Tanto pra falar, aconteceu tanta coisa nesses quatro anos.

Queria que ela estivesse aqui pra brincar com o meu filho, ensinar ele a trapacear na bolita. Passar no final da tarde na casa dela pra tomar aquele cafezinho requentado, fumar um cigarro e falar merda, sentados no degrau da escada com os pés na grama.

Era puro drama e superproteção, tão bem descritos pelo Roth. Um personagem real, meu primeiro desenho legível aos dois anos de idade e a protagonista das melhores histórias pra contar numa mesa de bar ou num cartum.

É de uma longa linhagem de mulheres fortes e sem muita instrução, mas com o coração gigante. Daquelas que pegavam o diabo pelo couro e sorriam rangendo os dentes. Meio índia, meio cigana e meio bruxa, lia a sorte nas cartas, mas guardava a cartelinha da Mega-Sena dentro da bíblia só pra garantir.

❤

A ironia é que no Brasil, os humoristas não são chamados pra escrever trabalhos mais "sérios", quando na verdade, claramente fariam isso com uma mão amarrada nas costas (ou digitando com o nariz).

Ele costumava dizer que só há um tipo de história realmente difícil de contar: a história humorística. Isso porque no humor as regras são diferentes. Não faz a menor diferença o que é contado, o pulo do gato é como se conta.

Ano passado quase rolou 🤪

OBA!!!

HAHAHA ❤