O tom meditativo e politicamente carregado da obra de Oshii jamais seria aceito ou apreciado hj. Seus últimos filmes de animação ou com alto uso de CGI já foram mt mal recebidos msmo anos atrás.

Concordo que o filme jamais seria feito hj, mas isso nd tem a ver com a tecnologia em si (a n ser q ele esteja pensando em IA e ñ verbalizou explicitamente), mas sim pq ñ há espaço, e isso há anos, para animações tão ambiciosas estética e filosoficamente.

a referência frequente a tropos dos shonen de rotina, em grande parte abarcando um elemento autoreferencial quase paródico, e a sátira de certas idiossincrasias mundanas do Japão contemporâneo. Esses dois são particularmente mais interessantes e revigorantes em dado o momento atual da indústria.

"Samurai Town: Story 1" tem apenas os minutos finais, mas dá para ter uma boa ideia com a sinopse. Se não viu ainda, o "Orochi", de 1925 é um dos, se não o primeiro chanbara de fato e tem o toque visual comum do Zankoku de 1 contra milhares. Talvez te interesse também.

Eu acho que é possível dizer que a coisa ou é retomada ou começa nos anos 50 e tem seu ponto alto nos anos 60 devido ao contexto sociopolitico mt turbulento. "Man slashing horse piercing sword", do Ito é o que tem mais material sobrevivente, o resto sabemos apenas pelas sinopses e críticas.

Depende o q vc consideraria Zankoku especificamente, mas precursor ñ diria, pq existem mts filmes anti bushido (ligados aos keiko-eiga) nos anos 20. É q os Zankokus famosos são dos anos 60, mas acho q temos uma densidade razoável deles nos anos 50, depende do quão flexivel é a classificação. 🤔

Você provavelmente gostará também de "A Lança Ensanguentada" que acho q é o chanbara mais famoso dele.

Poderia tranquilamente passar o resto da vida vendo essas coletânias de animação tipo "Capsules", "Love Death Robots", "Secret Level", "Oats Studios"...

é muito melhor resolvida, e exemplificada, em sua obra máxima "A Queda da Casa de Usher" que, por sua vez, é uma adaptação literária, mas que consegue escapar um pouco dessa narração mais genérica e pedestre da câmera deixando apenas os grandes momentos brilharem.

Mas aqui temos ao mesmo tempo momentos de grandes expressividade visual e poesia, a então "fotogenia" de Epstein, e momento de total banalidade dos eventos, superficialiadade da tragédia romântica e planos cansados, como o que apresenta a personalidade jovial de Jean. Essa mecânica bruxuleante.. (+)

Assim como comento sobre as extravagâncias formais do longa e como elas extravasam anseios estéticos pós-modernistas da obra de Anno.

O longa é o segundo da trilogia Dostoievskiana de Piriev, iniciada no filme anterior, "O Idiota", e concluída alguns anos mais tarde com seu imenso (quase 4H) "Os Irmãos Karamazov".