do seu toque em minha pele
da sensação de pertencimento
da doce ilusão da verdade
da humanidade caindo
enquanto tudo que eu fazia era lamentar
pobres tolos, nunca saberão como era te amar

o brilho eterno de uma mente sem lembranças
exceto pelo fato de que sempre ainda me lembro
ao menos em partes, em pequenos fragmentos

mas qual seria a sentença, afinal?
te amar até depois do fim?
te enxergar em cada canto de mim?
mas qual o propósito, um faz de conta mortal?

eu vejo a luz, a salvação
vejo o reflexo daquilo que serei
quando tudo não bastar
quando tudo finalmente passar

você não me possui mais
mas ainda não teve coragem,
não suficiente para devolver meu coração
ainda o guarda como se fosse seu

ainda ocupa tanto espaço
como se não fosse pesado
e eu fico aqui, parado, no aguardo
me sinto fadado e condenado