A CDHU é, antes de um banco, uma Companhia Social e deve prezar por isso. Minha luta será essa no meu mandato como vereador: a quitação das mensalidades para mutuários da CDHU que sejam beneficiários do Bolsa Família ou BPC.

Eu defendo que a CDHU siga os moldes do Minha Casa Minha Vida em 2023 e quite o débito de toda família que é assistida pelo Bolsa Família ou pelo BPC. Essas famílias não possuem condições de pagar parcelas, comprometendo suas rendas e têm o direito constitucional à moradia.

A proposta não chega a ser ruim, mas é preciso avançar ainda mais.

Agora, a CDHU lançou uma promoção de fim de ano que propõe o fim das multas e juros para quem pagar a entrada (1 parcela para quem deve entre 3 e 24 meses e que não tenham feito acordo prévio, ou 2 parcelas se fez acordo ou 3 parcelas para dívidas superiores a 24 meses).

O sorteio da casa própria, que parecia um sonho, está virando um pesadelo para milhares de pessoas que vivem no estado de São Paulo, simplesmente porque não conseguem pagar essa dívida.

Neste cenário, o mutuário não consegue pagar as novas parcelas e vê a bola de neve da dívida crescer ainda mais, ficando quase inviável conseguir quitar a dívida e continuar morando na casa.

A justificativa da CDHU é que essas pessoas atrasaram as parcelas e houve recálculo, com juros e multas, modificando os valores das parcelas.

Mas não é o que acontece, em Pereira Barreto e região, centenas de mutuários pagam acima do valor e alguns chegam a superar R$ 1 mil por mês.

Enquanto isso, a letalidade da polícia em SP cresceu 78% até agosto de 2024 e agora, o Secretário, que quer ser Senador, se movimenta para barrar novas denúncias.

O Secretário de Segurança Pública tenta, a todo custo, esvaziar o principal ponto de denúncias contra abusos policiais.

É assim que os municípios brasileiros agem. Incapazes de buscarem fontes próprias de receitas, terceirizam a responsabilidade para o governo federal e querem jogar o ônus da arrecadação municipal nas costas do funcionalismo público.

Precisamos discutir com urgência um novo modelo no transporte intermunicipal antes que esta bolha estoure.

Ao mesmo tempo, municípios gastam uma fortuna com subsídio para ônibus fretados para estudantes universitários e outra fortuna para bancar o transporte sanitário.

As pessoas de cidades pequenas são impedidas de sair das cidades por falta de transporte. As empresas alegam que não há demanda, cancelam horários e prejudicam trabalhadores, estudantes, pacientes e moradores em geral.