Transição energética sem reforma agrária é roubo!

Capitalistas não ignoram a crise ambiental. Transformam-na em novo eixo de acumulação. Oferecem falsas soluções com as quais minoria lucra às custas da maioria.

No curto prazo, é reforma agrária com incentivo econômico e técnico à agricultura camponesa, criando condições reais para aumentar a produção para consumo interno ao democratizar o acesso à terra.

Os textos de Murray Bookchin sobre agricultura, produzidos entre 1962 e 1976, são um primor de bem escritos e relevantes para o contexto do sul global devido à ênfase dada pelo autor aos prejuízos sociais e ecológicos promovidos pelo uso indiscriminado de agrotóxicos.

Rússia destrói museu de Makhno na Ucrânia

noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2024/09...

Queimada expande a área do agronegócio. É territorialização via degradação ambiental. Bônus é privatizado, mais terra para menos pessoas. Ônus é socializado, menor qualidade do ar para mais pessoas. Pensando com Proudhon, queimada produz propriedade privada, desigualdade fundiária e ambiental.

A propriedade e a realeza estão em decadência desde o principio do mundo; como o homem procura a justiça na igualdade, a sociedade procura a ordem na anarquia.

Proudhon. O que é a propriedade? Lisboa: Editorial Estampa, 1975. p. 239.

É a agrarização da questão ambiental e a ambientalização da questão agrária. São questões inseparáveis. Ainda mais na periferia do capitalismo.

Arquivo com textos, imagens e informações sobre o anarquista revolucionário mexicano Ricardo Flores Magón.

archivomagon.net

A origem do A circulado como símbolo do anarquismo em 1964 pelos franceses e sua disseminação a partir de 1966 pelos italianos. Texto publicado no centenário periódico inglês Freedom.

freedomnews.org.uk/2024/08/23/t...

Livros que pretendo encerrar a leitura ainda nesse ano. Agrarismo e industrialismo, do ex-anarquista e fundador do PCB, Brandão. Tomar a terra, coletânea de escritores filiados a "ampla tradição anarquista" sobre o campesinato e a questão agrária. A terra dá, a terra quer, do saudoso Nego Bispo.

5° leitura do ano. Um partido anarquista: o anarquismo uruguaio e a trajetória da FAU, de Ricardo Rugai. Reedição do livro do historiador em que reconstrói a história da Federación Anarquista Uruguaya, desde a fundação até a repressão na ditadura militar. Leitura de introdução a FAU.

4° leitura do ano. Qual a solução para o problema do Brasil?, de Edgard Leuenroth. Edição de Lopreato e Tolentino de manuscrito dos anos 1960, do autor, no qual interpretou o Brasil desde uma perspectiva socialista libertária. Leuenroth foi a principal liderança paulista da Greve Geral de 1917.

3° leitura do ano. Anarquismo negro e tradição radical negra, de Atticus Bagby-Williams e Nsambu Za Suekama. Os autores traçam uma didática história do anarquismo negro desde a origem até o desenvolvimento de suas 2 ondas. Recomendo como leitura introdutório ao tema.

2° leitura do ano: Utopias anarquistas, do educador Flávio Luizzetto. Livro curto, publicado nos anos 80. Classifico como leitura introdutória. Mapeia debates entre coletivistas, comunistas e outras "tendências" no interior do anarquismo sobre temas como sociedade futura, educação, prisão e família.

1° leitura do ano foi O despertar de tudo: uma nova história da humanidade, do saudoso David Graeber e do arqueólogo David Wengrow. O tipo de livro longo e de leitura prazerosa. A tradução captou bem aquele jeito fluido do Graeber escrever como se conversasse com você.

Postar alguns dos livros que li esse ano, dos que quero concluir a leitura e dos que adquiri recentemente.