Calhou de ler esse bluety seu ao mesmo em que te escuto falando sobre afetos no UP.

E também sobre a questão da autoalienação se age como se esse tipo de coisa não acontecesse por aqui.
Inclusive ouso dizer que o brasileiro se entende sobre o racismo uma postura de autonegação e ufanismo semelhante ao que o norte-americano tem quando confrontado com o imperialismo.

Só acho interessante a projeção desse tipo de comentário.
Essa insistência na comparação não só de fazer os EUA um inferno do senso comum, mas também do Brasil como se fosse quase um país desenvolvido. Como se com SUS ou PIX fôssemos um exemplo de bem-estar social e avanço tecnológico.

É o Lygiamarianismo.

O que eu vi passando por aqui foi o ex-presidente Vicent Fox participando dos protestos com uma camiseta de One Piece.
O Fox é da centro-direita democrata cristã e representante máximo do establishment político mexicano, mas longe de ser nazista até one sei.

Desse último detalhe eu não sabia.

As do México que tão rolando.
Inclusive baita deja vu das Jornadas de Julho: são desencadeadas pela questão da violência de Estado, se ampliam quanto ao escopo, alguns políticos de direita colam e a esquerda diz que é conspiração.

E é curioso que ele acreditava que os Estúdios Disney eram como se fossem um paraíso na terra.
Pra ele era inimaginável que os animadores e demais trabalhadores entrassem em greve.
Isso foi um choque de realidade e - como muitos hoje em dia - ele reagiu a isso virando reacionário.

Tem muita música dele que eu acho bem misógina. Tipo "Você vai me seguir" e "Mil Perdões" (apesar da ironia no final desta).

Essa mudança de perspectiva geracional é bem interessante até para pensar como essas coisas são feitas hoje em dia.
Tipo, quando se conversa com feministas mais antigas e elas louvam a obra do Chico Buarque por colocar o eu lírico feminino enquanto muitas de hoje acham a obra dele misógina.

Isso muda na segunda metade do século XX.
A intelectualidade europeia deixa de ver os filmes do Disney como vanguarda e passa a vê-los como representação do imperialismo, visão que depois vai ser abraçada pela contracultura.
Inclusive, uma crítica feita era que o Disney "manufaturava os sonhos".