“Meu pai abusou de mim e hoje eu tenho que cuidar dele”.

Tem que a gente só tem que escovar os dentes. Comer. Tomar banho. Isso tem que.

De resto, meus amores, a gente não tem que nada.

Eu, como mulher que fazia marmitas bonitas pro ex-marido que não sabia onde ficava a vassoura da casa, vejo o divo montando a marmita do boy dele e penso

"faz isso não. Vai descansar. Ler um livro. Ele é adulto, ele faz a marmita dele".

Sou traumatizada sim.

“Quem quer consegue”.

Olha, eu quero um monte de coisa que, pelo andar da carruagem, não vou conseguir não.

Uma amiga falou que homem tem que pagar a conta do restaurante sim porque a gente ganha menos e reparação financeira também é feminismo.

Colocando aqui para as solteiras usarem a cartada e não deixarem homem se dar bem com nosso movimento de igualdade.

Primeiro divide a carga, depois a conta.

Em “O Segundo Sexo” Simone de Beauvoir passa 16 páginas falando da reprodução de todas as espécies e, honestamente, não precisava.

Saudades de quando as pessoas divulgavam séries nos stories.

Nem ligava se era só corda pra crush. Eu amava as indicações alheias.

“A sorte dos homens é que não queremos vingança”.

Falem por vocês, eu quero vingança sim.

Aceitando as coisas que não posso mudar e também as que posso porque, sinceramente, hoje é domingo e eu tô cansada.

Acha que serve para ser CEO sim, mas na verdade quer:

- babá grátis
- faxineira grátis
- secretária grátis
- disponibilidade total
- corpo saradinho pra trocar por outra parecida assim que completar 35 anos.

Esse tipinho só ama o que a gente proporciona, mas detesta, detesta muito, mulheres.

O curioso caso das pessoas que “acompanham e adoram o seu trabalho”, mas só se engajam para criticar.

Meu cabelo branco não é blondor não. Me erra.

Muito bom ler um livro que dá saudade durante o dia. Tá ali me olhando e eu cheia de coisa pra fazer ainda.

O ar do país insalubre, a crise respiratória engolindo SP, mas é homem que dá a canetada, né?

Só vão declarar estado de calamidade se a fumaça interromper o Campeonato Brasileiro.

Enquanto é gente caindo, tá de boa.

Cheguei, cambada.