exato. Não é mais 2005, rede social hoje não é só entretenimento ou meio de notícias. Toda hora surgem propostas alternativas super anarcohipster, q no entanto nunca conseguem furar a bolha - por Vários motivos. Falta mobilização séria e organizada sobre isso pra além da lógica de consumo individual

e vejam: o anúncio do Zuck veio bem quando muita gente está saturada do vomitório de publicidade que as redes dele se tornaram.
Construir uma rede que seja menos frenética, onde volte a existir mais trocas/conexões - pode dar bom em MUITOS níveis. Mas a esquerda precisa tratar isso como prioridade.

campanhas q tbm se preocupem em explicar como essas redes funcionam e pq migrar a elas. Ou seja: partidos políticos de esquerda, ongs, coletivos autônomos PRECISAM sentar com coletivos Hacker pra articular estratégias. Migração de rede na base do "quero ser diferentão/diferentona" não resolve (...)

o simples tentar migrar na base do "boca-a-boca", só produz isolamento afetivo, perda de oportunidades profissionais, etc.
Pra um Saidaço ser efetivo: PRECISA ter boas redes alternativas e PRECISA de coletivos (partidários e autônomos) que encampem campanhas pela migração a essas redes.
(...)

(2)
a construção e articulação de redes sociais é uma pauta que PRECISA ser encarada com mais seriedade pelas Esquerdas. Organizar um Saidaço das redes Meta pode ser necessário, mas NÃO É SIMPLES.
Existe uma dependência estrutural dessas tecnologias que não é simplesmente escolha individual (...)

e a população LGBT será SIM pivô desses ataques. ESPECIALMENTE travestis e pessoas trans.

enquanto outras que não vivem metade dessas questões fazem outras pessoas se sentirem constantemente "enroladas". Tem algo nisso que nitidamente não é sobre tempo. É sobre afeto, consideração e comunicação mesmo.

quem quer, toma alguma tipo de iniciativa pra manter a outra pessoa perto, dá concretude à possibilidade de encontro. Tenho amizades que vivem correrias absurdas, e ainda assim tenho facilidade em manter vínculo com elas - porque existe energia ativa de interesse, mesmo quando desencontramos (cont

E "tá tudo bem", sabe. É só foda ficarem alimentando expectativas que elas nitidamente não tem interesse algum de colocar na agenda. Não é uma questão de "quem quer sempre dá jeito" (nem sempre rola) é uma questão de:

que não respeita suas dificuldades ou limites. Sei lá, sinto que algumas pessoas só não conseguem mesmo assumir quando não querem nos ver, ou quando nos encontrar tá mesmo na ordem de uma "coincidência agradável", ou quando querem só manter uma convivência virtual conosco (cont..)

Ela se esconde bem nas sutilezas. Quando a gente tenta expor, as pessoas nem sempre entendem o que tá rolando...

Rasguei todas as chances de amor que apareceram. Talvez algo dentro de mim esteja fundamentalmente quebrado. Reclamo tanto de relações fugazes - mas será que dou conta de mais do que isso? As vezes sonho com alguém que consiga me decifrar para além das rachaduras. Sonho com alguém que insista.

Talvez o pertencimento do que eu sinta saudades seja algo que nunca vivi. E precise ser inventado, construído. Mas não sei como. Tudo o que sei é sobre despertencer. Sobre fugir.

Se penso voltar, para onde iria? Sinto falta de minha família, mas já não há vida em Florianópolis pra mim. Sou hoje tão estrangeira na cidade onde nasci quanto em todos os outros lugares em que já morei. Sinto que esse pertencimento foi se quebrando desde bem antes de eu partir.

Ultimamente (pode ter relação ou não com o corte de cabelo) tem sido Muito recorrente ser tratada como "viado de saia". A gente sente nas entrelinhas. Outras pessoas me abordando com elogios forçados como se eu estivesse montada num personagem. Cansa. Parece divertido porque não é com vocês.

Quando é uma pessoa cis, é sempre 100% de acerto. Isso não é por acaso. A pessoa pode simpatizar comigo, gostar da minha companhia, não me querer mal - a questão é que ela projeta em mim alguém que não está lá. Transfobia não é só sobre ódio: é sobre vocês convivendo com pessoas que não existem.