E no silêncio da noite, Bokuto se permitiu chorar pela perda de seu amado, sabendo que, de alguma forma, ele teria que encontrar uma maneira de seguir em frente, mesmo que seu coração nunca se recuperasse totalmente.

Ele fechou os olhos, as lágrimas finalmente cessando enquanto a exaustão o dominava. O sono veio, mas não trouxe descanso, apenas sonhos confusos e fragmentados de um tempo em que Akaashi estava ao seu lado, sorrindo e rindo.

A noite caiu, e Bokuto ainda estava no chão, exausto demais para se mover. Ele olhou para o teto, a escuridão do quarto refletindo a escuridão em seu coração. — Você prometeu que sempre estaríamos juntos. – ele disse, a voz um sussurro na escuridão. —Mas agora... agora estou sozinho.

— Você era meu norte, Keiji. – ele murmurou, abraçando uma das camisas de Akaashi contra o peito. — Sem você, estou perdido. Não sei mais quem sou ou como viver sem você ao meu lado.

O dia passou em uma névoa, Bokuto vagando pela casa como um fantasma. Ele tentava se ocupar, mas cada tarefa lembrava de algo que eles haviam feito juntos. Finalmente, ele desabou no chão do quarto cercado pelas roupas de Akaashi, o cheiro familiar ainda presente, mas cada vez mais fraco.

Ele fechou a geladeira com força, os punhos cerrados enquanto lutava contra a vontade de gritar.

Ele se levantou, sentindo-se desorientado, e caminhou até a cozinha. Cada passo parecia mais difícil que o anterior. Ele abriu a geladeira, mas a visão da comida que Akaashi havia preparado antes de partir para a última viagem trouxe uma nova onda de dor.

— Keiji... – Ele sussurrou, a voz quebrada pelo choro. — Como você esperava que eu seguisse em frente sem você?

Bokuto rolou para o lado, pegando um dos livros de Akaashi. Passou os dedos sobre a capa, lembrando-se de como Akaashi se concentrava profundamente enquanto lia, os olhos brilhando com interesse e curiosidade. Ele sentiu as lágrimas se formarem novamente, a dor da perda ainda tão crua e devastadora.

Tudo gritava a presença dele, mas ao mesmo tempo, tudo estava dolorosamente vazio.

Cada canto da casa estava impregnado com memórias. A caneca favorita de Akaashi ainda estava na mesa, a pilha de livros que ele lia, cuidadosamente organizada ao lado do sofá, e a jaqueta que ele sempre usava pendurada no cabide perto da porta.

A ausência de Akaashi era palpável, um vazio que parecia sugar toda a energia e vida do ambiente.

A luz fraca do amanhecer começava a entrar pelas frestas das cortinas, mas Bokuto não se movia. Ele estava deitado no sofá, ainda usando as roupas do dia anterior, os olhos fixos no teto enquanto o silêncio da casa o envolvia.

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AVISOS!

• não comentem na au, por favor eu peço que quotem!!
• a au será só narração, quem não gosta, não leia
• será um leve angst