Minha sócia internacional

Acho essa discussão polêmica, mas muito interessante, com argumentos para todos os lados.

Mas fico com a opinião do Trindade, mais próximo da literalidade (art. 60, § 4º, CF): seriam inconstitucionais apenas as *tendentes a abolir*.

P. Ex., o CN poderia modificar o momento da presunção de inoc. (com reflexo na prisão punitiva), pois não abole, *apenas modifica*, cláusula petrea.

Tem uma discussão interessante sobre isso que João Trindade retoma (não lembro se em artigo ou em livro): seriam limitações absolutas (de qualquer modificação), ou não?

Geralmente quando está discussão surge é para dizer que qualquer emenda que trate de cláusula petrea é inconstitucional.

Eclesiastes resumido em uma frase

Pra processo civil, meus queridinhos são Didier e Marinoni

Às vezes o vocabulário jurídico tem significados ligeiramente distintos da norma padrão... vide furto e roubo; competência e incompetência, etc.

*disclaimer que o que estou falando é a hipotética tipificação, pode muito bem não ser nada disso.

Anielle Franco não, mas teve denúncias em relação a subordinadas também; mas assedio nao é o unico 'crime sexual'.

Aliás, é difícil saber se ocorreram de fato crimes ou não. Nem toda conduta inapropriada, passível de demissão, é necessariamente crime.

[V]ale lembrar que a jurisprudência pátria é assente no sentido de que, nos delitos de natureza sexual, por frequentemente não deixarem vestígios, a palavra da vítima tem valor probante diferenciado (REsp. 1.571.008/PE, Rel. Min. RIBEIRO DANTAS, Quinta Turma, DJe 23/2/2016).

Simplificando um pouco: em casos de estupro, abuso, assédio, e crimes congêneres de difícil comprovação de materialidade, há um peso maior dado à palavra da(s) vítima(s) do que em caso, sei lá, de roubo. O STJ chama isso de 'especial relevância':

Pior que tô achando a Galadriel mais chatinha que o Elrond kkk

Nao é que não haja espaço para personagens divididas entre o bem e o mal... mas esta divisão é pronunciada, e é sempre ressaltada.

Não é como em Game of Thrones onde não existe bem este binômio.

As personagens podem sair dela, escapar, resistir; mas a corrupção que acontece (seja pelos anéis, seja por vaidade, seja por poder) é sempre retratada como uma força maligna.

Faz parte da história a superação disto.

As personagens plenamente corrompidas - Morgoth, Sauron - são absolutamente más.