Rodrigo Elias
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manejaco.bsky.social
Rodrigo Elias
@manejaco.bsky.social
Dr. em História, professor, ex-editor da Revista de História da Biblioteca Nacional, integrante do (ainda) finado podcast Passadorama e autor de “Como matar um rei espanhol” (2019)
November 14, 2025 at 5:43 PM
Ele pode até ter feito algum, mas nunca vi um filme ruim com o Robert Redford, talvez meu ator favorito na vida.

Meu top 1 é “Três Dias do Condor”, de 1975. Redford interpreta um agente da CIA disfarçado de historiador, que sobrevive a uma chacina e se vê caçado pela própria agência.
September 16, 2025 at 7:31 PM
se você fosse um chocolate, qual seria?
September 7, 2025 at 10:08 AM
30/ A Revista de História da Biblioteca Nacional acabou em 2016 e, embora não se fale mais nela, algumas sementes ficaram plantadas. Afinal, se mataram a revista, não mataram a História.
September 4, 2025 at 10:31 PM
29/ Lembrar sua trajetória é resistir ao esquecimento. A História não é monopólio de ninguém: é um bem público.
September 4, 2025 at 10:31 PM
28/ A queda da RHBN mostra como golpes contra a democracia também são golpes contra a memória, a cultura e a História.
September 4, 2025 at 10:31 PM
27/ Mataram a revista não só ao cortar recursos, mas ao deslegitimar sua existência. Divulgação histórica passou a ser vista como ameaça.
September 4, 2025 at 10:31 PM
26/ Mas a Lava-Jato e a extrema direita criaram o ambiente perfeito para sufocar a revista. O discurso “antipolítico” atingiu em cheio a cultura.
September 4, 2025 at 10:31 PM
25/ Muitos historiadores da academia aprenderam a escrever para públicos não acadêmicos. Muitos leitores tiveram contato com um passado sem clichês ou mitificações.
September 4, 2025 at 10:31 PM
24/ Era lida por professores, estudantes, donas de casa, motoristas, ministros - muitos dos quais enviavam suas impressões sobre a publicação para a redação via carta, e-mail ou mídias sociais. A revista, em formato físico, teve meio milhão de leitores por mês em alguns momentos.
September 4, 2025 at 10:31 PM
23/ Entre 2005 e 2016, publicou milhares de páginas e mais de 1.200 autores. Um espaço único de diálogo entre academia e público.
September 4, 2025 at 10:31 PM
22/ A RHBN não caiu por falta de leitores. Foi vítima de um cenário político que criminalizou a cultura e atacou a educação.
September 4, 2025 at 10:31 PM
21/ A última edição, em julho de 2016 (com João VI na capa, assim como a primeira edição), trouxe críticas ao Escola Sem Partido e reflexões sobre impeachments latino-americanos. Terminou com dignidade, mas sob ataque.
September 4, 2025 at 10:31 PM
20/ Revelador: mesmo plural e baseada em pesquisa rigorosa, a revista era vista como incompatível com o ambiente político hostil à cultura crítica.
September 4, 2025 at 10:31 PM
19/ Mas havia mais. Na saída de uma reunião com representantes da revista, uma fonte do alto escalão da empresa confidenciou: a RHBN não voltaria porque era considerada “esquerdista demais” para os novos tempos.
September 4, 2025 at 10:31 PM
18/ A nova direção da Petrobras, alinhada ao governo Temer, encerrou de vez o apoio. Oficialmente, falava-se em “racionalizar” patrocínios.
September 4, 2025 at 10:31 PM
17/ Em 2016, veio a tempestade perfeita: crise econômica, Lava-Jato, impeachment (golpeachment) de Dilma e Temer assumindo com apoio da direita.
September 4, 2025 at 10:31 PM
16/ Ao mesmo tempo, a Lava-Jato paralisava a Petrobras, que suspendeu patrocínios culturais, incluindo o da RHBN.
September 4, 2025 at 10:31 PM
15/ Em 2015, o MEC, em contenção de gastos, não executou a compra do PNBE. Foi um golpe duro.
September 4, 2025 at 10:31 PM
14/ Mas sua sobrevivência dependia de dois pilares: patrocínio da Petrobras e compras do PNBE.
September 4, 2025 at 10:31 PM
13/ Apesar dos sobressaltos, a RHBN seguiu firme, publicando pautas sensíveis como ditadura militar, impeachment e Escola Sem Partido.
September 4, 2025 at 10:31 PM
12/ Em 2012, uma resenha de "A Privataria Tucana" publicada no site da revista virou escândalo e foi associada à oposição ao PSDB. Na mídia, falou-se em censura, que teria acarretado a demissão do editor. Na prática, o editor saiu por divergências administrativas, mas o episódio marcou a RHBN.
September 4, 2025 at 10:31 PM
11/ O episódio expôs pressões políticas internas. A disputa entre liberdade editorial e visões de mundo divergentes já apontava para desfechos que, na época, não imaginávamos.
September 4, 2025 at 10:31 PM
10/ A redação improvisou outra capa. Meses depois, já sem o Conselho, o dossiê vetado saiu: “O golpe: Militares e civis na trama de 1964”.
September 4, 2025 at 10:31 PM
9/ Mas havia tensões. O Conselho Editorial às vezes vetava dossiês inteiros. Em 2012, um sobre o golpe de 64, já pronto, foi barrado às vésperas da capa.
September 4, 2025 at 10:31 PM