Obrigada 💜

E para terminar, deixo aqui uma dica cultural:
Fui ao cinema no mês passado assistir o filme "O Último Azul", de Gabriel Mascaro, que conta a história de uma mulher que se vê obrigada a deixar sua vida para viver em uma colônia de idosos. Recomendo demais!

Aqui em BH eu venho lutando, desde 2023, por POLÍTICAS PÚBLICAS DE CUIDADO. E acabei de apresentar o PL MAIOR CUIDADO, que transforma o PMC em lei permanente. Vocês sabiam que temos na cidade um programa que oferece cuidados domiciliares para idosos? prefeitura.pbh.gov.br/assistencia-...

É pensar políticas que redistribuam o trabalho do cuidado sem deixar as mulheres sobrecarregadas. É preciso formalizar e regularizar o trabalho das cuidadoras e cuidadores de idosos. São essas pessoas que garantem a vida e o futuro do país 🇧🇷✨

🧐 Cida, e as casas de repouso?

Muita gente pensa nisso quando se fala de idosos. Essas casas são boas, mas custam caro e nem todas as pessoas podem pagar, porém todas vão envelhecer um dia. Para essa conta fechar, é preciso pensar no CUIDADO COMO DIREITO. O que isso significa?

Além de não serem remuneradas e não terem direitos assegurados, essas pessoas estão cada vez mais sobrecarregadas e adoecidas, porque cada vez mais pessoas precisam de cuidados. A conta não fecha.

PRODUTIVIDADE: No mundo capitalista, a capacidade produtiva é o que rege as relações. Porém, uma pessoa que dedica seu tempo para o cuidado - com as crianças, com os idosos, com companheiro(a) e/ou ou pessoas com deficiência -, apesar de produzir condições de vida, não são consideradas produtivas.

Nas imagens, dois exemplos do que estou dizendo: quem consegue subir num ônibus que tem esses degraus tão altos? Um carrinho de bebê conseguiria passar nesse piso?

🚌 URBANIZAÇÃO E TRANSPORTE: Defendo sempre uma CIDADE PARA CRIANÇAS, pois cidades assim são boas para todes, incluindo idosos. Cidades hostis, difíceis de caminhar, com equipamentos públicos difíceis de acessar e transporte público sucateado, são ruins para todo mundo. E, infelizmente, são o padrão

Pois é, 2% é entre crianças. Temos uma dívida histórica com as gerações passadas

É preciso ampliar políticas públicas como essa, e construir uma cena cultural que seja acolhedora também para esse público. Ouviram, jovens?! A gente também gosta de dar rolê 😌

(Nas fotos, eu e Ed Marte na Masterplano do ano passado 😎)

👩‍🦳👨‍🦳 LAZER: O etarismo impõe muitas barreiras para as pessoas idosas, e a barreira social é uma das principais.
Nós também queremos sair pra curtir e os espaços são reduzidos. Em BH, temos Centros de Referência da Pessoa Idosa, com atividades para quem é 60+. Mas são só 3 para toda a cidade.

Além disso, 20% dos brasileiros com 65+ anos ainda é analfabeta; é um número baixo, mas ainda significativo. O direito à educação é um direito humano e não deveria estar condicionado à idade das pessoas estudantes 😉

📚 EDUCAÇÃO: A população 60+ também precisa e tem interesse em aprender. 70% da população idosa está na internet, mas 66% ñ sabe utilizar os recursos disponíveis. Num mundo cada vez mais digitalizado, isso traz prejuízo e insegurança.

Com o envelhecimento da população, tudo muda. Cálculos de previdência social, programas de assistência e políticas de saúde são as transformações mais aparentes, mas esse fenômeno afeta tudo. É preciso um outro olhar para o funcionamento geral das cidades.

E aqui vão exemplos:

A chave para pensar além do óbvio começa entendendo que o envelhecimento da população é sinal de que mais pessoas estão vivendo mais. Porém, o nosso mundo e o modo como ele funciona são totalmente pensados para privilegiar quem é jovem, e, principalmente: quem “produz”.