Não acho que Kompany tenha planejado o jogo pensando em defender-se e segurar um empate, mas a alteração na reta final (Musiala dando lugar a Boey) mostra como esse resultado serve bastante ao Bayern. Muito difícil imaginar uma reviravolta na tabela da Bundesliga agora.

Além do planejamento defensivo bem feito, o Leverkusen também tem tido sucesso ao encontrar Florian Wirtz flutuando em centro/alas para criar jogadas explorando o ataque de Tella e Frimpong nas costas de um defensor que acabou atraído por outra movimentação. Xabi superou Kompany.

Desconfortável sob pressão, o Bayern só consegue se instalar no campo rival quando recupera a bola durante uma saída do próprio Leverkusen. Musiala tem tido dificuldades para superar Tah e Coman, que seria uma alternativa para receber no espaço, praticamente só recebeu de costas.

Uma leve diferença é a maneira como Gross se move, lateralizando para aproveitar o espaço vazio deixado pelo lateral e permitindo que Gittens mantenha-se avançado. Recebe de frente por fora do bloco de marcação e facilita a progressão. Guirassy segue muito participativo em apoio.

É uma tendência preocupante no trabalho de Kompany, aliás. Adam Aznou é outro enorme talento que optou por ficar no elenco principal e tem desperdiçado sua temporada: se ele não recebe minutos nem mesmo com 3 desfalques nas laterais, que perspectiva de jogo tem?

256 minutos na Bundesliga: bem menos que Gnabry (628), Sané (831), Coman (800) e até mesmo Müller (703). Diria que foi até paciente demais — pensando em seu próprio desenvolvimento, deveria ter deixado o clube antes. Integrou-se rapidamente e fez tudo que podia, mas o FCB falhou.

O passe não chega nele neste lance, mas Tzimas mantém-se alerta e continua a corrida para aproveitar o rebote do goleiro. Enquanto outros atacantes se desconectariam do lance por não receber a bola, ele continua acreditando.

O contexto coletivo não permite que mostre todo seu potencial na atual edição da Copinha, mas ainda assim faz um belo torneio. Ao lado de Bruno Alves, é o jogador da base do Cruzeiro que mais me encanta, desde o ano passado.

bastante dependente de passes de fora para dentro dos dois extremos, já no terço final, em um contexto em que a defesa adversária se encontra toda posicionada para rebater qualquer cruzamento. Foi preciso um pênalti para abrir o placar contra o Augsburg, algo que se repetiu hoje.

Defensivamente, parece um time mais sólido ao se defender em bloco médio, porém erros individuais seguem custando caro, como hoje. Falta encontrar uma dupla de ataque que se complemente melhor, produzir gols tem sido um desafio até então. Apostaria na titularidade de Moerstedt.

Após alguns testes, estabilizou a equipe em um 4-4-2/4-3-1-2 com Bischof a partir da meia direita, Kramaric bastante móvel e Samassékou/Stach alternando funções e cobrindo bastante campo. Existiram alguns bons momentos em pressão alta (vs BVB, por exemplo), mas nada muito consistente.