Caso expõe a facilidade c que o uso de reconhecimento facial dribla regras locais quando terceirizada. E esse movimento tem ganhado tração no Br, c as empresas privadas de vigilância, sem nenhuma transparência e responsabilização. Acontece em Nova Orleans, acontece aqui também.

Após pedidos de acesso à informação, a chefe de polícia de Nova Orleans suspendeu os alertas em abril, mas o Project NOLA continua recebendo matches e avisando agentes por telefone. Para agravar, parte dos dispositivos seria de marca chinesa banida pelo governo federal.

Documentos obtidos pelo Post mostram que as câmeras foram usadas em pelo menos 34 prisões, inclusive por delitos não violentos, sem menção ao reconhecimento facial nos boletins de ocorrência. Provas geradas por IA entraram no processo sem que suspeitos soubessem.

Existe uma lei municipal de 2022 q só autoriza reconhecimento facial em imagens fixas e apenas p investigar crimes violentos, com revisão humana e relatório público. O esquema ignorou os limites q a lei estabelece, incluindo a obrigação de reportar cada uso ao conselho da cidade

+ de 200 câmeras privadas do Project NOLA rastreavam rostos 24 h. Quando o software dava o "match", o app enviava uma notificação para o celular do policial com nome e localização do suspeito, possibilitando efetuar prisões em tempo real.

BigTechs exploram trabalho barato no Sul Global s/salários justos, sem suporte mental ou transferência de tecnologia. Não há IA ética enquanto essa engrenagem roda. ChatGPT e Reels dependem de trabalhadores invisíveis q pagam o preço real.

Terceirizadas como Sama recrutam jovens de Kibera prometendo ascensão social. Muitos ficaram traumatizados e foram demitidos ao pedir melhores condições. Mais de 180 processam Sama e Meta por violações trabalhistas e danos psicológicos.

Mercy recebia US$180 por mês ensinando carros autônomos a reconhecer sinais. Depois passou a remover vídeos de estupro e assassinato para a Meta. Trauma permanente para ela, lucros bilionários para as plataformas.

Mojez, ex‑moderador, assistia pornografia infantil, suicídios e assassinatos todos os dias. O salário mínimo não incluía suporte psicológico. Hoje ele organiza sindicato de trabalhadores digitais para expor o custo humano da IA.

CBP já guarda fotos de cada travessia sem explicar prazo nem auditoria. Expandir a captura para saída multiplica o risco de uso indevido e vigilância massiva. Migração vira laboratório de tecnologias biométricas e que depois chegam ao Sul Global. É bom ficar de olho.

O Sist tb interessa ao ICE, que pagou US$30 milhões à Palantir pelo ImmigrationOS. A plataforma quer visibilidade quase em tempo real sobre quem se autodeporta.
Vincular biometria da fronteira a política de autodeportação transforma controle migratório em coerção tecnológica.

CBP admite que ainda não sabe como operar as faixas de veículos de saída, mas garante que a expansão virá. A agência falhou nos testes de entrada, capturando rostos válidos em apenas 61 % dos passageiros.

Hoje quem entra nos EUA já é fotografado. A nova proposta amplia o cerco ao registrar a saída e cruzar imagens com passaportes, vistos e green cards, produzindo um histórico completo de deslocamentos.