Bandidos!!!

Submetidas a uma série de restrições que as impedem de trabalhar, mulheres afegãs também se veem cada vez mais obrigadas a vender seus rins - por serem viúvas, ou pela necessidade de conseguir mais dinheiro após os maridos já terem realizado o procedimento.

10/10

O valor cobre alguns meses de alimentação e despesas básicas, mas não resolve o problema e ainda causa danos à saúde dos que se submetem ao procedimento, tornando-os frequentemente inaptos para o trabalho.

9/10

Enquanto no mercado clandestino de órgãos na Europa um rim pode custar facilmente mais de 150.000 dólares, os afegãos recebem em média 1.500 dólares pela venda dos seus rins. O baixo custo tornou o país um dos destinos mais cobiçados por receptadores internacionais.

8/10

Ao contrário do que ocorre na maioria dos países, o Afeganistão não possui uma legislação específica para coibir a venda voluntária de órgãos. Os hospitais privados encontraram então uma brecha para estabelecer um negócio extremamente lucrativo.

7/10

Décadas de conflitos internos, intervenções e bombardeios conduzidos pelos Estados Unidos e seus aliados europeus, entretanto, fizeram com que a rede assistencial entrasse em colapso. Sem regulamentação, os mais pobres ficam à mercê dos abusos do setor privado.

6/10

Durante o governo socialista implementado após a Revolução de Saur, o Afeganistão esboçou a criação de um dos mais abrangentes sistemas públicos de saúde e de assistência social do Oriente Médio.

5/10

Ao menos 9 milhões de afegãos sofrem de desnutrição severa. Diante das altas taxas de desemprego e a completa ausência de programas sociais no país, há décadas mergulhado em uma situação de anomia política, os afegãos sucumbem ao desespero para tentar alimentar suas famílias.

4/10

O mercado clandestino é sustentado pela pobreza e pela fome. O Afeganistão está entre os países mais carentes do mundo, com 72% da sua população abaixo da linha da pobreza. Dos 38 milhões de habitantes do país, 23 milhões (ou 60%) estão em situação de fome crônica.

3/10

A cena se repete em outras aldeias do Afeganistão, que tem se convertido em um dos epicentros do tráfico de órgãos. Em alguns vilarejos do país é raro encontrar homens que não possuam as cicatrizes no dorso evidenciando a remoção dos rins.

2/10