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26) Para Suzany Brasil, a decisão reforça o alerta. “A COP tem uma grande expectativa de ser um evento democrático, com direito à livre manifestação. O endurecimento das estratégias de segurança é um contrassenso e um alerta, tanto para quem vai participar das atividades quanto para as periferias”
November 10, 2025 at 7:25 PM
25) O documento afirma que não há ameaça concreta à ordem pública que justifique a medida e adverte para o risco de restrição indevida de direitos, criminalização de protestos e repetição de práticas de repressão estatal já condenadas por organismos internacionais.
November 10, 2025 at 7:25 PM
24) Em carta enviada ao Ministério Público Federal, organizações da sociedade civil alertam que “a militarização do evento representa uma indesejada operação de Garantia da Lei e da Ordem em detrimento dos direitos do cidadão e da participação democrática”.
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23) A medida, válida até 23 de novembro, tem como justificativa a proteção de “infraestruturas críticas”, como portos, aeroportos e hidrelétricas. Desde 1992, o Brasil realizou cerca de 150 operações de GLO, 41 delas voltadas à segurança de grandes eventos — categoria na qual se enquadra a COP.
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22) As preocupações com a militarização se intensificaram no início de novembro, quando o presidente Lula assinou o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), a pedido do governador Helder Barbalho, autorizando o uso das Forças Armadas em Belém, Altamira e Tucuruí durante a conferência.
November 10, 2025 at 7:25 PM
21) Além das críticas à política estadual de segurança, movimentos sociais e entidades de direitos humanos também manifestam preocupação com o cenário federal. A entrada em vigor da GLO durante a COP30, em Belém, acendeu o alerta para possíveis abusos e repressões sob o argumento de garantir a ordem
November 10, 2025 at 7:25 PM
20) De acordo com a CPT, o Pará foi o segundo estado com mais conflitos agrários em 2023, com 226 ocorrências e 31 assassinatos — números que, segundo José, “mostram como a política de segurança pública do estado continua sendo a de conter o pobre, e não de conter a violência”.
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19) Duas décadas depois, a lógica se repetiria em Pau D’Arco, com dez trabalhadores rurais executados por policiais civis e militares. O caso sintetiza o que José chama de “aliança histórica entre o poder político, o agronegócio e as forças de segurança”
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18) Apenas dois comandantes foram condenados; os outros 153 policiais foram absolvidos. O episódio ficou conhecido como o Massacre de Eldorado do Carajás e transformou o 17 de abril em Dia Mundial da Luta pela Terra.
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17) Em 17 de abril de 1996, 21 trabalhadores rurais sem-terra foram assassinados pela Polícia Militar na Curva do S, em Eldorado do Carajás, durante uma marcha do MST que reivindicava a desapropriação da fazenda Macaxeira.
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16) Desde os anos 1990, casos emblemáticos mostram que o padrão de atuação das forças policiais pouco mudou, da repressão aos trabalhadores rurais às execuções nas periferias.
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15) Cinco anos antes, o sindicalista José Dutra da Costa, o Dezinho, havia sido morto em Rondon do Pará após denunciar crimes de latifundiários. Ambos haviam recebido ameaças.
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14) A história de violência contra quem defende direitos no Pará não é nova. Em 2005, a missionária Dorothy Stang, de 73 anos, foi assassinada em Anapu após ler trechos da Bíblia aos homens que atirariam nela.
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13) “A violência no campo é parte desse modelo de desenvolvimento. E enquanto ele não mudar, o sangue vai continuar sendo o preço cobrado”, completa.
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12) “Enquanto o governo fala em proteção da floresta e transição ecológica, a mesma máquina do Estado segue matando seus próprios filhos”, diz o advogado José Batista Afonso, da Comissão Pastoral da Terra (CPT).
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11) Ela lembra que o estado “ainda é um dos líderes em violências contra defensores e defensoras de direitos humanos”, segundo o estudo Na Linha de Frente, elaborado pela entidade em parceria com a Justiça Global. “Há número significativo de casos perpetrados por agentes de segurança”, afirma.
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10) Para Suzany Brasil, advogada popular da Terra de Direitos, organização integrante do Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos (CBDDH) e do Comitê Paraense de Defensores de Direitos Humanos (CPDDH), os números de letalidade no Pará confirmam o que a população sente na pele
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9) Com base nessas evidências, o MP-PA denunciou quatro policiais militares do 30º Batalhão por homicídio qualificado e cooperação dolosa. Todos seguem em liberdade enquanto o processo tramita em segredo de Justiça.
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8) Testemunhas afirmam que, após ser atingido pelos primeiros disparos, o adolescente desceu da moto ferido, rendeu-se com os braços erguidos e, mesmo assim, recebeu novos tiros.
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7) Segundo o Ministério Público do Pará, Davi voltava de um serviço e foi abordado por uma viatura que o confundiu — junto do mototaxista que o transportava — com os supostos autores de um roubo.
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6) A violência não se restringe ao campo. Também alcança as periferias da região metropolitana de Belém. Em outubro de 2023, o adolescente Davi da Silva, de 16 anos, foi morto por policiais militares no bairro Distrito Industrial, em Ananindeua.
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5) Episódios como o de Eldorado do Carajás (1996) e o de Pau D’Arco (2017) expuseram o uso sistemático da repressão contra trabalhadores rurais e sem-terra, dando origem a movimentos como o Abril Vermelho, do MST, que transformou o luto em mobilização nacional.
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4) A violência no Pará não é um fenômeno recente — nem restrito às cidades. O estado carrega uma longa história de conflitos agrários e de massacres protagonizados por forças policiais.
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3) Para Roberto Soares, professor colaborador da UFPA e pesquisador do FBSP, os índices refletem um quadro histórico que o estado ainda tenta superar. “O Pará tem uma polícia que mata muito e morre muito, e isso mostra o quanto o enfrentamento da violência ainda está centrado na lógica do confronto”
November 10, 2025 at 7:25 PM
2) No portal oficial da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup-PA), a série histórica, disponível desde 2011, contabiliza até 2025 mais de 5,9 mil vítimas. Segundo o próprio governo, a maioria delas era de homens negros e jovens
November 10, 2025 at 7:25 PM