6) Organização Ofensiva - Ataque à área oponente
Embora a opção por chegar próximo à área adversária com Wesley seja arriscada, porque nem sempre ele consegue bons cruzamentos, a maior e melhor ocupação da área aumenta a possibilidade de aproveitar os cruzamentos e as sobras.

5) Organização Ofensiva - Ataque à área oponente
a) Uso de meio-campistas pelos lados para garantir qualidade nos cruzamentos e nas associações para ataque à área; b) Ocupação da área com muitos jogadores e em diferentes zonas de finalização; c) Aproveitamento dos rebotes.

4) Balanço defensivo durante a construção
A estrutura em 1+3 protege o centro do campo contra contra-ataques, cria ótimos ângulos para circular a bola rapidamente para os lados e permite manter os dois laterais abertos e avançados simultaneamente.

3) Organização Ofensiva - Progressão
a) Avança os dois laterais simultaneamente; b) Michael sai do lado para o centro para formar dupla com Gabi; c) Ruptura e apoio no pé; d) Gerson atravessando o campo; e) Força o oponente a se mover demais para a esquerda e ataca pela direita.

2) Organização Ofensiva - 1ª fase de construção
a) Uso da estrutura pra criar vantagem numérica: Arrascaeta se desloca para o lado do campo para receber com espaço por fora do bloco de defesa adversário e cria uma vantagem numérica no setor com 3 rubro-negros contra 2 oponentes.

1) Organização Ofensiva - 1ª fase de construção
a) Calma para iniciar o ataque, permitindo que a equipe se estruture; b) Estrutura bem definida na saída de bola (3+2); c) Busca pelos volantes para atrair o oponente para o centro do campo e abrir espaço pelo lado.

Ayrton ficou um pouco mais recuado, para melhorar o ângulo de passe para os lados. A saída era iniciada por um lado e a progressão ocorria pelo outro, com Wesley recebendo aberto passe de Ortiz. Depois, a intenção era encontrar os meias, Gerson ou Arrascaeta recebendo do lado para o centro.

Durante o jogo, Filipe Luís parece ter instruído uma mudança de estratégia, dando ênfase em ataques do lado para o centro para explorar a descompactação entre a última linha de defesa e a linha intermediária do Bahia, sobretudo com o passar do tempo, a medida que o adversário ia cansando.

Inicialmente, o Flamengo também tentou atacar diretamente pelo centro, com os zagueiros e volantes tentando encontrar Arrascaeta e Gerson no espaço por trás dos volantes adversários (entrelinhas) com passes diretos.

Fator tático importante para garantir a eficiência das jogadas pelo lado esquerdo foi a estratégia de atrair o adversário para o centro do campo, antes de circular a bola para os flancos. Pulgar, Gerson e De La Cruz recebiam e devolviam para atrair antes de jogar por fora.

BH voltou a ser incisivo jogando aberto, tentando superar os adversários no 1x1. Ele foi complementado por movimentos de Ayrton, ultrapassando por dentro e fazendo a volta pelo lado para eliminar as coberturas e criar espaço. Nico ou Pulgar garantiam equilíbrio defensivo como opção de passe.

Houve também uma variação no balanço defensivo para 1+3/3+1 que potencializou o Flamengo, dando mais profundidade à equipe enquanto mantém a pressão pós-perda engajada.

No entanto, os melhores momentos da equipe foram quando começou a jogar mais com dinâmicas de fora para dentro, ou seja, com a bola indo ao lado, com Wesley ou Ayrton/BH e voltando para Gerson ou Arrascaeta entrelinhas, nas costas da linha média do Bahia.

No ataque, a equipe buscou manter a bola e progredir em direção à área adversária com trocas de passe.

Na 1ª fase de construção, o Flamengo procurou jogar pelo centro antes de tentar avançar por fora. Inicialmente, buscou jogar com BH e Ayrton alternando lado e centro e Arrasca entrelinhas.

Defensivamente, destaque para: os momentos de pressão alta com encaixes individuais curtos pelo lado; a setorização da última linha coordenada com Pulgar para defender, inclusive bolas longas; o senso de urgência na pressão pós-perda; e os zagueiros tentando antecipar mais.

Em especial após o cartão amarelo recebido por D. Luiz, Wesley parece ter sido instruído a encaixar a marcação sobre Cannobio no balanço defensivo, para não deixar o zagueiro pela direita tão exposto.

A equipe não conseguiu encaixar a pressão após a perda da bola e se expôs bastante a contra-ataques. O elo mais frágil do balanço defensivo foi a defesa da profundidade pela direita (imagem no post anterior), com Cannobio correndo para receber por fora e disputar contra D. Luiz, mais lento.

Bruno Henrique, que até havia conseguido algumas disputas na área enquanto jogou como centro-avante deslocado à esquerda, foi jogado para o lado, onde deixou de ameaçar o adversário.

Enfim, uma equipe com um posicionamento confuso, circulação de bola ruim. Um ataque inofensivo.