E lamento, mas os seres humanos são tendencialmente infantis. No sentido em que guardamos mecanismos de defesa que dificilmente ou só à custa de muito trabalho se alteram. É uma questão problemática e válida: qual o papel do Estado (estrutura igualmente problemática) nesse processo?

Mas não estão separadas. Uma é uma causa material, a outra é caminho para as consequências.

O problema da ópera é quem a financia, e quem dita o valor operativo dos seus conteúdos e formas artísticas, i.e., os teatros e os seus administradores (nem são bem ks programadores). O resto são consequências mais ou menos circunstanciais. (Digo eu, cantora de ópera marxista muito pouco hegeliana.)

Vou-me meter aqui também, mas só mesmo para opinar que acho que a ópera nunca esteve tão viva como hoje. Continua a ser um zombie, mas é um zombie que se mexe bem, e tem muitas partes intermutáveis. Ainda hoje tive de ver uma encenação do Orfeo do Savall e meu deus, que estucha.

O fenómeno da "identificação" é crucial nos chamados Mimetic Studies. A idolatria é um facto milenar na nossa espécie. A forma como a nossa estrutura mimética modelou as formas e dinâmicas actuais de interação na esfera digital ainda deve muito a estas duas características do "teatro da vida".

de*

E fiz um Doutoramento para conseguir fazer isto. Que desperdício dinheiro.