Globo Rural | O agro de ponta a ponta
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Notícias sobre agronegócio, agricultura, pecuária, cotações, sustentabilidade, previsão do tempo, como plantar, criar e fazer e o mundo do campo.

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Agro brasileiro mostrou coesão na COP30, diz Ana Toni
O agro brasileiro mostrou coesão ao longo dos debates da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém, disse hoje Ana Toni, diretora executiva da conferência, durante sua participação no CBN Talks. O evento, que a Rádio CBN realizou nesta quarta-feira (3/12), em São Paulo, teve como tema “Desafios do Agro”. Saiba-mais taboola Segundo a dirigente, a organização receava que o Brasil pudesse chegar desunido à COP, mas, para ela, o que ocorreu foi o oposto disso. “O agro brasileiro chegou coeso e aproveitou essa oportunidade única de maneira muito concreta”, afirmou ela no painel de abertura do evento. Entre os principais avanços ela citou a aliança para estímulo aos biocombustíveis formada por 29 países e a apresentação das iniciativas brasileiras em agricultura regenerativa. "Acredito que conseguimos entregar 29 decisões por consenso de temas que fazem diferença para as pessoas. Do ponto de vista do agro, o setor se organizou bem e a COP30 foi uma grande plataforma para mostrar que o agro é parte da solução e não do problema”, disse Ana Toni, ex-secretária nacional de Mudança do Clima do Ministério de Meio Ambiente. A despeito da leitura positiva, ela observou também que “parece haver dois agros” no Brasil. “Um grupo está preocupado em ser cada vez mais sustentável, e outro, em fazer discursos políticos”, afirmou. Para Sueme Mori, ainda existe muita desinformação sobre o agro nacional tanto no Brasil quanto no exterior. “Os europeus, por exemplo, querem aplicar regras do clima temperado ao agro tropical, e isso é inviável”, resumiu ela durante o painel. O presidente eleito da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Ingo Plöger, presidente eleito da ABAG, disse que existe hoje uma “desconstrução e reafirmação de nacionalismos”, o que torna “extremamente desafiador” o cenário do comércio internacional. Para ele, a biodiversidade é um dos diferenciais que colocam o Brasil em boa posição no rearranjo de forças da economia global.
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December 4, 2025 at 3:28 AM
Chuvas no Brasil colocam pressão de baixa nos preços do café em NY
Enquanto as atenções do mercado de café seguem voltadas para o clima em áreas produtoras, os preços oscilam na bolsa de Nova York. Os contratos do arábica com vencimento em março de 2026 recuaram 0,27%, negociados a US$ 3,7245 a libra-peso. +Veja mais cotações na ferramenta da Globo Rural De acordo com Antônio Pancieri Neto, da Clonal Corretora de Café, além das chuvas favoráveis em cafezais do Brasil, os mapas indicam bons volumes para o mês de dezembro em áreas produtoras. “Apesar desse cenário, o calor e as altas temperaturas já podem ter prejudicado o potencial da safra 2026/27, por isso é preciso cautela. Mas como o mercado sempre se antecipa, os fundos já tomam essa posição de venda”, afirma. Após o excesso de chuva no Vietnã – maior produtor mundial de café arábica –, que ajudou a impulsionar as cotações no mês passado, a expectativa agora é de redução nas precipitações. “Associação dos produtores do Vietnã indicou aumento de 10% na produção nesta safra. Mas devido à grande quantidade de chuva, o que pode ser prejudicado é a qualidade do grão colhido, e também o fluxo de entrada da produção, que era esperado para novembro e dezembro, mas agora será postergado”, acrescenta o corretor de mercado. Suco de laranja No mercado de suco de laranja congelado e concentrado (FCOJ, na sigla em inglês) em Nova York, os contratos para janeiro fecharam em queda de 1,39%, a US$ 1,4885 a libra-peso. Açúcar O açúcar demerara registrou leve queda na bolsa de Nova York. Os lotes do demerara para março de 2026 recuaram 0,33%, cotados a 14,93 centavos de dólar a libra-peso. Algodão O dia também foi de leve queda para as cotações do algodão em Nova York. Os papéis com vencimento em março caíram 0,17%, cotados a 64,46 centavos de dólar a libra-peso. Cacau Somente o cacau avançou entre as agrícolas negociadas na bolsa americana. Impactado por ajustes técnicos, os contratos da amêndoa para março de 2026 subiram 0,90%, a US$ 5.504 a tonelada.
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December 4, 2025 at 3:28 AM
Apetite chinês por soja esfria e preços voltam a cair na bolsa de Chicago
A falta de notícias sobre a demanda por soja dos Estados Unidos por parte da China segue como principal vetor de queda para os preços do grão na bolsa de Chicago. Por mais uma sessão, os contratos da soja para janeiro registraram baixa, dessa vez 0,80%, para US$ 11,1575 o bushel nesta quarta-feira (3/12). +Veja mais cotações na ferramenta da Globo Rural Boletim da T&F Consultoria Agroeconômica destaca que o mercado da soja está preocupado com a ausência da China nas compras de soja americana desde sexta-feira (28). “Os exportadores estão se questionando se a China comprará as 12 milhões de toneladas acordadas pela Casa Branca”, destacou a T&F. Consultorias estimam que o volume de soja adquiridos pelos chineses se aproxima de 4 milhões de toneladas. Nos cálculos oficiais do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a quantidade supera 2 milhões de toneladas Ainda de acordo com a T&F, apesar das revisões recentes para a safra de soja no Brasil, o avanço da semeadura no país diminui a preocupação dos investidores quando o assunto é a oferta. O plantio, que já esteve bem atrasado, agora alcança 86%, acima da média registrada nos últimos cinco anos, de 84,4%, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Milho O milho praticamente apagou os ganhos da sessão anterior em Chicago e fechou o dia com cotações em queda. Os contratos para março tiveram desvalorização de 1,48%, a US$ 4,3150 o bushel. Sem mudanças significativas no quadro de oferta e demanda, a tendência ainda é de preços baixos para o cereal em razão das perspectivas com a safra nos EUA no ciclo 2025/26. Trigo O trigo fechou em leve queda, com investidores embolsando lucros após a alta na última sessão. Os lotes do cereal para março recuaram 0,51%, negociados a US$ 5,3825 o bushel
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December 4, 2025 at 3:28 AM
Potencial da agricultura do Pará incentiva investimento da 3tentos no Estado
O crescimento da agricultura no Pará foi um dos principais fatores que motivou a 3tentos a investir em um projeto para uma nova indústria de processamento de milho voltada à produção de etanol e DDG (Grãos Secos de Destilaria, na sigla em inglês). O projeto, que será concretizado por meio da aquisição da empresa Grão Pará, de Redenção (PA), foi destacado nesta quarta-feira (3/12), durante o 3tentos Day, em Santa Bárbara do Sul (RS), como uma das principais apostas da empresa de grão e biodiesel para expandir suas atividades e alcançar uma receita líquida de R$ 50 bilhões até 2032, o que representaria crescimento anual de 18,6%. O anúncio das projeções e planos levou os papeis da 3tentos a subirem, nesta quarta-feira (3/12), na B3. As ações da 3tentos subiram 6,21%, para R$ 17,11. Leia também Queda nas vendas internas pressiona setor de máquinas agrícolas em outubro Grandes safras e juros elevados devem reduzir margens de empresas do agro Jalles contrata R$ 200 milhões com BNDES Segundo João Marcelo Dumoncel, CEO e fundador da 3tentos, a agricultura do Pará está em forte expansão, graças à qualidade de solo e clima, além da oferta de terras de pastagens que podem ser convertidas em lavouras. Além disso, a proximidade das áreas agrícolas paraenses dos portos do Arco Norte conferem uma vantagem ao Estado. “Vamos entrar em um ciclo em que o Pará será o grande protagonista de aumento de área de produção de grãos no Brasil, e com uma logística melhor do que o Mato Grosso”, afirmou o CEO. O projeto em Redenção, previsto para ser concluído no segundo semestre de 2028, terá capacidade de processar 2,1 mil toneladas de milho por dia, produzindo 935 m³ de etanol, 587 toneladas de DDGS e 37 toneladas de óleo diariamente, com investimento estimado em R$ 1,15 bilhão. A operação depende de condições precedentes e aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Para chegar a essa capacidade de produção, a empresa prevê uma demanda de 100 mil hectares de milho plantados. Atualmente, existem cerca de 500 mil hectares ocupados com a cultura na região próxima a Redenção, segundo a 3tentos. Além disso, a forte atividade pecuária no Pará também geraria procura por DDG para ração animal. “À medida que as áreas de lavoura aumentam, a pecuária precisa ficar mais intensiva, demandando suplementação para os animais, e assim podemos fornecer esse insumo”, explica. Saiba-mais taboola Outro fator que pesou para o investimento, segundo Dumoncel, é a diversidade de matérias-primas que podem ser usadas na planta, caso haja expansão da produção de biocombustível além do milho. “Há outras espécies exóticas que também podem ser aproveitadas para a biomassa. Nós temos o caroço de açaí, a palma, a casca de coco”, então temos muitas opções”, afirma o CEO. O investimento no Pará junta-se a outras expansões que a empresa está realizando. Em 2025, no Rio Grande do Sul, a 3tentos aumentou em 76% a capacidade produtiva da usina de biodiesel de Ijuí (onde a planta foi adaptada para também utilizar canola como matéria-prima do biocombustível) e em 50% na unidade de Cruz Alta. Já em Mato Grosso, a empresa também elevou em mais de 50% a capacidade de processamento e de produção de biodiesel na planta de Vera. Mas o grande projeto da 3tentos no Estado é a obra da usina de Porto Alegre do Norte, que recebeu investimentos de R$ 1,197 bilhão. A obra já está 85% concluída. “Nossa principal meta 2026 é colocar a planta de Porto Alegre do Norte em operação ainda no primeiro trimestre”, destaca Luiz Osório Dumoncel, presidente do conselho de administração da empresa. Segundo o executivo, a 3tentos tem o objetivo de expandir suas atividades para os 12 principais Estados agrícolas brasileiros. Até recentemente, a empresa possuía unidades fabris e comerciais apenas no Rio Grande do Sul e em Mato Grosso. Em 2025, já iniciou a expansão das atividades de varejo e originação de grãos para Goiás, Minas Gerais e Pará, e deve estabelecer presença comercial no Tocantins em 2026. “Nosso estilo é ‘pé no barro’. Estamos construindo com cautela as bases para continuar crescendo e atingir os objetivos de faturamento estabelecidos”, comenta Dumoncel. Na parte comercial, a 3tentos abriu duas novas lojas em 2025, em Água Boa (MT) e São Vicente do Sul (RS). Atualmente, a empresa conta com 59 unidades de varejo, e deve abrir em breve outra em Canarana (MT). Nos nove primeiros meses de 2025, a 3tentos alcançou uma receita líquida de R$ 12,1 bilhões, um crescimento de 34% em relação ao mesmo período de 2024. Já o lucro líquido aumento 17% no mesmo período, para R$ 726,3 milhões. *O repórter viajou a convite da empresa (Colaborou Camila Souza Ramos)
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December 4, 2025 at 3:28 AM
Queda nas vendas internas pressiona setor de máquinas agrícolas em outubro
A indústria brasileira de máquinas e implementos agrícolas voltou a desacelerar em outubro de 2025, interrompendo o ritmo mais forte observado no início do ano. Dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) mostram que o setor registrou queda expressiva na comparação com outubro de 2024, especialmente no mercado interno, onde a receita líquida caiu 14%, somando R$ 4,46 bilhões. A receita total do segmento também recuou, encolhendo 9,9% e fechando o mês em R$ 5,32 bilhões. Leia também Oregon muda distribuição para crescer 30% na América Latina AGCO vê mercado argentino como estratégico para expandir marcas na América Latina Empresas de autopeças apostam no agro O enfraquecimento das vendas domésticas, segundo a Abimaq, reflete o impacto de juros ainda elevados, a postergação de investimentos por produtores e um ambiente de maior cautela após duas safras marcadas por renda pressionada. Apesar da retração nas vendas internas, as exportações ajudaram a amortecer parte das perdas. Em outubro, as vendas externas de máquinas agrícolas cresceram 28,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, movimentando US$ 160,17 milhões. O bom desempenho — resultado sobretudo do aumento do volume físico exportado — confirma a tendência observada desde o início de 2025, na qual o mercado internacional tem compensado parcialmente o desaquecimento interno. O comportamento dos principais produtos do setor também evidenciou essa divisão entre mercado doméstico mais fraco e maior fôlego nas exportações. Os tratores agrícolas registraram um avanço de 13,5% nas vendas internas em comparação com outubro de 2024, com 4.988 unidades comercializadas, enquanto as exportações cresceram 36,3%, totalizando 627 unidades. Saiba-mais taboola Já as colheitadeiras tiveram desempenho oposto: recuaram 9,5% nas vendas internas do mês, somando 305 unidades, mas dispararam nas exportações, com aumento de 350% e 45 unidades enviadas ao exterior. No total, a venda conjunta de tratores e colheitadeiras em outubro — 5.965 unidades — ficou 14,6% acima do mesmo mês do ano passado. No acumulado de janeiro a outubro, o setor segue com saldo positivo. A receita total das fabricantes de máquinas agrícolas cresceu 9,4% no período, enquanto a receita interna avançou 9,2%. As exportações também mantiveram trajetória firme, com alta de 8,8% no ano. As vendas totais de tratores e colheitadeiras somaram 52.443 unidades nos dez primeiros meses de 2025, volume 19,4% superior ao registrado no mesmo intervalo de 2024. O emprego no setor também cresceu: a indústria agrícola encerrou outubro com 124,4 mil trabalhadores, aumento de 8,4% em relação ao ano anterior.
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December 4, 2025 at 3:28 AM
Comitê gestor define condições socioambientais para contratação de seguro rural
O Comitê Gestor Interministerial do Seguro Rural publicou uma resolução nesta quarta-feira (3/12) que define as condições socioambientais para apólices contratadas no âmbito do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). As regras, já usadas na concessão de crédito rural subsidiado, foram aprovadas recentemente pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) para aplicação no mercado segurador. Leia também Assessor da Agricultura defende ampliar recursos do seguro rural Relator aponta fonte de compensação e PL do seguro rural é aprovado na CCJ Taxação de bets e fintechs pode ‘bancar’ despesa obrigatória do seguro rural A norma estabelece requisitos que o imóvel rural onde as culturas ou espécies animais cobertas devem cumprir para ter acesso ao seguro rural subsidiado, como: estar inscrito no Cadastro Ambiental Rural (CAR) na condição "ativo" ou "pendente", não sobrepor total ou parcialmente área definida como reserva indígena homologada ou regularizada constante em cadastro da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), exceto se o proponente da apólice pertencer aos povos ou às comunidades indígenas ocupantes ou habitantes da referida área indígena. Os imóveis também não poderão sobrepor total ou parcialmente área titulada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), exceto se o proponente pertencer à comunidade quilombola e for ocupante ou habitante da terra certificada, nem unidade de conservação de domínio exclusivamente público, regularizada, exceto se houver autorização do Poder Executivo para atividade rural desenvolvida na área, referente à apólice. O imóvel rural alvo da apólice também não pode ter sofrido supressão de vegetação nativa posterior a 31 de julho de 2019, verificado em sistema do Ministério do Meio Ambiente, exceto se houver autorização do Poder Executivo para atividade rural desenvolvida na área. Saiba-mais taboola Para ter acesso ao PSR, no momento da proposta, as áreas também não poderão se sobrepor total ou parcialmente à Floresta Pública Tipo B, não destinada, registrada no Cadastro Nacional de Florestas Públicas do Serviço Florestal Brasileiro, exceto se houver autorização do Poder Executivo para a atividade rural desenvolvida na área referente à apólice, nem se sobrepor a área embargada, registrada no Cadastro de Autuações Ambientais e Embargos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), exceto se houver autorização do Poder Executivo para a atividade rural desenvolvida na área referente à apólice. A regra diz ainda que o proprietário da área e o proponente do seguro não podem estar inscritos no cadastro de empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à de escravo e que a sociedade seguradora deve incluir, no processo de subscrição de riscos, as condições previstas para os imóveis, "exceto se comprovado que as culturas e espécies animais, objeto do seguro, se referem ou estão inseridas em área de atividades rurais com contrato de operação de crédito rural celebrado após 1º de julho de 2025". Segundo a resolução, a apólice de seguro rural deve prever, enquanto durar sua vigência, a "obrigação de o segurado comunicar tempestivamente à sociedade seguradora o descumprimento de quaisquer critérios de que trata esta resolução, para avaliação de eventual agravamento de risco e outras providências necessárias". Em caso de descumprimento, as sociedades seguradoras e os segurados ficarão sujeitos a sanções. A medida entra em vigor em 2 de janeiro de 2026 e será aplicada apenas sobre apólices emitidas após essa data.
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December 4, 2025 at 3:28 AM
Comissão do Senado aprova projeto que torna obrigatória verba da União para o seguro rural
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal concluiu nesta quarta-feira (3/12) a votação do projeto de lei 2.951/2024, de autoria da senadora Tereza Cristina (PP-MS), que altera a legislação sobre o seguro rural no país. A proposta torna a aplicação da verba para a subvenção das apólices uma despesa obrigatória no orçamento da União e abre caminho para a implementação do Fundo Catástrofe, com aportes públicos de até R$ 4 bilhões. Leia também: Assessor da Agricultura defende ampliar recursos do seguro rural Taxação de bets e fintechs pode ‘bancar’ despesa obrigatória do seguro rural Na semana passada, a CCJ já havia aprovado o substitutivo do relator, Jayme Campos (União-MT), mas era necessária nova análise em turno suplementar, na qual não houve apresentação de emendas ao texto. Se não houver apresentação de recurso para Plenário que o projeto seja votado pelo Plenário, a proposta seguirá para a Câmara dos Deputados. Para viabilizar a votação na semana passada, o relator do projeto apresentou uma complementação do parecer em que indica a fonte de compensação financeira para tornar a subvenção ao prêmio do seguro rural uma despesa obrigatória no orçamento a partir de 2026, livre de cortes ou bloqueios. A medida é considerada essencial para dar mais previsibilidade ao programa de gestão de riscos climáticos no campo. A compensação financeira apontada foi a receita adicional gerada pelo Regime Especial de Atualização e Regularização Patrimonial (Rearp), previsto na Lei nº 15.265, sancionada recentemente. A medida foi tratada no PL 458/2021, aprovado recentemente no Congresso Nacional e que incorporou parte da Medida Provisória 1.303/2025, que previa o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A expectativa de arrecadação extra é de R$ 10 bilhões nos próximos anos com o Rearp e as demais medidas da legislação. A indicação das medidas de compensação é um item obrigatório para cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A medida aponta que há espaço no orçamento para garantir a aplicação dos recursos, sem necessidade de cortes. O projeto também permite que o Conselho Monetário Nacional (CMN) crie incentivos para quem contratar o seguro rural, como prioridade no acesso ao crédito controlado e taxas de juros menores. No governo, há a intenção de tornar a contratação de seguro obrigatória a quem buscar financiamentos subsidiados, o que não foi incluído na proposta.
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December 4, 2025 at 3:28 AM
Senar e Einstein unem forças para ampliar atendimento a famílias rurais
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) firmou no último dia 24 uma colaboração considerada histórica com o Hospital Israelita Albert Einstein para fortalecer o acesso à saúde de produtores rurais em todo o país. O acordo foi assinado pelo presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, e pelo diretor-geral do Senar, Daniel Carrara, durante uma cerimônia realizada na unidade Morumbi do Einstein, em São Paulo. A iniciativa integra o Programa Saúde no Campo, lançado em maio deste ano pelo Senar, e que representa um avanço na oferta de atendimento clínico e preventivo a populações rurais. A nova etapa do programa pretende organizar e ampliar iniciativas de saúde de forma integrada a uma plataforma tecnológica desenvolvida pelo Einstein. O objetivo é estruturar um modelo de cuidado contínuo, utilizando ferramentas de telessaúde e acompanhamento multiprofissional, para fortalecer as ações de promoção da qualidade de vida de produtores rurais, seus familiares e trabalhadores, oferecendo suporte direto às equipes de campo e garantindo consultas remotas em especialidades como clínica médica, pediatria e psicologia. A expectativa do Senar com o Programa Saúde no Campo é alcançar 100 mil produtores rurais, seus familiares e trabalhadores até 2026, em todas as regiões do país. “Durante a pandemia nós introduzimos a telemedicina no Nordeste e realizamos 100 mil atendimentos apenas nessa região. Hoje, ver esse projeto avançando é a realização de um sonho que queremos levar para todo o Brasil. Está na hora de unirmos forças para transformar e fazer deste país um grande Brasil”, afirmou o presidente da CNA, João Martins. Salto de qualidade A iniciativa surge em um contexto no qual regiões rurais brasileiras ainda sofrem com limitações de infraestrutura e longas distâncias até centros urbanos. Para o Senar, a união com uma das instituições de saúde mais renomadas do país representa um salto de qualidade, sobretudo na capacidade de atendimento estruturado e no monitoramento contínuo da saúde populacional. “Em 2026 nós vamos chegar a 45 mil propriedades, ou seja, 10% da nossa classe média rural já no primeiro ano. E a expectativa é termos 1.500 técnicos em campo, fazendo planejamento, prevenção, educação para a saúde, e agora com a parceria com o Einstein, que não só vai fazer a parte de telemedicina, mas também dar suporte e capacitação a esses técnicos. Esse é o maior legado que um programa desses pode deixar”, disse o diretor-geral do Senar, Daniel Carrara. Para o Einstein, o projeto reforça a importância da telessaúde como ferramenta de inclusão e equidade. De acordo com Deise de Almeida, diretora executiva Comercial e Marketing da instituição, o uso de tecnologias médicas aplicadas ao campo tem potencial para reduzir desigualdades históricas. “A distância entre comunidades rurais e centros urbanos ainda representa um desafio para o acesso oportuno a serviços de saúde especializados. A proposta do projeto é utilizar a telessaúde como ferramenta para ampliar esse acesso, oferecendo atendimento médico, suporte psicológico e orientação clínica a equipes locais para prevenção e monitoramento de doenças, contribuindo para a redução das desigualdades em saúde”, afirmou. Registros unificados Entre as inovações previstas está a implantação de uma plataforma eletrônica unificada, que permitirá registrar informações de saúde, acompanhar casos clínicos e orientar ações preventivas com mais precisão. A ferramenta reúne funcionalidades como agendamento de visitas domiciliares por técnicos de saúde, teleconsultas com profissionais do Einstein, prescrição digital, solicitação de exames e emissão de documentos médicos com certificação digital nacional, além de um chat técnico para troca de informações entre equipes em campo e especialistas, garantindo suporte contínuo e em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Todos os dados gerados passam a compor o mapeamento da saúde populacional, possibilitando a estratificação de riscos e a definição de estratégias de intervenção mais assertivas. A integração tecnológica também permitirá que o Senar fortaleça ações já desenvolvidas por meio da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), que acompanha produtores diretamente em suas propriedades. Com o novo sistema, técnicos, especialistas e profissionais de saúde terão uma visão mais completa das necessidades de cada família atendida, ajudando a antecipar riscos e orientar práticas de cuidado mais efetivas. O Senar acredita que esse modelo facilitará a detecção precoce de problemas de saúde e a adoção de medidas preventivas no território, reduzindo a sobrecarga de serviços e ampliando a capacidade de resposta a demandas locais. O programa Saúde no Campo é gratuito e voltado para produtores rurais atendidos pela ATeG, seus familiares e trabalhadores. Atualmente, 25.162 mil pessoas são atendidas em 21 estados. As equipes visitam as propriedades para identificar condições de saúde, planejar intervenções preventivas e promover o cuidado individual e coletivo, com foco na prevenção de doenças e no diagnóstico precoce. Além das visitas, os participantes recebem materiais educativos, com orientações práticas sobre doenças prevalentes no meio rural; um caderno de saúde individualizado para registro de informações e orientações; e um kit de primeiros socorros, contendo curativos, ataduras, antisséptico em spray, entre outros itens.
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December 4, 2025 at 3:28 AM
Café recua em NY com melhora do clima em regiões produtoras
Por mais uma sessão na bolsa de Nova York, os preços do café foram impactados por notícias favoráveis em relação ao clima. Os contratos do arábica com vencimento em março de 2026 recuaram 1,65% nesta terça-feira (2/12), negociados a US$ 3,7345 a libra-peso. +Veja mais cotações na ferramenta da Globo Rural O destaque da previsão do tempo para essa semana é o aumento das chuvas, que virá sobre forma de pancadas para regiões produtoras de café, especialmente em Minas Gerais e São Paulo. “No restante do Sudeste as chuvas serão intensas e persistentes durante a segunda metade da semana, devido a formação de um corredor de umidade, que atuará de forma mais intensa entre Minas Gerais, Espírito Santo e sul da Bahia”, diz, em boletim, Eduardo Carvalhaes, analista especializado no mercado de café. De acordo com análise da Barchart, o grão também se desvalorizou na bolsa após a Associação Vietnamita de Café destacar que as previsões de tempo seco devem permitir o avanço da colheita no país. Essa condição de clima reduz as preocupações com a safra no Vietnã, que lidera a produção global de café robusta. No mês passado, os relatos de chuvas fortes e tufões em algumas áreas do país levantaram dúvidas com o tamanho da safra e sobre a qualidade dos grãos colhidos. Cacau O cacau registrou preços mais baixos na bolsa de Nova York, retomando a tendência de queda consolidada há tempos. Os contratos da amêndoa para março de 2026 cederam 1,82%, a US$ 5.455 a tonelada. As atenções do mercado seguem voltadas para o andamento da colheita no oeste africano, onde até o momento, não há indicações de problemas com a safra. Açúcar Em meio a um quadro de ampla oferta, o açúcar demerara avançou em Nova York após ajustes técnicos. Os lotes do demerara para março de 2026 tiveram alta de1,49%, cotados a 14,98 centavos de dólar a libra-peso. Suco de laranja No mercado de suco de laranja congelado e concentrado (FCOJ, na sigla em inglês) em Nova York, os contratos para janeiro fecharam em alta de 1,62%, a US$ 1,5095 a libra-peso. Algodão Nos negócios do algodão em Nova York, os papéis com vencimento em março tiveram ligeira queda, de 0,09%, cotados a 64,57 centavos de dólar a libra-peso.
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December 2, 2025 at 9:26 PM
Assessor da Agricultura defende ampliar recursos do seguro rural
O assessor especial do Ministério da Agricultura, Carlos Ernesto Augustin, defendeu mudanças no seguro rural e a criação de fundos com a contribuição sobre a comercialização de produtos agrícolas para financiar a pesquisa agropecuária no Brasil. Na abertura do evento "Vozes do Agro", realizado pela Globo Rural em Goiânia nesta terça-feira (2/12), ele disse que o Brasil continuará como celeiro do mundo, mas que precisa investir na proteção da produção e na promoção comercial ao redor do mundo. +Leia mais opiniões das Vozes do Agro "Estamos diante de uma nova realidade que são as mudanças climáticas. Nós temos um seguro rural ruim, sou do Ministério da Agricultura, mas tenho que me humilhar e admitir isso. Temos que repensar o seguro rural e o crédito rural. Será que não estamos fazendo crédito demais e seguro de menos", apontou. Initial plugin text No Brasil, o orçamento anual do seguro rural ficou em torno de R$ 1 bilhão nos últimos anos, sem considerar os cortes e bloqueios. Neste ano, R$ 355 milhões seguem indisponíveis. Enquanto isso, o custo para equalizar juros do Plano Safra 2025/26, dividido ao longo de vários anos, é de R$ 13,4 bilhões. A verba anual específica para essa área gira em torno de R$ 15 bilhões. Augustin ressaltou que é preciso se precaver de novas catástrofes climáticas. "O Rio Grande do Sul está aí para mostrar. E pode acontecer catástrofe climática no Centro-Oeste, em Goiás, em Mato Grosso. Por que não? E não temos seguro adequado para isso", completou. O assessor especial, que também é presidente do Conselho de Administração da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), defendeu a criação de fundos específicos, alimentados por recursos descontados da comercialização da produção nacional, para fomentar a pesquisa no setor e a promoção comercial. Ele citou os exemplos dos Estados Unidos e Austrália, onde esses mecanismos já existem e são chamados de "check-offs". "Os EUA e Austrália têm check-offs, que recolhem 0,5% dos produtores, das notas fiscais da comercialização. Eles reservam dinheiro para fazer pesquisa agrícola e promoção internacional", relatou. Segundo ele, a promoção comercial do agronegócio é feita pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), com orçamento anual de R$ 500 milhões, cuja aplicação não é exclusiva para ações no setor agropecuário. "Não chega aos pés dos EUA. Se vamos continuar sendo maior produtor e exportador, precisamos ter promoção comercial melhor. Fica a ideia de fazer check-off", apontou. Augustin também defendeu que o setor consiga capitalizar as adicionalidades ambientais e sustentáveis da produção. "Nós brasileiros não devemos ser grandes produtores de microchips, nem de nave espacial, nem coisa mirabolante nos próximos anos. Vamos continuar sendo exímios produtores agrícolas, para que isso aconteça temos que seguir condicionantes no mundo, que é a sustentabilidade, e já somos o melhor nisso, mas precisamos provar e mostrar", afirmou. Ele voltou a citar o programa de recuperação de pastagens degradadas, criado no fim de 2023. Segundo ele, os recursos captados pelo leilão do Ecoinvest começarão a ser desembolsados em 2026 com juros entre 8% e 12%. "Agora já temos um movimento funcionando, a partir do ano que vem serão R$ 30 bilhões para fazer em 10 anos recuperação de pasto degradado, com juro barato", disse no evento. Augustin informou que tem articulado com o Banco Mundial o repasse de recursos para financiamento de construção e ampliação de armazéns, com um "juro muito especial". A ideia é atrelar a operação à variação cambial, condicionando a cobrança ao custo de dólar mais 4% ao ano. "Acho que vamos conseguir rapidamente", afirmou.
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December 2, 2025 at 9:26 PM
Governo retoma investigação de dumping na importação de leite em pó
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) vai retomar a investigação antidumping nas importações de leite em pó da Argentina e do Uruguai. O anúncio foi feito nesta terça-feira (2/12) pelo vice-presidente e ministro, Geraldo Alckmin, durante reunião com representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), deputados e outros participantes. “Os lácteos são importantíssimos para a saúde, para a alimentação, têm importância social, [envolvem] muitos pequenos agricultores, agricultores familiares, e têm importância econômica. Vamos criar um grupo interministerial permanente para acompanhar o trabalho de toda a cadeia do leite do nosso país”, afirmou Alckmin, durante a reunião. Jônadan Ma, vice-presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, comemorou a decisão. “Hoje foi um dia histórico muito importante para a CNA, para a cadeia produtiva do leite, para os produtores de leite do Brasil”, disse, em vídeo postado nas redes sociais. Ma ponderou, no entanto, que é necessário adotar medidas de curto prazo para impedir a entrada desenfreada do produto no país. “Precisamos que nesse meio tempo o governo possa implantar medidas de defesa comercial, adotando medidas provisórias, para que por meio disso o produtor esteja protegido até o encerramento da investigação”, afirmou o executivo. A ideia é estabelecer uma taxa sobre a importação de leite em pó da Argentina e do Uruguai durante quatro meses, podendo ser prorrogado por mais dois meses. A investigação deve seguir. A expectativa é que o caso tenha uma solução em até 18 meses. O processo de investigação foi aberto pelo ministério em dezembro de 2024. Em março deste ano, a CNA pediu medidas antidumping provisórias para proteger o setor, enquanto a investigação não era concluída. Em agosto, a investigação foi paralisada, por conta de uma resolução preliminar que questionava a competência da CNA para fazer a petição de investigação antidumping e indicava que havia similaridade entre leite cru e leite em pó. Isso porque a entidade representa produtores de leite, e não as indústrias de laticínios, que são afetadas diretamente pela importação do leite em pó. Desde a primeira investigação de dumping contra o leite em pó da União Europeia e da Nova Zelândia, em 1999, o governo considerava leite cru e leite em pó produtos similares. A CNA entrou com recurso refutando os argumentos. A decisão desta terça-feira (2/12) é uma resposta do governo ao recurso. O deputado federal e vice-presidente da Frente Parlamentar Agropecuária, Domingos Sávio (PL-MG), agradeceu o acolhimento do recurso pelo governo. “Esse recurso possibilitará dar sequência no processo antidumping, para que nós tenhamos como enfrentar uma importação que entendemos estar sendo predatória”, afirmou o deputado. De acordo com a CNA, em 2023, o preço do leite em pó no mercado interno da Argentina girou em torno de US$ 7,75 por quilo, quanto o leite em pó exportado saiu a US$ 3,56 o quilo. No Uruguai, o preço do leite em pó no mercado doméstico era de US$ 7,91 por quilo em 2023, ante US$ 3,71 o preço do leite em pó exportado. A entidade também alega que existe uma correlação direta entre a investigação do dumping e os volumes importados do produto. Quando foi apresentado ao governo um pedido de adoção de tarifa provisória, em março deste ano, as importações caíram 15%. Após a publicação do parecer preliminar desfavorável do ministério, em agosto, as importações cresceram 28% naquele mês.
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December 2, 2025 at 9:26 PM
Soja recua enquanto trigo e milho avançam em Chicago
O preço da soja vem consolidando a movimentação lateral das últimas semanas na bolsa de Chicago, ainda pautado por fundamentos de oferta. Os contratos da soja para janeiro fecharam em queda de 0,29% nesta terça-feira (2/12), para US$ 11,2475 o bushel. +Veja mais cotações na ferramenta da Globo Rural Há tempos, o mercado vem pautado pelas negociações envolvendo a soja americana e a China. Nesta semana ainda não houve nenhuma confirmação de compra pelo país asiático, fator que favorece as quedas do grão em Chicago. “A falta de confirmação de novas vendas de soja dos EUA para a China aumenta no mercado a crença de que a meta de negociar 12 milhões de toneladas com compradores chineses antes do final do ano não seja atingida”, escreve a consultoria Granar, em relatório. A empresa chama a atenção ainda para o clima adverso em algumas regiões do Brasil, que levou algumas consultorias a reduzirem suas estimativas de produção no país. Uma delas foi a StoneX, que ajustou para 177,2 milhões de toneladas sua projeção para a colheita do ciclo 2025/26. Houve redução de 0,9% na comparação com o dado divulgado em novembro. Trigo O preço do trigo subiu na bolsa de Chicago após ajustes técnicos dos investidores. Os lotes do cereal para março avançaram 1,12%, negociados a US$ 5,41 o bushel. A consultoria Granar destaca que as altas são justificadas, em grande parte, às compras de especuladores em meio à escalada das tensões na região do Mar Negro. A empresa lembrou que o conflito escalou justamente no momento em que a Casa Branca tenta costurar um acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia. Já no médio prazo, a consultoria acredita em queda para os preços do trigo na bolsa, devido às boas perspectivas para a safra de primavera dos EUA. As projeções para as colheitas de Argentina e Austrália também reforçam o quadro de baixa no momento, segundo a empresa. Milho Por fim, nos negócios do milho em Chicago, os lotes com entrega para março do ano que vem fecharam em alta de 1,12%, a US$ 4,50 o bushel.
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December 2, 2025 at 9:26 PM
Lideranças falam sobre desafios e oportunidades do setor durante o 'Vozes do Agro'
Lideranças do agronegócio goiano ressaltaram a necessidade de debater os desafios do setor e buscar soluções para o futuro da produção agropecuária no Estado e no país. Durante a abertura do evento "Vozes do Agro", realizado pela Globo Rural em Goiânia, empresários e executivos de entidades ressaltaram algumas travas que limitam o crescimento do campo em Goiás e a esperança de encontrar saídas com diálogo, ideias e políticas públicas. +Leia mais opiniões das Vozes do Agro José Mário Schreiner, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), ressaltou que o Brasil tem a missão de garantir a segurança alimentar do planeta nos próximos anos e que os agricultores goianos e brasileiros terão que dar a principal contribuição para atender a demanda adicional de 60% por comida até 2050. "Nossa responsabilidade é muito grande perante a população mundial, somos responsáveis pela segurança alimentar do mundo", disse. Saiba-mais taboola Ele ressaltou a necessidade de levar em conta a realidade das mudanças climáticas. "O mundo vai perder áreas agricultáveis, de 16% a 20%, além de outros fatores. É um momento importante de trazer à tona as discussões de política agrícola, questões ambientais, para identificar regiões de possível desenvolvimento" afirmou. "Todo o Estado tem um potencial enorme e uma característica importante é que temos muita agregação de valor" O presidente da Associação dos Produtores de Soja, Milho e Outros Grãos Agrícolas de Goiás (Aprosoja-GO), afirmou que o Estado transformou a realidade do coração do Brasil com avanço acelerado da produtividade agropecuária nos últimos 40 anos. Segundo ele, Goiás tem muito a mostrar no campo e na indústria de transformação. "Temos competência e capacidade produtiva, isso vem do produtor rural, ele nasceu para fazer isso. Goiás em muito a mostrar para o Brasil", disse na abertura do evento nesta terça-feira (2/12). Para Luiz Alberto Pereira, presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras em Goiás (OCB-GO), temas como clima, infraestrutura, crédito rural, endividamento são pontos-chave nos debates atuais. "As cooperativas representam milhares de produtores, através delas temos ampliação da voz do produtor, mas pelo menos os problemas serão ouvidos, vamos reverberar as vozes e, quem sabe, os caminhos sejam abertos", destacou. Gilberto Marques Neto, presidente da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA), ressaltou que os pecuaristas passam por um momento desafiador com o ciclo pecuário, com recorde de abate de fêmeas. Ao mesmo tempo, com a adoção de tecnologia e aumento de produtividade, ele disse que é possível atender a demanda por proteína animal do Brasil e do mundo. O ponto de atenção, para os pecuaristas, é a necessidade de maior valorização da carne, disse. "O Brasil está preparado para enfrentar grandes mercados do mundo, da porteira para dentro somos excelentes, precisamos de apoio para fazer acontecer para fora", disse na abertura do evento em Goiânia. "Os principais países que exportam carne bovina do mundo, Austrália, Argentina, Estados Unidos e Brasil estão no pico de descarte de fêmeas. Já prevemos esse cenário. Com recorde de produção, tecnologia, tem uma oportunidade surgindo em que faltará proteína animal em todo mundo, Brasil está pronto agora", apontou. "Temos grande oportunidade para atender à demanda e com preço competitivo. Estamos em momento para discutir, buscar alternativas para conseguir fazer com que o setor passe a ser reconhecido como a carne da Argentina e do Uruguai, agregando valor, para finalmente sermos remunerados adequadamente". O secretário de Agricultura de Goiás, Pedro Leonardo Rezende, afirmou que o agronegócio tem sido o principal setor responsável pelos resultados econômicos do Estado. "Um dos desafios é a comunicação, fazer com que as informações possam chegar com qualidade aos produtores rurais", disse no evento. Ele também citou a necessidade de investimentos em logística, que impactam diretamente nos resultados da atividade. Rezende ainda destacou a criação do Batalhão Rural pelo governo de Goiás, medida que melhorou, segundo ele, a segurança no campo. "Proporcionou condições necessárias ao desenvolvimento com segurança desse setor", completou. O editor-executivo da Globo Rural, Cassiano Ribeiro, ressaltou que o "Vozes do Agro" é um evento diferente de todos, que estimula o debate dos problemas do setor entre CEOs de empresas do agronegócio, produtores, cooperativas e governo. "Queremos trazer a evolução dessa pauta que será discutida hoje no ano que vem", apontou.
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December 2, 2025 at 9:26 PM
Endividamento fez crédito rural a pequeno produtor cair 30% no RS em 2025, diz Fetag
De janeiro a novembro deste ano, os pequenos produtores do Rio Grande do Sul tomaram R$ 5,78 bilhões em crédito rural por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O montante é 29,8% menor do que o do ano passado, quando os desembolsos chegaram a R$ 7,96 bilhões. Initial plugin text O declínio, expressivo, foi consequência direta da crise de endividamento dos produtores rurais, segundo a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), que apresentou nesta terça-feira (2/12) dados sobre a situação financeira dos pequenos produtores do Estado. Os problemas climáticos que o Rio Grande do Sul enfrentou nos últimos anos e a queda dos preços dos grãos acentuaram as limitações de a acesso a crédito e seguro rural. “As famílias estão procurando menos crédito, porque estão com dificuldade para liquidar dívidas anteriores”, disse Kaliton Prestes, secretário-executivo da Fetag-RS. Segundo relatos de agentes financeiros à entidade, no Rio Grande do Sul, apenas 30% das carteiras foram atendidas pela Medida Provisória (MP) 1314/25, que autorizou o uso de superávit financeiro do Ministério da Fazenda, no limite de R$ 12 bilhões, para linhas de crédito rural subsidiado. As dificuldades financeiras dos produtores também aparecem nos resultados do seguro rural. De acordo com a Fetag-RS, até 2023, o Proagro, programa de seguro rural obrigatório para quem contrata financiamento de custeio via Pronaf, cobria entre 17% e 19% da área de produção agropecuária no Rio Grande do Sul, de 22 milhões de hectares. Em 2025, esse índice caiu para 8,8%. No caso do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), destinado ao produtor que contrata seguro privado, a retração foi ainda mais intensa. Em 2025, o PSR cobre apenas 1,88% das lavouras e pastagens do Estado. Para efeito de comparação, na safra 2020/21, o programa cobriu 20% da área. “Os agricultores estão migrando para sistemas de troca em empresas e cerealistas, ou usando recursos próprios, sem proteção do seguro. Ou seja, estamos regredindo. No momento em que temos mais problemas climáticos, quando o produtor precisa de mais auxílio, estamos deixando esse produtor sozinho, com ainda mais risco”, afirmou o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva. Para a entidade, uma das principais razões para o pouco alcance do PSR é o contingenciamento do valor destinado ao programa. “Temos relatos de agricultores recebendo os boletos das seguradoras, cobrando os valores que deveriam ter sido pagos pelo governo federal e não foram. Então temos uma situação em que o produtor não tem mais crédito nas instituições financeiras, mas precisa cobrir a parte do seguro que era responsabilidade governamental”, disse Eugênio Zanetti, vice-presidente da Fetag-RS.
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December 2, 2025 at 9:26 PM
Indústria de MT investe R$ 1 bilhão em usina de etanol de milho no PR
O município de Toledo, no oeste do Paraná, será sede da planta de etanol de milho da Hydrograph. A empresa mato-grossense desembolsará R$ 1,18 bilhão no projeto. Initial plugin text Conforme divulgado pela Prefeitura de Toledo nesta segunda-feira (1º/12), a estrutura deverá ser construída em uma área de 60 hectares próxima ao Aeroporto Municipal Luiz Dalcanale Filho. A usina produzirá etanol anidro e hidratado. A previsão é que a obra gere 1.500 empregos durante os 18 meses de construção. A receita anual projetada, quando a usina estiver em plena capacidade, é de R$ 1,184 bilhão, com expectativa de gerar cerca de R$ 213 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) ao Estado do Paraná. Segundo o sócio da Hydrograph, Paulo Rangel, o pedido de licença de instalação da usina será protocolado em janeiro de 2026. Ele explicou que a construção deverá começar após a emissão da licença, com prazo estimado entre 18 e 24 meses. “A perspectiva é de iniciar a operação com 1.500 toneladas por dia de processamento de milho. Isso vai perfazer em torno de 200 mil metros cúbicos de etanol, 160 mil toneladas de DDGS, 18 mil toneladas de óleo de milho e alguns outros produtos”, explicou Rangel no comunicado divulgado pela prefeitura.
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December 2, 2025 at 7:28 PM
China assume liderança no fornecimento de fertilizantes ao Brasil
O mercado brasileiro de fertilizantes encerra novembro sob um cenário de preços estáveis, demanda contida e mudanças estruturais no comércio internacional do setor. A conclusão faz parte do relatório “CNA Insumos Agropecuários — Edição Novembro/2025”, elaborado pelo Núcleo de Inteligência de Mercado da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Initial plugin text Segundo o documento, pela primeira vez, a China ultrapassou a Rússia e tornou-se o principal fornecedor de fertilizantes ao Brasil, impulsionada pelo forte avanço nas exportações de Sulfato de Amônio (SAM) e de formulações nitrogenadas e fosfatadas. De janeiro a outubro, o Brasil importou 38,3 milhões de toneladas, aumento de 4,6% frente ao mesmo período de 2024. A China foi responsável por 9,76 milhões de toneladas desse volume. O relatório destaca que o rápido fluxo de cargas chinesas provocou filas superiores a 60 dias para desembarque no Porto de Paranaguá (PR), gerando gargalos logísticos e aumento de custos operacionais. A CNA aponta que os preços dos principais fertilizantes permanecem sem perspectiva de alta. A demanda enfraquecida em grandes consumidores globais — como Índia, EUA e Brasil — mantém a tendência baixista. Na parcial de novembro, os preços médios nacionais foram: Ureia: R$ 3.435/t MAP: R$ 4.887/t KCl: R$ 2.879/t SSP: R$ 2.077/t Relações de troca Com a queda dos fertilizantes ao longo do ano, o relatório indica melhora no poder de compra dos produtores, embora parte das culturas ainda enfrente dificuldades. O estudo da CNA mostra que o algodão segue em cenário desfavorável, com fosfatados caros e queda na fibra. A soja enfrenta relação de troca apertada, especialmente em negociações com KCl. O café arábica é o único que apresenta melhora consistente na capacidade de compra do produtor. De acordo com o relatório, até agosto foram entregues 30,5 milhões de toneladas de fertilizantes no Brasil, avanço de 9% sobre 2024. A CNA projeta volume recorde em 2025, influenciado pelo atraso nas aquisições no Rio Grande do Sul — que deve concentrar compras no fim do ciclo. Para 2026, a expectativa é de nova expansão, sustentada pelo aumento da área plantada e pela perspectiva de mais uma safra recorde no país
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December 2, 2025 at 7:28 PM
Soja sobe em Chicago, enquanto milho opera de forma neutra
Os contratos futuros de soja sobem na manhã desta terça-feira (2/12), na bolsa de Chicago, enquanto os traders acompanham as compras chinesas do grão e as negociações de tarifas entre o governo do país e os EUA. Agora, na abertura do pregão regular, os lotes para janeiro, os mais negociados, sobem 0,45%, a US$ 11,3250 o bushel. +Veja mais cotações na ferramenta da Globo Rural Além das questões políticas, o mercado tem atenção no clima no Brasil. Em algumas regiões, as condições preocupam e os analistas consideram que o teto de produção já foi perdido. Saiba-mais taboola Ontem, a StoneX reduziu sua previsão para colheita de soja no Brasil para 177,2 milhões de toneladas em 2025/26. A previsão ainda é de uma safra recorde, mas houve corte de 0,9% se comparado com a anterior, divulgada em novembro. Em nota, a consultoria disse que a redução resulta principalmente de um ajuste negativo na produtividade, apesar do leve aumento da área plantada. As irregularidades nas precipitações, especialmente em regiões de grande peso na produção brasileira, seguem impactando o potencial produtivo. Milho O milho tem uma manhã neutra, com os papéis mais negociados (março de 2026) em queda de 0,02%, a US$ 4,4475 o bushel. No que diz respeito à safra de verão 2025/26 no Brasil, a StoneX elevou sua estimativa para 26,1 milhões de toneladas, aumento de 1,9% em relação ao relatório de novembro. O ajuste foi impulsionado pelo crescimento da área prevista em Estados do Norte e Nordeste, onde o plantio da primeira safra costuma ocorrer mais tarde. Trigo O trigo, por sua vez, recua 0,78% na bolsa de Chicago, com os papéis para março cotados a US$ 5,3875 o bushel.
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December 2, 2025 at 7:28 PM