Fábio Frizzo
@fabiofrizzo.bsky.social
Ancient History Professor at Universidade Federal do Triângulo Mineiro (MG, Brazil)
Isso talvez seja só outra maneira de defender a Indigenização dos Clássicos, pela qual a @isisnaucratis.bsky.social já argumenta faz anos.
September 15, 2025 at 12:58 PM
Isso talvez seja só outra maneira de defender a Indigenização dos Clássicos, pela qual a @isisnaucratis.bsky.social já argumenta faz anos.
Então talvez seja o caso de saber se estamos mesmo "repetindo os gregos e os romanos" ou só reafirmando o que nós projetamos neles para justificar a estrutura do capitalismo, da sociedade burgursa e sua narrativa do progresso.
September 15, 2025 at 12:58 PM
Então talvez seja o caso de saber se estamos mesmo "repetindo os gregos e os romanos" ou só reafirmando o que nós projetamos neles para justificar a estrutura do capitalismo, da sociedade burgursa e sua narrativa do progresso.
Será que nosso papel como historiadores(as) da Antiguidade não é REFLORESTAR O NOSSO IMAGINÁRIO sobre a cidade-Estado Antiga? Porque a pólis e a civitas sempre me pareceram mais associadas a uma "dinâmica coletiva" do que a essa urbanidade burguesa, privatizada e individualista.
September 15, 2025 at 12:58 PM
Será que nosso papel como historiadores(as) da Antiguidade não é REFLORESTAR O NOSSO IMAGINÁRIO sobre a cidade-Estado Antiga? Porque a pólis e a civitas sempre me pareceram mais associadas a uma "dinâmica coletiva" do que a essa urbanidade burguesa, privatizada e individualista.
Eu me questiono se a pólis clássica era mesmo tão cindida entre o urbano e o selvagem ou se isso não foi um viés que o mundo burguês ocidental moderno deu à Antiguidade (que chamou Clássica) ao plantar ali as suas raízes. E aí fica a pergunta...
September 15, 2025 at 12:58 PM
Eu me questiono se a pólis clássica era mesmo tão cindida entre o urbano e o selvagem ou se isso não foi um viés que o mundo burguês ocidental moderno deu à Antiguidade (que chamou Clássica) ao plantar ali as suas raízes. E aí fica a pergunta...
Para isso, Krenak argumenta que maias e astecas desenvolveram uma cultura urbana em sentido expandido, menos baseada na "cidade" do que numa "dinâmica coletiva". A partir disso defende REFLORESTAR NOSSO IMAGINÁRIO, criando uma nova urbanidade "em vez de ficarmos repetindo os gregos e os romanos".
September 15, 2025 at 12:58 PM
Para isso, Krenak argumenta que maias e astecas desenvolveram uma cultura urbana em sentido expandido, menos baseada na "cidade" do que numa "dinâmica coletiva". A partir disso defende REFLORESTAR NOSSO IMAGINÁRIO, criando uma nova urbanidade "em vez de ficarmos repetindo os gregos e os romanos".
Aí ele defende uma "vida selvagem", que derrube essa concepção de civilização urbana elaborada a partir de uma alteridade com um ideal de bárbaro primitivo. Mostrando que essa ideia de civilização justifica toda sorte de violências.
September 15, 2025 at 12:58 PM
Aí ele defende uma "vida selvagem", que derrube essa concepção de civilização urbana elaborada a partir de uma alteridade com um ideal de bárbaro primitivo. Mostrando que essa ideia de civilização justifica toda sorte de violências.
Ele chama a cidade de "caixa preta da civilização" e mostra que a plataforma urbana do capitalismo se constituiu como "uma continuidade da pólis do mundo antigo, com gente protegida por muros, e o resto do lado de fora".
September 15, 2025 at 12:58 PM
Ele chama a cidade de "caixa preta da civilização" e mostra que a plataforma urbana do capitalismo se constituiu como "uma continuidade da pólis do mundo antigo, com gente protegida por muros, e o resto do lado de fora".
Quando não é copa do mundo, sobra desfile militar mesmo. O importante é o uniforme.
September 3, 2025 at 10:10 PM
Quando não é copa do mundo, sobra desfile militar mesmo. O importante é o uniforme.
Será que o mesmo vale para, sei lá, traficantes de drogas? "Somos críticos, mas aceitando financiamento."
September 2, 2025 at 2:04 PM
Será que o mesmo vale para, sei lá, traficantes de drogas? "Somos críticos, mas aceitando financiamento."