ela se submete à condições precárias e dinâmicas violentas dentro da própria casa.
August 14, 2025 at 2:48 PM
Esse é o primeiro livro da autora situado na Nigéria e também o primeiro livro escrito por ela. Ao terminar o manuscrito, decidiu mostra-lo a seu marido que o queimou no fogão de casa.

Foi só anos depois, com a publicação de No fundo do poço e Cidadã de segunda classe, que Buchi o reescreveu.
August 14, 2025 at 2:48 PM
Preço de noiva (1976):

Aku-nna é uma jovem que, após a morte do pai, precisa deixar Lagos, a capital da Nigéria, e retornar ao povoado rural de sua família, Ibuza. Lá, ela se apaixona por Chike, mas esse amor é considerado impróprio por ele ter tido ancestrais escravizados.
August 14, 2025 at 2:48 PM
Em sua autobiografia, Buchi conta que sentiu a necessidade de escrever Cidadã como resposta às criticas de que Adah estaria no fundo do poço por responsabilidade apenas dela.

Os estudos de Buchi em sociologia a ajudaram a compreender o caráter social de sua escrita. Como ela, havia muitas Adahs.
August 14, 2025 at 2:48 PM
Esses dois livros são uma duologia, que chegou a ser editada em volume único sob o título de Adah`s Story, ou A história de Adah.

Apesar de Fundo do poço ter sido publicado antes, ele diz respeito a segunda parte da história.

Essa duologia é autoficcional e as críticas a ela afetaram Buchi.
August 14, 2025 at 2:48 PM
Cidadã de Segunda Classe (1974):
Adah acaba de chegar em Londres e descobre que a Imigração e Assistência Social serão seus maiores inimigos na tentativa de garantir uma vida mais digna para seus filhos.

Dos seus "iguais" nada diferente: o marido a agride seus compatriotas a tratam com hostilidade.
August 14, 2025 at 2:48 PM
No fundo do poço (1972):
Adah é uma mãe solteira lutando para criar seus filhos em Londres enquanto mantém um trabalho durante o dia e cursa uma faculdade no período noturno.

Ela é colocada pelo sistema de assistência social como família problema e começa a entender melhor as opressões de classe.
August 14, 2025 at 2:48 PM
Em sua obra, ela tece críticas ao machismo, racismo e colonialismo, violências contra as quais lutou a vida toda.

Além de apresentar um olhar bastante realista sobre o acesso à educação e o maternar, sem abandonar o caráter emancipatório de ambos.

A editora Dublinense publicou 5 obras suas aqui:
August 14, 2025 at 2:48 PM
Vejam a mesa da FLIP com Ilan Pappe no YouTube, repercutam suas falas, comprem e leiam seus livros!

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A FLIPEI vai acontecer, quer Ricardo Nunes queira ou não ✊🏼
August 4, 2025 at 1:03 PM