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E Uma vez, nós estávamos conversando, e ele disse que gostava de meninas esquisitas. Eu disse: "Sei, você deve gostar de uma menina genérica de franja". E ele disse: "Não, eu gosto de meninas esquisitas igual você, você é esquisita". E eu fiquei: "Não, nada a ver, eu nem sou tão esquisita".

Ele apertou minhas bochechas e começou a falar: "Você é muito fofinha". Eu disse para parar com isso, que vergonha! Ele sempre quer lutar comigo, sempre mesmo. E quando ele não luta comigo, ele fica me agarrando de "brincadeira".

Ele falou: "Não, mas e se a pessoa te beijasse sem querer no meio da luta?" (ele já tentou me beijar "sem querer" no meio da luta). Eu disse que nunca mais falaria com a pessoa, de tanta vergonha. Uma vez, ele sentou no meu colo e pediu para eu abraçá-lo, e eu abracei.

E para suportar tudo aquilo, eu ficava a noite inteira assistindo pornografia e, depois, me sentia uma nojenta e começava a morder a minha pele até sangrar.

Mas todos achavam que eu era perfeita e as meninas pegavam no meu pé por causa dos meninos. No entanto, quando eu chegava em casa, eu era abusada pelo meu pai, via brigas e minha mãe me batia, descontando toda a raiva dela em mim. Meu pai fazia o mesmo.

Eu achava que era algum tipo de piada que estavam fazendo comigo. Tinha inseguranças e acreditava ser a menina mais feia da escola inteira. Minha mãe sempre dizia que eu era feia e tal, e eu passei 2 anos sem me olhar no espelho