Poeta Chileno, do Alejandro Zambra. Uma história maravilhosa sobre uma família desconjuntada, duas gerações de meninos-homens que sonham em ser poetas a despeito de terem zero sorte com o amor. Foi a primeira vez que eu li Alejandro Zambra e me encantei pela escrita.

Dakota Blues, da Simone AZ. Um romance de formação (e o de estreia da autora) que nos apresenta à protagonista Alice. Acompanhamos ela e seus amores e dores ao longo dos anos 1970 e 1980 no Brasil. Ditadura, AIDS, redemocratização. Um livro que me levou a um tempo que eu não vivi.

Vila Sapo, do José Falero. Não li ainda Os Supridores (o mais famoso dele), mas devorei as sete histórias que compõem Vila Sapo. O título do livro vem de uma quebrada de Porto Alegre que tem esse nome e é o microcosmo onde se passam essas histórias. Curti demais.

Demon Copperhead, da Barbara Kingsolver. Um livro de ficção sobre a epidemia de opioides nos Apalaches nos EUA. Uma releitura de Dickens e seu David Copperfield mas num cenário de América rural. Muito muito bom.

O maioral: Empire of AI, da Karen Hao. E não é porque eu cubro tecnologia, mas é um livro que todo mundo que se interessa minimamente por IA deveria ler. Infelizmente ainda não está disponível em PT-BR, mas lançou em espanhol há pouco tempo.

o vídeo consegue ser ainda melhor -

e ainda tem o problema de como essas mesmas empresas estão exercendo o controle através de financiamento da pesquisa. esse texto de ontem é ótimo: bsky.app/profile/tech...

pra fim fica entre sam altman e peter thiel. daí é impossível escolher

A perícia confirma o que as orgs. de sociedade civil como Lapin, Instituto Terramar, Idec e IP.Rec, que entraram com representação no MPF junto com o Anacé já vinham alertando: o rito de licenciamento simplificado não dá conta de dimensionar os impactos ambientais desse empreendimento. 7/7

Um aspecto relevante que ficou de fora da perícia, no entanto, foi a violação ao direito à consulta das comunidades indígenas Anacé no entorno do empreendimento. Desde agosto, lideranças Anacé da Terra Tradicional vem denunciando a violação aos seus direitos.

A perícia também ressaltou a falta de participação social no rito de licenciamento, especialmente pela complexidade do projeto e sua inserção em área de vulnerabilidade socioambiental, com comunidades sujeitas à escassez hídrica. Nós falamos sobre esse contexto aqui:

“Fracionamento indevido” do licenciamento ambiental: os pedidos de autorização de estruturas que integram o funcionamento do data center, como linhas de transmissão, subestação de energia, além de 120 GERADORES A DIESEL, foram feitos de forma separada.

Um dos pontos destacados p/ apontar a inadequação do RAS foi a ausência de “demonstração de viabilidade hídrica do empreendimento sem comprometer os usos dos mananciais subterrâneos por múltiplos agentes”. Segundo a perícia, houve “falha gravíssima” na emissão das licenças. Nós falamos disso aqui:

A Semace tem 10 dias pra responder ao MPF. Vale lembrar, como revelamos nessa matéria aqui, que foi a Semace que permitiu que a Casa dos Ventos licenciasse o data center sob o grupo "construção civil", o que levou ao enquadramento de baixo impacto e à dispensa do EIA/RIMA: