Depois que o autor, @samirmachado.bsky.social cujo livro não tem nada que ver com essa sinopse publicada aí, fez uma postagem a respeito, alguém corrigiu. Só que, quase numa teimosia insistente, decidiu mudar UMA LINHA da sinopse com cara de IA e atribui-la a outro livro para o qual ela não serve.

Por que é exatamente esse tipo de sinopse aqui que se recebe quando se pede a uma IA que escreva um resumo de um livro que nem você nem a IA leu. Por algum motivo que desconheço, as IAs curtem inventar que um livro é sobre "um homem que revê sua vida após a morte do pai".

Aí um episódio ocorrido esta semana me deixou com uma dúvida. Será que os textos estão sendo pedidos a uma Inteligência Artificial, que é notória em enrolar e passar panos quentes e não em ser maldosamente ofensiva como a ideia da pauta necessita? Por que fiquei com essa dúvida?

Curiosamente, há 1 clara dissonância nos textos bem fácil de captar. A manchete é provocativa, a pauta é uma ideia ofensiva, mas isso não se reflete nos textos propriamente ditos, que dão sinopse dos livros e falam de linguagem e desenvolvimento de um modo neutro, quase positivo, em alguns casos.

A publicação hoje se rendeu a uma lógica de algoritmo, com textos caça-cliques que ficariam bem em um blog em 2001 ou no Buzzfeed em 2010, e publicação de listas apelativas como esta, com uma pauta que é uma ofensa à inteligência como forma de engajamento:

www.revistabula.com/107402-10-li...

Quero um porta caneta daqueles

Eu gosto também do Só Ler, nessa mesma rua mas antes de chegar na CCMQ