1944: "Going My Way". Também lançado durante a Segunda Guerra, com aquela mensagem de esperança. Sim, é religioso e melódico. Bing Crosby tem uma presença carismática e ideal pro papel. É tipo “Sound of Music”, mas sem músicas icônicas nem crianças chatas (em compensação tem um véio chato). 7/10

1943: "Casablanca": Quase todo cinéfilo conhece e puxa o maior saco. Eu gosto muito, mas sei lá. Esperava mais quando vi pelo primeira vez. O romance entre Bogart e Bergman é potente, repleto de cenas memoráveis. Difícil achar alguém que não conheça a famosa frase “We’ll always have Paris”. 7/10

1942: "Mrs. Miniver". Temos muitos filmes pró-guerra, mas esse aqui é pura propaganda. Ruim? Longe disso. Adoro como uma simples dona de casa classe média alta sofre o impacto da guerra numa vida frívola. Greer Garson estava em um relacionamento com Richard Ney… seu próprio filho no filme 😅. 10/10

1941: "How Green Was My Valley". Questionadíssima vitória só porque bateu “Citizen Kane”, que vive em listas de “melhor filme de todos os tempos" e blá blá blá. Mas, sinceramente? Gosto bem mais. John Ford humaniza seus personagens de forma clássica e tocante. Pra mim, é excelente. 10/10

1940: "Rebecca". Único Hitchcock a faturar prêmio de melhor filme num total de só 3 indicações ao todo (uma heresia!). Ganha pontos por ser um suspense de altíssima qualidade, gênero que a Academia costuma esnobar. Tem um ótimo final, como em quase todos os filmes do mestre. 8/10

1939: "Gone with the Wind". Chegou a polêmica. Sim, o filme é cercado de problemáticas (racismo, escravidão, etc.). Mas se passa na Guerra Civil e a protagonista é sulista, então… era inevitável. Apesar dos pesares, tem cenas icônicas e o melodrama é de qualidade. 10/10

1939: "Gone with the Wind". Chegou a polêmica. Sim, o filme é cercado de problemáticas (racismo, escravidão, etc.). Mas se passa na Guerra Civil e a protagonista é sulista, então… era inevitável. Apesar dos pesares, tem cenas icônicas e o melodrama é de qualidade. 10/10

1938: "You Can’t Take It with You". O filme é velho pra cacete, mas muito engraçado. Pode confiar. Um mauricinho se apaixona por uma garota cuja família é completamente excêntrica, e é aí que mora a alma da história. Eu não esperava nada… e acabei diante de uma obra-prima. 10/10

1937: "The Life of Emile Zola". Outra cinebiografia, agora de um escritor francês que, depois de rico, se sensibiliza com um soldado preso injustamente. Na vida real, era puro antissemitismo, mas o filme nem menciona a palavra “judeu”. Uma pena. Seria muito mais impactante. 6/10

1936: "The Great Ziegfeld". Pô, quase 3 horas de cinebiografia de um empresário que moldou os espetáculos opulentos com um estilo meio Broadway. O começo até me prendeu, mostrando os percalços do cara, e tem uma ou outra apresentação grandiosa… mas precisava disso tudo? 5/10

1935: "Mutiny on the Bounty". Confesso que estava com uma puta preguiça de ver um filme sobre tripulação levando fruta-pão do Taiti pra sei lá onde. Mas o filme é ótimo. O fio principal é um motim contra um comandante FDP, interpretado brilhantemente por Charles Laughton. 9/10

1934: "It Happened One Night". Uma espécie de bisavô das comédias românticas e o primeiro a levar o Big Five do Oscar (filme, direção, atuações e roteiro). O romance entre a garota mimada que foge do pai opressor e o cafajeste que cruza seu caminho é até bonitinho. E só. 7/10

1933: "Cavalcade". Foi o último que vi, então ainda está fresco na minha memória. É um melodrama britânico que acompanha uma família burguesa por mais de 30 anos. Tem de tudo: Titanic, Primeira Guerra, morte de rainha… mas tudo beeem superficial. 4/10

1932: "Grand Hotel". Ganhou o Oscar de Melhor Filme sem NENHUMA outra indicação (algo raríssimo). É um dos primeiros filmes de elenco, com trocentos personagens e tramas entrelaçadas. Esquecível, mas tem as divas Greta Garbo e Joan Crawford. 4/10

1931: "Cimarron". Desde já, um dos piores da lista, na minha opinião. É um faroeste sobre a expansão de Oklahoma. O protagonista é um idiota idealista que abandona a família várias vezes. E ainda tem uma série de estereótipos racistas bizarros. 2/10

1930: "All Quiet on the Western Front". Pra mim, a primeira obra-prima premiada. Tem remake da Netflix, mas este aqui é tão excelente quanto. Um relato brutal da Primeira Guerra, com uma mensagem pacifista tão forte que até o Goebbels proibiu o filme na Alemanha nazista. 10/10

1929: "The Broadway Melody". O segundo vencedor já não era mudo e marca o início dos musicais chatos que ganharam por anos. A história de duas irmãs que sonham com a carreira artística tem cheiro de naftalina. Se não fosse pelo Oscar, ninguém lembraria. 4/10

1927: "Wings": O vencedor inaugural é um filme mudo que retrata um triângulo amoroso entre dois pilotos e uma enfermeira voluntária durante a Primeira Guerra. Destaca-se porque TODAS as cenas aéreas são reais. É como se o Tom Cruise estivesse lá. Vale por isso. 7/10

Credo.