Aliás, talvez eu saiba por que o Dr. Charles te receitou a ibogaína - mesmo sem estudos e contra a ANVISA…

Ou seja:
Os estudos sobre ibogaína são limitados, com poucos ensaios clínicos (pequenas amostras e modelos quasi-experimentais). Há variabilidade nos resultados e muitos riscos. Não, não há evidências de eficácia para TUS, mesmo que o Dr. Charles prescreva – até a ANVISA discorda.

Destes, apenas dois eram de fato ensaios clínicos - ambos ensaios sem grupo controle, só com dados pré e pós-intervenção com ibogaína, um com um SPIN claro tentando dizer que há uma “tendência” não-significativa de melhora; e outro com um resultado estatisticamente significante comparando.

Bom, para eficácia de tratamentos, a gente precisa de ENSAIOS CLÍNICOS, de preferência randomizados - encontramos 5. Bem mais manejável pra ler e tirar nossas conclusões.

Beleza, agora o quanto tem de evidência essa tal de Ibogaína aí?

A ibogaína age como antagonista dos receptores NMDA, interrompendo adaptações no sistema de recompensa. Modula dopamina, serotonina e estimula neuroplasticidade. Seu metabólito, a noribogaína, regula sistemas opioide e dopaminérgico. Incrível, né? Parece fazer todo sentido mesmo...

A ibogaína é um alcaloide psicoativo extraído da raiz da planta africana Tabernanthe iboga, tradicionalmente usado em rituais espirituais na África Ocidental. Sua capacidade de alterar estados de consciência despertou interesse no tratamento do TUS.

Afinal, o que é ibogaína e o quão viável ela é pra o tratamento de Transtorno por Uso de Substâncias (TUS)?