Prefeitura de SP veta show de Kanye West e diz que não compactua com 'apologia a nazismo e racismo'
A prefeitura de São Paulo vetou a realização do show de Kanye West que aconteceria no dia 29 de novembro no Autódromo de Interlagos. Responsável pela administração do local, a gestão municipal de Ricardo Nunes (MDB) justificou a decisão por não aceitar os posicionamentos discriminatórios do rapper, que coleciona polêmicas e controvérsias e que recentemente declarou, com orgulho, ser um homem "racista, nazista e gordofóbico". Neste ano, ele lançou uma música chamada "Heil Hitler", banida de plataformas como o YouTube e o Spotify.
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"A atual gestão não compactua com qualquer conduta criminosa de apologia ao nazismo e/ou racismo e, por isso, não permitirá eventos com essa conotação em equipamentos municipais", ressalta a prefeitura, por meio de nota. No mesmo comunicado, administração diz que não foi informada pela produtora Ye in Brazil — responsável pela apresentação do americano — sobre qual artista seria contratado para o evento no momento em que a empresa solicitou o uso do espaço.
A produtora, por outro lado, alega que foi surpreendida pelo veto e reforça que o show se mantém confirmado. Os ingressos, aliás, seguem à venda normalmente por meio do site, com entradas a partir de R$ 600.
"A apresentação estava programada para o Autódromo de Interlagos, com reserva formalizada, valor pago e todas as exigências legais e administrativas integralmente cumpridas. No entanto, fomos surpreendidos com a revogação unilateral do termo de cessão de uso do espaço, comunicada por e-mail na data de 08/10/2025, pela direção do autódromo", reclama a produtora.
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A empresa acrescenta que está "em contato direto com a administração do Autódromo e atuando para esclarecer e resolver a situação da melhor forma possível". Em breve, novas informações serão divulgadas pela produtora, que se compromete a realizar o show — até o momento, mais de 30 mil pessoas já compraram ingressos.
Em entrevista à "Folha de S. Paulo", Guilherme Cavalcante, um dos sócios do evento, afirmou que já pagou o cachê de US$ 5 milhões (o equivalente a cerca de R$ 27 milhões) pedido pelo rapper. "É um valor de cachê muito alto que foi pago. Não tem como cancelar o show. Ele tem que acontecer. Mas também não dá pra fazer em qualquer lugar", frisou.