editorialjuglar.com
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desce os degraus,
poema a poema,
até ao silêncio.
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
desce os degraus,
poema a poema,
até ao silêncio.
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
a poesia é um desassossego:
como ser pedra e pássaro
no mesmo céu?
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
a poesia é um desassossego:
como ser pedra e pássaro
no mesmo céu?
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
é no latir longínquo dos cães
que aprendemos
o terrível silêncio de um verso.
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
é no latir longínquo dos cães
que aprendemos
o terrível silêncio de um verso.
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
se os deuses não queriam
que fôssemos perfeitos,
por que nos deram a poesia?
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
se os deuses não queriam
que fôssemos perfeitos,
por que nos deram a poesia?
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
desde que me abandonaste, não durmo:
desenrolo novelos de silêncio
pela floresta da memória.
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
desde que me abandonaste, não durmo:
desenrolo novelos de silêncio
pela floresta da memória.
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
como dormir esta noite,
se tenho os olhos feridos
pela tua luz?
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
como dormir esta noite,
se tenho os olhos feridos
pela tua luz?
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
o corpo tem lagos de lume insano.
inquietude para os dedos, esses pássaros
que hesitam entre voar ou arder.
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
o corpo tem lagos de lume insano.
inquietude para os dedos, esses pássaros
que hesitam entre voar ou arder.
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
escuto o teu vestido
descendo a pele:
rumor de mar, silêncio de céu.
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
escuto o teu vestido
descendo a pele:
rumor de mar, silêncio de céu.
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
beber o teu lume, boca a boca,
e fazer do corpo o lugar
onde o verão jamais pode morrer.
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
beber o teu lume, boca a boca,
e fazer do corpo o lugar
onde o verão jamais pode morrer.
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
só era noite quando as tuas mãos
erguiam as ruínas de mim:
uma estrela de cada vez.
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
só era noite quando as tuas mãos
erguiam as ruínas de mim:
uma estrela de cada vez.
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
quando adormeces junto a mim,
pássaros de melancolia levam
o fogo mais azul para outra ilha.
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
quando adormeces junto a mim,
pássaros de melancolia levam
o fogo mais azul para outra ilha.
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
transporto o oceano nas mãos.
caminho, cauteloso.
a gota que perder podes ser tu.
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
transporto o oceano nas mãos.
caminho, cauteloso.
a gota que perder podes ser tu.
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
branca como as costas da minha amada
quando regressa ao país do sono,
deixando apenas silêncio nos lençóis.
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
branca como as costas da minha amada
quando regressa ao país do sono,
deixando apenas silêncio nos lençóis.
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
dizer o teu nome deixa-me
a boca cheia de pássaros
e o céu asfixiado de silêncio.
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
dizer o teu nome deixa-me
a boca cheia de pássaros
e o céu asfixiado de silêncio.
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
o silêncio
é a mais frágil porcelana
do vento.
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
o silêncio
é a mais frágil porcelana
do vento.
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
é tão estranho:
o longo silêncio após a batalha
é igual ao silêncio depois do amor.
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
é tão estranho:
o longo silêncio após a batalha
é igual ao silêncio depois do amor.
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
como posso eu amar ainda o silêncio
depois de ouvir um pássaro cantar
no teu peito inundado de azul?
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
como posso eu amar ainda o silêncio
depois de ouvir um pássaro cantar
no teu peito inundado de azul?
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
e a tua memória caminha, luminosa,
sobre as águas escuras
do meu sono.
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
e a tua memória caminha, luminosa,
sobre as águas escuras
do meu sono.
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
é o teu nome que oiço ainda
quando, magoado, um cão ladra
na noite mais distante.
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
é o teu nome que oiço ainda
quando, magoado, um cão ladra
na noite mais distante.
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
as memórias são pássaros invisíveis
que partem para a noite
mais longa da insónia.
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos
as memórias são pássaros invisíveis
que partem para a noite
mais longa da insónia.
joão de mancelos. luzes distantes, vozes perdidas. colibri, 2019.
#joaodemancelos