Quando retormarmos a sanidade (será que isso um dia acontecerá?), teremos diante de nós um exemplo único de como as instituições democráticas do Brasil devem lidar com golpistas, fardados ou não, com mandato ou não, malucos ou não.

Não tenho ilusão de que ele ficará muito tempo preso. Noves fora o circo dos minions dele no Congresso em torno da anistia, as circunstâncias políticas do Brasil podem mudar rapidamente. Mas a condenação é importante para a posteridade deste país.

Nada disso é exclusivo deste caso. São ingredientes que acompanharam a emergência de Bolsonaro como líder político de massa, que ele usou e abusou antes, durante e, como o 8 de janeiro mostrou, até mesmo depois do seu período no poder.

O uso das redes sociais para a mobilização criminosa, a pressão sobre os militares para aderirem ao golpe, a disseminação de mentiras sobre o processo eleitoral, as tentativas de deslegitimar as instituições públicas, especialmente a Justiça, e a perseguição a adversários (reais e ilusórios).

Ou seja, não há o que negociar. Ou o Brasil renuncia à sua soberania e à independência do Judiciário em prol dos interesses e vontades de um governo estrangeiro, ou aceita as tarifas e toda a caixa de maldades da Casa Branca de Trump.

Na voz do próprio Jair Bolsonaro, temos o argumento que puxa o tapete dos governadores aliados dele: não adianta conversar, a única forma de reverter a tarifação é pautando a “anistia” aos envolvidos no 8 de janeiro e livrando a cara dele próprio do xilindró.

O que mais me revolta é que, ao invés de tentar melhorar, Abel Ferreira parece acomodado com o que tem. Mesmo com peças novas, com novos talentos, o #Palmeiras joga da forma de sempre - um "arroz e feijão" incinerado de tão queimado.