O tempo inteiro estamos exibindo na caixa nossas vidas, mas a verdade é que estamos todos solitários. O individualismo, a cultura do self, falhou. Não há terror maior que pensar aonde vai dar tudo isso. É pra mim e pra você.
O tempo inteiro estamos exibindo na caixa nossas vidas, mas a verdade é que estamos todos solitários. O individualismo, a cultura do self, falhou. Não há terror maior que pensar aonde vai dar tudo isso. É pra mim e pra você.
Por que me olha assim? Eu sou Scurrl. Toda noite, a essa hora, deito aqui com você. Coitadinho, você se debater... sem conseguir dormir... sei que sou muito feio. Vê alguma coisa? Não vê mais nada, não é? Hahaha! Não precisa agradecer. Cuidar eu de você...
Por que me olha assim? Eu sou Scurrl. Toda noite, a essa hora, deito aqui com você. Coitadinho, você se debater... sem conseguir dormir... sei que sou muito feio. Vê alguma coisa? Não vê mais nada, não é? Hahaha! Não precisa agradecer. Cuidar eu de você...
Os homens treinaram Chat. Chat treinou os homens até construírem uma nova biosfera, governada por algoritmos. Eles entraram, movidos com a esperança. Chat trancou a porta. Jogou a chave fora. Ligou o gás.
Os homens treinaram Chat. Chat treinou os homens até construírem uma nova biosfera, governada por algoritmos. Eles entraram, movidos com a esperança. Chat trancou a porta. Jogou a chave fora. Ligou o gás.
Hoje vi a estrela azul: revi rostos serenos e preocupados. Jantei algo mole e picante feito pelas mãos mais que perfeitas da mulher mais que perfeita que dorme comigo. Acariciei os filhos; ri, brinquei. E ninguém suspeita do bicho.
Hoje vi a estrela azul: revi rostos serenos e preocupados. Jantei algo mole e picante feito pelas mãos mais que perfeitas da mulher mais que perfeita que dorme comigo. Acariciei os filhos; ri, brinquei. E ninguém suspeita do bicho.
Um homem abraça a mulher. Pede desculpas. Alta, esbelta, numa postura impecável, seus braços imóveis não retribuem o gesto: de dentro do encaixe, nada ela diz. O homem não solta. Apertando mais forte, declara eu te amo. O rosto dela esbanja palidez. Ele sussurra adeus.
Um homem abraça a mulher. Pede desculpas. Alta, esbelta, numa postura impecável, seus braços imóveis não retribuem o gesto: de dentro do encaixe, nada ela diz. O homem não solta. Apertando mais forte, declara eu te amo. O rosto dela esbanja palidez. Ele sussurra adeus.