Ao meu filho, Renato, por ter mudado a minha vida de forma definitiva - e por me dar tanto orgulho, tantos sorrisos, tanto amor.
Eu não mereço tanto, provavelmente. Mas, já que recebi, quero mais, pros próximos 36 anos.
E mais. Muitos mais.
De boas coisas e energias, quero sempre mais 🖤

Obrigado aos meus, pelo carinho, cuidado e por me trazerem no colo, até aqui.
Obrigado mãe e pai, pela fé inabalável e amor indelével.
À minha companheira, esposa e melhor amiga, Ana Caroline, por tudo que nós dois significamos, pra nós e pro mundo.

Pelos próximos 36 anos, seguir respeitando meus limites e de quem estiver ao meu alcance.
Pelos próximos 36 anos, evoluir continuamente, um dia de cada vez.
Pelos próximos 36 anos, seguir resistindo e dialogando.
Obrigado, vida, por tudo que temos curtido juntos, até aqui.

Pelos próximos 36 anos, seguir me adaptando às mudanças do meu corpo, do meu organismo, com toda graça e serenidade que tive, até aqui.
Pelos próximos 36 anos, seguir amando aos meus e ao mundo, como tenho amado até aqui.

Mas resisto: no fim da minha jornada, quero poder olhar para o lado e ver que estive sempre rodeado pelos grandes, pelos interessados, pelos amantes do povo, dos animais, da flora, do planeta e da existência.

ter um teto sobre sua cabeça, que a evolução tecnológica auxilie a melhora de vida para todo ser vivo presente entre nós.
Sigo andando com fé, mesmo que a esperança ande se esvaindo aos poucos. Não ter tanta esperança não significa que tenho pouca - só que diminuiu.

Nunca tive tanta desesperança na evolução social, mas ainda assim me mantenho firme no que considero meu propósito: militar e divulgar a possibilidade de uma superação do atual modelo de vida que vivemos, na busca de que todas as pessoas consigam se alimentar decentemente,

Envelhecer, esse companheiro natural da existência humana, te dá armas pra enfrentar as chatices da vida humana de forma mais ergonômica – afinal, as coisas ruins são inerentes, então melhor buscarmos conforto ao defronta-las.

Choro mais facilmente, sinto falta das minhas avós, não assisto mais futebol com a mesma intensidade e vontade, nem tenho mais paciência pra conversa bunda mole.
O tempo passar me traz perspectivas sobre conforto, sobre o que me faz bem e sobre lutas a travar.

O fôlego não é mais o mesmo (também… 🚬, né?), o sprint é modesto, a pedalada (antes tão elogiada) mais solta a corrente do que ludibria os outros.