Nós do ISER repudiamos o gesto e reforçamos que o fortalecimento da democracia, o senso de comunidade, o respeito às religiões e a luta por justiça e igualdade social são práticas fundamentais para combater e superar o racismo e a intolerância.

Esse gesto é amplamente conhecido por simbolizar um período de dor, perseguição, violação de direitos, genocídio e autoritarismo, num dos momentos mais tenebrosos da história contemporânea.

Leia a nota completa sobre o caso em iser.org.br/noticia/chac...

Os familiares e as vítimas são representadas na Corte IDH pelo ISER e pelo CEJIL. As organizações atuam pelo cumprimento dos pontos resolutivos da sentença, incluídas as medidas de reparação específicas, como responsabilização dos agentes de Estado responsáveis pelas chacinas.

Sete anos após a sentença, o Estado brasileiro não avançou na implementação dessas medidas e nem na responsabilização dos crimes. O caso se tornou um instrumento coletivo de luta por justiça e mudanças na estrutura da segurança pública no Rio de Janeiro e em todo Brasil.

Em fevereiro de 2017, a Corte IDH declarou a responsabilidade do Estado brasileiro pela violação de direitos humanos, do direito à proteção judicial e do direito à integridade de familiares das pessoas assassinadas e vítimas de tortura sexual de Estado.

Em 8 de maio de 1995 aconteceu a segunda chacina na Nova Brasília e, durante a operação, os agentes do Estado executaram outras 13 pessoas.

Essa incursão policial também foi marcada pela tortura sexual de Estado: três jovens, sendo duas adolescentes, foram vítimas de atos de violência sexual por parte de policiais, reconhecidos pela Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH) como atos de tortura.