Luis Castro é delírio, na moral. Desempenho o Botafogo dele não tinha. Desempenho merda com campanha de libertadores o Tite também entrega.

tudo parece apontar para dualidade entre a obsessão enlouquecida pela Moby Dick – representada, como metonímia, pela cicatriz e de modo literal pela prótese – e a altivez de marujo lendário.

o Capitão interage com a tripulação. A necessidade de fixar a perna de marfim nos buracos feitos no casco do barco; a postura nos diálogos com cada um de seus comandados; o modo de olhar o mar; +

reconhecida por isso. De modo análogo, Ahab se confunde com a cicatriz deixada num confronto com um dos tantos leviatãs encontrados ao longo de sua vida, e é este o verdadeiro traço fundamental de sua personalidade.

A síntese realizada nesse trecho se alastra pelos capítulos seguintes, nos quais +

e certo leque de experiências anteriores comuns para aqueles já pouco impressionáveis. Por outro lado, as marcas não se desfazem com o tempo e podem se distinguir na personalidade de um ente a ponto de se confundir com ele. A partir do momento em que u “x” é feito numa árvore, esta será sempre +

O brilhantismo está no mecanismo da cicatriz como elo entre os dois sujeitos. Troncos de árvore são inflexíveis às mãos humanas e só podem ser atingidos por elas num nível meramente superficial, mas estão expostos às intemperes da natureza. Cicatrizes denotam capacidade de sobrevivência +

a essa altura do romance: a obsessão de Ahab por vingança.

Austeridade remete à solidez, isso me parece trivial. Comparar Ahab com um objeto fixo, inamovível não soa nada excepcional, embora a imagem da árvore não seja tão óbvia quanto a de uma rocha, por exemplo. +

marcada.”

Todo o capítulo 28 gira em torno da austeridade do Capitão Ahab, supostamente apresentada pelo narrador como o traço central de sua personalidade. Muitos são os trechos escritos para enfatizar este traço, mas o destacado acima é especial por oferecer pistas de algo ainda não revelado +

A cicatriz perpendicular parecia aquela que às vezes se observa no tronco alto e ereto de uma grande árvore, quando um raio cai do alto violentamente sem derrubar um único galho, mas tira-lhe a casca e faz uma ranhura de cima a baixo antes de chegar ao solo, deixando a árvore verde com vida, porém +

ecoando nos ouvidos por dias após a leitura.

Estou fascinado com esse trechinho de Moby Dick
“Palmilhando seu rosto desde entre os cabelos grisalhos, e seguindo por uma das faces queimadas e pelo pescoço, até desaparecer em suas roupas, via-se uma fina marca em forma de risco, extremamente branca.+

Embora esse trecho dos diários tenha me despertado interesse, nunca dediquei tanta atenção às comparações e imagens evocadas por cada um dos meus autores favoritos a ponto de notar algo tão específico como um certo método comparativo. Porém, às vezes as imagens são tão bem trabalhadas que ficam +

paradoxalmente, mantém aberta a imaginação do leitor preocupado em rastrear em sua experiência real ou ficcional um símile para concluir, orgulhoso “conheço alguém exatamente assim!”. +

sinônimos ou não, ainda pode suscitar imagens demasiadamente genéricas de um lugar, objeto ou personagem. Por isso a capacidade de comparar seria tão cara à narração. É esta habilidade que possibilita um grau implícito de detalhamento quase individual, nuclear; +

A premissa oculta responsável por sustentar esta afirmação, suponho, é bem simples: muitas vezes a ficção necessita de descrições mais delineadas do que as exigidas noutras modalidades textuais. Um adjetivo ou advérbio, por melhor selecionado que seja dentre todas as opções similares, +