Dito isto, Ariana Grande e Cynthia Erivo elevam o filme sempre que estão juntas (principalmente a primeira, que é a protagonista indiscutível) e evocam com imensa sensibilidade as mágoas de uma amizade fraturada e complexa.

Ao concluir a narrativa tentando encaixar-se no clássico dos anos trinta, esta parte dois perde gás por sabermos como tudo se irá desenrolar e por constantemente referenciar uma obra insuperável.

A forma como tentam não mostrar Dorothy/Judy Garland chega a ser risível.

E sou todo a favor de liberdade criativa, mas era mesmo necessário dotar a Criatura da força de um Super-Homem e da capacidade de regeneração de um Wolverine?!

Alguns cenários e figurinos à parte, os valores de produção desde a fotografia à maquilhagem (que em momento algum torna Jacob Elordi repulsivo ou grotesco) parecem saídos de uma produção barata indigna da imaginação de del Toro.

Vi hoje cá em Portugal e gostei muito, embora a resolução me tenha deixado um pouco desiludido. Provavelmente esperava (sem spoiler!) um confronto hollywoodiano, mas pode ter sido das minhas expectativas.

O que eu ri na cena da "perna cabeluda"!

E logo ao primeiro dia dos próximos 4 anos, novo empate caseiro concedido nos descontos!

Mas também já viram o plantel que o Rui Costa herdou?! E o treinador acabado que tem no banco?! Coitado do presi que vai ter tanto trabalho... 🙄

Se acredito? Não. Por isso acho bem que cobrem união e apoio, mas não podem cobrar entusiasmo e fé irrestrita.

Há que dizer, contudo, que o terceiro ato - quando muitos filmes de terror desabam - é ao mesmo tempo apavorante e comovente ao evocar a devoção inabalável de um cão para com o seu dono.
www.youtube.com/watch?v=PDWz...

Não me referia aos votos de congratulação, mas sim aos motivos para votar no sujeito.

Ao ganhar, claro que leva parabéns e votos de muito sucesso da minha parte. Confiança? Nenhuma.

Convivo bem com o pluralismo, principalmente se for bem fundamentado. Passar os olhos pelas redes sociais ou televisões e apanhar certos comentários de apoio ao Rui Costa (não ao Benfica; ao Rui Costa!)... bom, é cada pérola que "obtuso" até foi simpático da minha parte.

Na verdade, é bastante simples e eu não contestei os resultados. Mas não sou - ninguém é - obrigado a contribuir para aquilo em que não se revê. Veremos daqui a duas semanas.

Pelos vistos, Noronha vai mesmo avançar para a segunda volta. A ser verdade, louvo-lhe a coragem e admiro-lhe a crença (embora não a partilhe).

Que seja. O clube está por um fio e a derrota é mais do que expectável, mas que ninguém diga que isto não foi até ao fim.

Mais uma coisa: com a dupla Costa/Vieira a raparem 60% dos votos, se eu fosse o Noronha Lopes provavelmente atiraria a toalha ao chão.

É que quase metade acha que está bom e é para manter; os restantes pensam que mudar é andar para trás. E estamos reféns disto.

É-me cada vez mais difícil conciliar o facto de um clube tão imenso ter uma massa adepta tão... OBTUSA! Se calhar é esse o preço da grandeza, não sei.

O que sei é que estou cansado. E cada vez mais desligado.

Resta aceitar e perceber que realmente eu é que estou mal.

Qualquer reparo que eu pudesse fazer evapora-se diante do regalo visual que o filme oferece. E juntando à pulsante banda sonora dos Nine Inch Nails, era impossível tirar os olhos da tela.

E, sim, o Jared Leto não aborrece muito.