"Para que serve" o Sérgio Sousa Pinto?
Para nos sentirmos todos um pouco mais espertos e sãos, por comparação.

Nunca tal vi, mas não duvido, há sempre um esquema possível.

(De uma má forma, devo dizer, mas tentaram)

Não é de agora, não posso dizer as datas mas a primeira tentativa de controlo foi à vontade há 2 anos.

Aliás, mesmo o trulicity que é muito menos usado para perda de peso está sempre meio esgotado. Portugal tem muito menos disponibilidade do que precisa. E, pelos estudos, as indicações para esta medicação vão aumentar e não é pouco.

Claro, dai o falso diabético manter-se um problema. Mas nisso não posso dizer que o regulador não tenha tentado, já vamos prai na terceira tentativa diferente de limitar a prescrição. Mas continua a haver quem não cumpra legislação e o controlo de prescrição nunca vai resolver o problema todo.

Mas agora isso está, no semaglutido, ultrapassado, porque se dá ozempic aos diabeticos e wegovy aos não diabéticos, que não é comparticipado de qualquer forma. Persiste o "falso diabético" a criar problema de roubar aos diabéticos. E o facto de o governo não resolver a escassez, porque fica caro.

Depois, ilegalmente, para os obesos não ricos que tenham médicos que falsifiquem o motivo da prescrição (como o caso que deu início a esta discussão) e também em mercado paralelo (que vai até medicação contrafeita, perigosíssimo).

Em Portugal está disponível legalmente e sob prescrição para:
- todos os diabéticos - comparticipado, só que esgota nas farmácias, poucos conseguem cumprir regularmente;
- pessoas com obesidade que sejam ricas/ possam comprar não comparticipados - os preços ascendem dos 100 a > 300 euros por mês.

*de prescrição, não "se". 🧐

Isso, é uma medicação sujeita, e bem, a obrigação se prescrição médica.

Portanto, a pessoa está acusada de ser demasiado criativa em determinados diagnósticos de diabetes.
(Quanto à decisão de não comparticipar, enfim, outros quinhentos, mais uma daquelas típicas: poupar agora em vez de investir para estar melhor no futuro)

Que é o relevante. Ninguém está preocupado com a prescrição off-label neste caso (até porque, se de facto para obesidade, teria fundamento). A questão é que PT não decidiu comparticipar para esse efeito e, desde que estabeleceu limites, não se pode prescrever sem declarar que utente é diabético.

Sim, sem dúvida

Poderá também haver alteração comportamental. Nas varizes, menos pessoas a passar o dia todo em pé, ou passando, a usar meia de compressão. No acne, poderia dizer alimentação, mas considerando os níveis de obesidade infantil, não será tanto isso.

Muuuuito o melhor acesso a cuidados e valorização. Há muita intervenção em varizes, mais cuidado a evitar fatores de agravamento e mais cirurgia. Em relação a acne, não só acesso a tratamento médico como a normalização da intervenção dermocosmética.

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