Federação das indústrias de SC reage à possível candidatura de Carlos Bolsonaro: 'Temos lideranças legítimas'
Posicionamento da Fiesc não cita filho do ex-presidente, mas ocorre após a hipótese dele concorrer ao Senado pelo estado ser ventilada Logo após vir a público o plano do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de lançar seu filho, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL), como candidato ao Senado por Santa Catarina em 2026, entidades do estado passaram a manifestar desconforto com a possibilidade de uma candidatura de fora. A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), sem mencionar nominalmente Carlos, divulgou uma nota pública em que se posiciona contra a “importação” de candidatos para representar o estado no Congresso Nacional. A informação foi inicialmente divulgada pelo portal UOL.
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No texto publicado em seu site oficial, a Fiesc destaca que Santa Catarina “possui lideranças políticas preparadas e legítimas”, com plenas condições de ocupar espaços no cenário nacional. A federação defende que os representantes do estado tenham "profunda conexão com os catarinenses" e sejam fruto da vontade local, não de "imposições externas".
“Temos um dos maiores parques industriais do Brasil, somos protagonistas nas exportações, na inovação e na geração de empregos e, graças a isso, referência nacional em qualidade de vida e segurança. Para seguir avançando e enfrentar uma série de desafios, entre os quais os de infraestrutura, precisamos de representantes com raízes no Estado”, afirma um trecho da nota.
Ao final da nota, a Fiesc reforça seu compromisso com a autonomia política de Santa Catarina e afirma valorizar as lideranças locais que, segundo a entidade, melhor compreendem as demandas e especificidades da população catarinense.
O plano de lançar Carlos Bolsonaro ao Senado por Santa Catarina está inserido em uma estratégia mais ampla do ex-presidente para fortalecer a bancada conservadora no Congresso Nacional. O objetivo é garantir quórum suficiente para confrontar diretamente o Supremo Tribunal Federal (STF).
A articulação envolve nomes tanto da família Bolsonaro quanto de aliados próximos. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por exemplo, é cotado para disputar uma vaga no Senado por São Paulo. Já o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) irá buscar a reeleição pelo Rio de Janeiro. Outra figura considerada central na estratégia é a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que pode concorrer ao Senado pelo Distrito Federal, caso não seja escolhida para representar o bolsonarismo na disputa presidencial.