A Europa é um continente pequeno por sua extensão territorial. Isso permitiu que a União Europeia conseguisse criar um mercado comum de bens e serviços onde as pessoas podem circular livremente sem postos fronteiriços entre os países-membros. Além de ter criado uma união monetária como a zona do euro. Porém, o continente enfrenta problemas como as questões ambientais junto com uma burocracia interna como apontou o relatório do ex-premiê italiano Mario Draghi.

Eu leio o caderno de economia da Folha de S. Paulo onde tem a economista Solange Srour. Ela usa a linguagem técnica do mercado financeiro por meio de termos como precificar e affordability para explicar o panorama econômico. Nos tempos de Letterboxd. Eu via a palavra imagética em críticas de filme postada por usuários cinéfilos. Quando esquecemos que uma linguagem tão rebuscada com termos técnicos não sabia dialogar com as massas.

Lidar com o cinema é como você estar em meio a um colégio particular onde ser você mesmo é uma setença de bullying ad havoc parafraseando o meu grande amigo MV (ele me ensinou muito sobre política internacional e é mórmon que escreve D'us). Penso nisso na recente treta da cinefilia com o youtuber Gaveta por causa de seu gosto pra filmes.

O escritor anglo-indiano Salman Rushdie deu uma entrevista em 2006 que foi publicada pelo Estadão por causa dos 5 anos do 11 de setembro onde falava que as cidades que sofreram ataques terroristas da Al Qaeda não mudaram o seu modo de viver. Ele falava de Nova York, Londres, Madrid e Mumbai. Passado 19 anos. Eu posso incluir Paris, Bruxelas e Israel por causa da selvageria do terror onde a população se recusa a ceder seu modo de viver.

Eu fico no instagram onde sigo perfis que produzem conteúdos que me interessam. Por exemplo, alguns influenciadores fitness me mandam DMs perguntando se eu me interesso que eles sejam meus mentores. Mas logo respondo que eu estou cuidando da minha sáude mental. Eles compreendem bem por eu lidar com os meus demônios matutinos. Mas as redes sociais mostram uma coisa que está em falta: a empatia e a amizade.

Eu estava no twitter quando vi a Eagles PPI (porraloucas e politicamente incorretos) discutindo sobre os ladyboys tailandeses. Logo me lembrei da Tailândia das plantações de arroz junto com as picapes produzidas lá. Mas meu amigo Embiidão me fala da mandioca. Logo lhe retruquei falando da franquia Emmanuelle e do filme 007 contra o homem da pistola de ouro. Ele me responde que a molecada não ia entender as minhas referências.

Um dos livros que foi comentado pela seção de literatura econômica do caderno de economia da Folha de S. Paulo foi sobre como os serviços de internet pioraram o tratamento perante o público. A autora da resenha usou o termo Merdificação. Mas na verdade, estamos falando da palavra anglófona enshitfication para retratar tal momento. Penso nisso quando vejo o meu amigo Scott no Bluesky sofrendo para ver os jogos de futebol americano no Youtube TV que rompeu com o grupo Disney tirando os canais ESPN de seu catálogo.

Nos anos 2000, eu tinha o sonho de ser correspondente internacional. Mas isso era uma loucura por mudar de cidade e entrar em uma faculdade. Então, eu comecei o tratamento para a esquizofrenia por estar violento e com medo de perder a minha sanidade. Nisso, eu começo a escrever nos blogs para por em prática o meu lado escritor. Eu ia ser mais um daqueles seres falando de Lula e Trump com análises longas sobre a humanidade.

Eu estava em uma live no twitch quando um amigo meu me perguntou sobre a série It: Bem Vindo a Derry, da HBO. Ele não tinha visto os três episódios da série e pediu a minha opinião sobre a produção baseada na obra da Stephen King. Lá fui eu assistir o último episódio e fui escrever um texto em inglês para que ele pudesse ler com spoilers incluso.

Uma das minhas brigas com a cinefilia foi sobre o filme Ferrari, de Michael Mann; onde o cinéfilos não iam ler sobre a história de Il Commendatore Enzo Ferrari. Ele fundou a Ferrari em 1947 e precisava vencer Mille Miglia de 1957. Porém, eu vi o ator Adam Driver interpretando ele e notava que Enzo era corpulento. Eu alertei isso e mas fui ignorado pela cinefilia.

Eu estava lendo um daqueles posts sobre mindset que são publicados para estimular o autoconhecimento pessoal. Então, o texto dizia sobre a diferença entre esforçados e o talento puro em uma situação onde um aluno é inteligente e tira notas altas enquanto o outro é esforçado e não se abala com isso para continuar a aprender com o tempo. Eu fui o segundo caso graças ao meu professor de história no instituto como o Gonzaga.

Hoje foi um dia de ir a minha psiquiatra geek para a minha consulta de rotina. Enquanto falávamos sobre a minha condição mental. Ela falou para que eu precisasse sair mais de casa para me socializar com a humanidade. No que ela estava certa. Ela me encaminhou para uma psicóloga no serviço público onde eu possa voltar com a terapia (as psi do Threads gostaram disso).

Eu estava no instagram quando a minha amiga Lau me posta no seu stories sobre o custo de seus hobbies como músicas, livros e cinema são caros pra ela. Logo me solidarizo pelo fato de comprar revistas de carro como a quatro rodas em uma cidade como Pindamonhangaba onde temos poucos lugares para comprarmos um livro ou uma loja de discos e só temos uma sala de cinema.

Eu conheço um streamer na Twitch que mora em Los Angeles. Ele estava vivendo o halloween em West Hollywood durante todo o fim de semana. Ele precisava descansar e voltou a carga na última segunda onde contou seu périplo em uma live onde eu estava presente. Então, eu lhe falei que a HBO tinha lançado a série I love LA, de Rachel Seminott.

A última temporada de premiações deixou uma impressão de termos filmes esnobados pelos votantes nas academias de cinema ou por jornalistas e afins. Pois bem, eu estava no twitter onde vi uma montagem de cenas de um dos atores do filme Queer, de Luca Gudagigno. Mas tal filme foi preterido no Golden Globes por Emilia Perez a ponto do diretor italiano ter saído revoltado do recinto.

Eu estava no microblog quando uma conhecida fala que encontrou um cara legal. Mas não foi com suas fuças porque ele ouve as músicas da dupla sertaneja Henrique e Juliano. Para o nosso mundo dos filmes. Lidamos com isso quando vemos os cinéfilos criando contas no Letterboxd no intuito de exercer o seu lado crítico de cinema invés de achar elos comuns com a humanidade.

Eu moro em Pindamonhangaba, no interior do estado de São Paulo. Mas uma cidade onde não tem polos de cultura nos chateia. As pessoas estão mais preocupadas em pagar as suas contas em trabalhos que fazem para sobreviver. Pouco sobra em capital financeiro para uma população gastar com comida, diversão e arte como dizia o Titãs. Penso nisso quando eu estava no instituto.

Meu namorado americano trabalha como criador de conte´´udo. Porém, as nossas poucas conversas no Telegram se dão quando ele tem um tempo livre porque suas redes sociais são controladas pela agência onde ele trabalha. Eu sinto que ele não tem a liberdade que eu tenho por não trabalhar para o marketing digital onde se discute métricas e engajamentos. Penso nisso quando estou na Twitch quando vejo amigos meus fazendos lives com uma ampla liberdade.

Eu entendo as pessoas que falam sobre a dificuldade de fazer amigos na idade adulta. Penso nisso quando nos anos 2010. Eu estava em várias turmas no meu facebook em busca de boas conversas e encontravam umas belas bolhas onde enlouqueciam as pessoas por meio de protocolos escritos por burocratas soviéticos na Índia. Vi isso hoje na crônica de Giovana Madalosso na Folha onde argumenta sobre as amizades acidentais.

Eu estava no Twitter quando vi o meu amigo Alex Cooper Flagg frustrado por não ter tido um namoro na adolescência. Momentos depois, eu vejo a minha amiga Sapekinha Swift junto com o Philly Special falando sobre o fato de ter um crush com um homem bi. Sem contar que eu e o meu namorado nos desencontramos para ficarmos juntos.

Eu estava no Twitter acompanhando os meus amigos sobre a World Series. Ao mesmo tempo, eu estava conversando com o meu namorado em um dos nossos poucos momentos onde ficamos juntos. Porém, lá estava o meu amigo Lulu falando sobre sua aparência. Ele é um loiro alto em seus 15 anos prestes a completar 16 no mês que começa. Lendo o tweet.

Eu estava no Bluesky quando vi um amigo falando sobre o seu dilema para o horário da apresentação de seu TCC. Um dos membros da banca acadêmica está morando na Ásia. Ele estava em dúvida em marcar a exposição entre a manhã e a noite no nosso fuso horário. Eu lhe falei pra fazer de manhãzinha por ser melhor para o tal ser do leste.

Eu estava no Bluesky quando vi um post do meu amigo filósofo guitarrista americano. Ele postou a foto de uma capa de livro cujo o título era How to disappear? (como desaparecer em uma tradução livre). Ele se sente assim por viver no mundo academico nos states onde tem uma rotina de reuniões com várias egotrips entre os professores universitários.

Fui informado por osmose sobre a operação da PM carioca nas favelas. Logo me lembrei de uma piada do casseta e planeta em 1993 onde a PM foi a Moscou para combater o Comando Vermelho em alusão ao outubro negro onde Ieltsin travava uma luta política ao parlamento russo. Mas os tempos mudaram onde as piadas sobre a política russa estão datadas.