Obrigada por explicar, tava perdida nos posts aqui... Kkkkkkkkk

Jamais esquecer.

Saúde mental depende de muitas variáveis. Aspectos sociais, ambientais, físicos, psicológicos e econômicos contribuem para o bem-estar. Sem a consciência disso, o cuidado e a relação terapêutica é impraticável. Um bom profissional deve sempre levar isso em consideração.

Atualmente não atendo, mas essa sempre foi minha crítica, desde a faculdade. A gente tem que ter um pouco de consciência de classe. Nas faculdades, o que mais tem é gente com papinho de meritocracia e voltado pra elite. Muita gente esquece de onde veio e vira a cabeça.

É claro que como profissionais, precisamos nos sustentar. Mas se ninguém pode pagar pelos nossos serviços, nossa atuação e função social não existe. Consultório vazio não paga as contas também.

Se tem gente que consegue pagar pelos nossos serviços de acordo com as tabelas dos conselhos, ótimo. Que bom seria se fosse assim. Mas a imensa maioria da população vive de salário mínimo. Tamanha a fila do SUS, é preciso buscar atendimento particular. Fora gastos com medicação.

Na faculdade, professores diziam que cuidado em saúde não é caridade, e que precisamos valorizar nosso investimento em estudo e dedicação. Mas não acho que seja por aí. Não é questão de fazer caridade. É ter o mínimo de consciência social, saber olhar pro lado.

Vejo o atendimento em saúde mental como muito elitista. É claro que é necessário pagar ao profissional um preço justo pelo seu trabalho, mas alguns preços cobrados estão totalmente fora da realidade da maioria das população. O SUS infelizmente não dá conta da demanda.