Me senti um Sherlock por ter achado a conta secundária dela, qual também estava meio que inativa. Eu lembro de ter visto um @ pro telegram dela mas como eu não sou usuário, preferi não ir perturbar por conta de um app que já iria sair do ar de qualquer forma.

Não contente com meu mal feito, entrei de novo na conta dessa vez em busca de alguma forma pra me comunicar com essa pessoa e avisar (caso ela tenha esquecido) que era eu quem tinha "hackeado" a sua conta. Isso na mesma noite ainda. Busquei pelo número, mas não alcancei.

Não terminou por aí. No meio tempo, o Valdemort solicitava o cancelamento do Twitter/X. Entrei no meu perfil pessoal, mas lembrei que aparece uma notificação de quando uma conta diferente fazia login e isso poderia assustar. Por mais que a pessoa não estivesse mais usando a conta há meses.

Obviamente curioso, violei algum código de privacidade do consumidor e li alguns chats que ela havia deixado lá. Pra nossa sorte, nada comprometedor, apenas mensagens de amigos antigos. Sim, eu me senti mal e sai depois da conta porque não tinha mais o que fazer lá.

Já que a curiosidade já tinha matado o gato, eu decidi entrar nessa mesma conta. Me sentindo um hacker profissional (sendo que não precisei hacker já que o acesso estava livre). Eu descobri que a pessoa havia feito a mesma coisa que eu mais ou menos 1 ano atrás com alguns dias de diferença da data.

Opções de contas salvas que eu não fazia ideia de que ainda existiam, já que eu nunca havia me preocupado de fato. Então em uma delas eu encontrei a conta de uma pessoa com quem eu havia namorado, a conta que eu fiz pra ela, incluindo a senha que também estava salva lá.

Se você tá lendo até aqui, então quer saber como foi exatamente pra eu do nada entrar nas redes e decidir espiar. Então vou resumir: em uma noite de insônia pesada, daquelas que trazem curiosidade, eu decidi baixar o X e na hora em que fui tentar entrar no meu perfil normal apareceu outras opções.

Eu saio muito do tópico, eu sei. Vão dizer que é TDAH, certeza.
Enfim, eu tenho memórias boas, muitas na verdade, e elas são a razão principal por eu ter voltado pra espiar como andavam as coisas nesse mundo.

Me lembra um trecho de uma música que sempre vem a cabeça "Ninguém sabe a mágoa que trago no peito. Quem me vê sorrir desse jeito". O que era minha realidade durante todos esses anos passados. Ser uma pessoa triste nem sempre é todo o glamour que fazem parecer ser.

Se por ventura alguém que me conheceu naquela época e encontrasse essa thread, eu adoraria pedir sinceras desculpas por qualquer feito que meu desapontado eu tenha feito. Desde os mais simples erros até os maiores. Apesar de que, ninguém sabe realmente o que o outro está passando por dentro.

2012 foi o meu início, não de tudo literalmente. Desde então, eu vejo o meu próprio crescimento como um lápis que é apontado não muito que tenha desgastado, mas o suficiente pra que esteja sharp à qualquer momento. A cada ano, não era eu quem apontava, mas sim ao meu redor as pessoas que o faziam.

Eu tenho memórias do início de tudo, meados de 2012 onde havia tanta ação e drama envolvido, tudo era tão espontâneo que eu hoje fico rindo do quão simples tudo poderia ser resolvido. Eu não era quem sou hoje e muito menos o meu eu de 5 anos atrás. Mas, eu sabia me divertir no meio daquilo tudo.

Voltando ao ponto, enfim. Um pouco desapontante é não conseguir lembrar de muitos detalhes, mesmo que recentes, por conta da minha voluntária perda de memórias. Eu tenho esse "poder" de deletar ou enfiar memórias ruins no canto mais escuro e fundo do meu inconsciente pra que não venham me assombrar.

Nunca fui muito fã de levar a vida além de amizades verdadeiras e sempre tentei ultrajar o rp pra que eu pudesse me sentir livre. Meaning: a todo momento desejava não ter que escolher amores/paixões. Apesar da enorme vontade de criar uma família enorme. Quanta ironia.

Por mais engraçado ou trágico que possa parecer, em todos case scenarios, Danseur sempre se metia em love triangles. De certa forma não tão ruim quanto soa, já que ambas partes geralmente sabiam o que acontecia. Mas a parte brutal era a escolha final, tudo parecia certo e errado.

A melhor parte sempre foi retratar o face claim predileto, quem quer que tenha sido. No meu caso, eu me mantive fiel à um só: Kim Jongin. Por 5 anos diretos, foi mais do que fácil encontrar alguém como Danseur no rp. "Como assim encontrar?" Pois é, histórias e mais histórias que relembro.

Eu poderia escrever por horas o quão desafiante é viver de um rp ou das consequências. Mas eu sobrevivi, não é? Então eu passo a observar um pouco mais e relembrar de toda jornada que um dia deixei pra trás.

Eu não sinto falta, não é isso. Quando você termina a fase em alguma parte da sua vida que você aproveitou bastante, você não sente falta de querer viver de novo. Você sente nostalgia em olhar pra traz e saber tudo o que houve ali. Sabendo que nunca mais será a mesma coisa.